Dr. Robert Shaw oferece 11 argumentos para a expiação limitada ao comentar a Confissão de Fé de Westminster 8:8:
[CFW – 8 – 8: Cristo, com toda a certeza e eficazmente aplica e comunica a salvação a todos aqueles para os quais ele a adquiriu. Isto ele consegue, fazendo intercessão por eles e revelando-lhes na palavra e pela palavra os mistérios da salvação, persuadindo-os eficazmente pelo seu Espírito a crer e a obedecer, dirigindo os corações deles pela sua palavra e pelo seu onipotente poder e sabedoria, da maneira e pelos meios mais conformes com a sua admirável e inescrutável dispensação. João 6:37; 39 e 10:15-16; I João 2:1; João 15:15; Ef. 1:9; João 17:6; II Cor. 4:13; Rom. 8:9, 14 e 15:18-19; João 17:17; Sal. 90:1; I Cor. 15: 25-26; Col. 2:15; Luc. 10: 19.]*
O sacrifício de Cristo derivou, da Sua pessoa, um valor infinito da dignidade; deve ser, portanto, intrinsecamente suficiente para expiar os pecados de toda a raça humana, tivesse havido essa intenção; mas, na designação do Pai, e na intenção do próprio Cristo, ela foi limitada a um número definido, àqueles que devem, em última análise, alcançar a salvação. Esta importante verdade pode ser confirmada pelos seguintes argumentos:
1. Termos restritivos são freqüentemente empregados nas Escrituras para expressar os objetos da morte de Cristo: "Contudo, Ele levou sobre si o pecado de muitos" "O Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos." (Is 53:12; Mt 20:28). Não declara isto que Cristo morreu, não por todos os homens, mas apenas para muitos?
[“Por isso, eu lhe darei um lugar de honra; ele receberá a sua recompensa junto com os grandes e os poderosos. Pois ele deu a sua própria vida e foi tratado como se fosse um criminoso. Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados”. (Is 53:12) Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mt 20:28)]*
2. Aqueles por quem Cristo morreu distinguem-se dos demais por caracteres discriminativos. Eles são chamadas de ovelhas (João 10:15); a Igreja (Ef 5:25); eleitos de Deus (Rm 8:33); os filhos de Deus (João 11:52).
[“Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10:15) “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5:25) “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8:33) “E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (Jo 11:52)]*
3. Sobre aqueles a quem Cristo redimiu pelo Seu sangue, é dito que são "redimidos dentre os homens" (Ap 14:4), o que seria, se Cristo tivesse redimido todos os homens, uma frase sem sentido e incoerente; dos quais também é dito que são "comprados para Deus que procedem de toda tribo” (Ap 5:9), o que certamente implica que apenas alguns de cada tribo são comprados.
[“São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro;” (Ap 14:4) “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5:9)]*
4. A redenção obtida por Cristo é restrita àqueles que foram "escolhidos Nele" e os quais o Pai Lhe deu para resgatar por Sua morte (Efésios 1:4, 7; João 17:2).
[“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor... no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1:4,7) “Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”(Jo 17:2)]*
5. Cristo morreu em caráter de garantia e, portanto, ele deu a sua vida somente para aqueles a quem ele representava, ou por sua semente espiritual (Isaías 53:10).
[“Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos” (Is 53:10)]*
6. A intenção de Cristo em dar a Sua vida, não foi apenas para obter para aqueles por quem Ele morreu, uma possibilidade de salvação, mas, na verdade, para salvá-los - para trazê-los para a posse real e gozo da salvação eterna (Ef. 5:25-26; Tt 2:14; 1 Pe 3:18; 1 Ts 5:10). Disto, segue-se inevitavelmente que Cristo morreu apenas por aqueles que serão salvos nele com uma salvação eterna.
[“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5:25-26) “O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (2:14) “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pe 3:18) “Que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele” (1 Ts 5:10)]*
7. A intercessão de Cristo ocorre sobre as bases do seu sacrifício expiatório; [Tanto a intercessão quanto o sacrifício expiatório] devem, portanto, possuírem intrinsecamente a mesma extensão no que diz respeito aos seus objetos; mas Ele não intercede pelo mundo, mas apenas por aqueles que Lhe foram dados; Seu sacrifício deve, portanto, ser limitado a esse número definido (1 João 2:1, 2; João 17:9).
[“Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus.” (João 17:9)]*
8. Um apóstolo conclui, a partir da grandeza do amor de Deus em entregar Seu Filho à morte pelos pecadores, que Ele não os privará de nenhuma das bênçãos da salvação; devemos, portanto, concluir que Cristo não morreu por toda a humanidade (Rom. 8:32).
[“Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” (Rm 8:32)]*
9. O mesmo apóstolo infere, a partir da nossa reconciliação com Deus pela morte de Cristo, a certeza da nossa salvação pela Sua vida; agora, uma vez que nem todos são salvos pela sua vida, devemos concluir que nem todos foram reconciliados pela sua morte (Romanos 5:10).
[“Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho. E, agora que somos amigos de Deus, é mais certo ainda que seremos salvos pela vida de Cristo” (Rm 5:10)]*
10. Cristo, por sua morte, adquiriu para o seu povo, não apenas a salvação, mas todos os meios necessários ao gozo da mesma; conseqüentemente, a Seu objetivo em morrer deve ser limitado àqueles que se arrependem e crêem, e não estendido a toda a raça humana.
11. A doutrina de que Cristo morreu por todos os homens leva a muitas conseqüências absurdas, tais como: 1. que Cristo derramou seu sangue para muitos em vão, já que nem todos são salvos; 2. que Ele deu Sua vida em absoluta incerteza se alguém da raça humana seria eventualmente salvo; 3. que derramou seu sangue por milhões de pessoas que, no exato momento de sua morte, estavam reservadas para o abismo da perdição eterna; 4. que Ele morreu por aqueles por quem Ele não intercede; 5. que Ele morreu por aqueles a quem Ele nunca enviou os meios da salvação, sim, por alguns dos quais Ele mesmo proibiu que Seu evangelho fosse pregado (Mt 10:5; Rm 10:14); 6. e que Deus age injustamente ao infligir punição eterna aos homens por aquelas mesmas transgressões pelas quais Ele já recebeu a plena satisfação pela morte de Cristo. Afirmar qualquer uma dessas coisas seria uma blasfêmia no mais alto grau e, portanto, essa doutrina que envolve tais conseqüências deve ser anti-bíblica.
Fonte: Reforma & Razão
[CFW – 8 – 8: Cristo, com toda a certeza e eficazmente aplica e comunica a salvação a todos aqueles para os quais ele a adquiriu. Isto ele consegue, fazendo intercessão por eles e revelando-lhes na palavra e pela palavra os mistérios da salvação, persuadindo-os eficazmente pelo seu Espírito a crer e a obedecer, dirigindo os corações deles pela sua palavra e pelo seu onipotente poder e sabedoria, da maneira e pelos meios mais conformes com a sua admirável e inescrutável dispensação. João 6:37; 39 e 10:15-16; I João 2:1; João 15:15; Ef. 1:9; João 17:6; II Cor. 4:13; Rom. 8:9, 14 e 15:18-19; João 17:17; Sal. 90:1; I Cor. 15: 25-26; Col. 2:15; Luc. 10: 19.]*
O sacrifício de Cristo derivou, da Sua pessoa, um valor infinito da dignidade; deve ser, portanto, intrinsecamente suficiente para expiar os pecados de toda a raça humana, tivesse havido essa intenção; mas, na designação do Pai, e na intenção do próprio Cristo, ela foi limitada a um número definido, àqueles que devem, em última análise, alcançar a salvação. Esta importante verdade pode ser confirmada pelos seguintes argumentos:
1. Termos restritivos são freqüentemente empregados nas Escrituras para expressar os objetos da morte de Cristo: "Contudo, Ele levou sobre si o pecado de muitos" "O Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos." (Is 53:12; Mt 20:28). Não declara isto que Cristo morreu, não por todos os homens, mas apenas para muitos?
[“Por isso, eu lhe darei um lugar de honra; ele receberá a sua recompensa junto com os grandes e os poderosos. Pois ele deu a sua própria vida e foi tratado como se fosse um criminoso. Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados”. (Is 53:12) Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mt 20:28)]*
2. Aqueles por quem Cristo morreu distinguem-se dos demais por caracteres discriminativos. Eles são chamadas de ovelhas (João 10:15); a Igreja (Ef 5:25); eleitos de Deus (Rm 8:33); os filhos de Deus (João 11:52).
[“Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10:15) “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5:25) “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8:33) “E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (Jo 11:52)]*
3. Sobre aqueles a quem Cristo redimiu pelo Seu sangue, é dito que são "redimidos dentre os homens" (Ap 14:4), o que seria, se Cristo tivesse redimido todos os homens, uma frase sem sentido e incoerente; dos quais também é dito que são "comprados para Deus que procedem de toda tribo” (Ap 5:9), o que certamente implica que apenas alguns de cada tribo são comprados.
[“São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro;” (Ap 14:4) “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5:9)]*
4. A redenção obtida por Cristo é restrita àqueles que foram "escolhidos Nele" e os quais o Pai Lhe deu para resgatar por Sua morte (Efésios 1:4, 7; João 17:2).
[“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor... no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1:4,7) “Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”(Jo 17:2)]*
5. Cristo morreu em caráter de garantia e, portanto, ele deu a sua vida somente para aqueles a quem ele representava, ou por sua semente espiritual (Isaías 53:10).
[“Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos” (Is 53:10)]*
6. A intenção de Cristo em dar a Sua vida, não foi apenas para obter para aqueles por quem Ele morreu, uma possibilidade de salvação, mas, na verdade, para salvá-los - para trazê-los para a posse real e gozo da salvação eterna (Ef. 5:25-26; Tt 2:14; 1 Pe 3:18; 1 Ts 5:10). Disto, segue-se inevitavelmente que Cristo morreu apenas por aqueles que serão salvos nele com uma salvação eterna.
[“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5:25-26) “O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (2:14) “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pe 3:18) “Que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele” (1 Ts 5:10)]*
7. A intercessão de Cristo ocorre sobre as bases do seu sacrifício expiatório; [Tanto a intercessão quanto o sacrifício expiatório] devem, portanto, possuírem intrinsecamente a mesma extensão no que diz respeito aos seus objetos; mas Ele não intercede pelo mundo, mas apenas por aqueles que Lhe foram dados; Seu sacrifício deve, portanto, ser limitado a esse número definido (1 João 2:1, 2; João 17:9).
[“Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus.” (João 17:9)]*
8. Um apóstolo conclui, a partir da grandeza do amor de Deus em entregar Seu Filho à morte pelos pecadores, que Ele não os privará de nenhuma das bênçãos da salvação; devemos, portanto, concluir que Cristo não morreu por toda a humanidade (Rom. 8:32).
[“Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” (Rm 8:32)]*
9. O mesmo apóstolo infere, a partir da nossa reconciliação com Deus pela morte de Cristo, a certeza da nossa salvação pela Sua vida; agora, uma vez que nem todos são salvos pela sua vida, devemos concluir que nem todos foram reconciliados pela sua morte (Romanos 5:10).
[“Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho. E, agora que somos amigos de Deus, é mais certo ainda que seremos salvos pela vida de Cristo” (Rm 5:10)]*
10. Cristo, por sua morte, adquiriu para o seu povo, não apenas a salvação, mas todos os meios necessários ao gozo da mesma; conseqüentemente, a Seu objetivo em morrer deve ser limitado àqueles que se arrependem e crêem, e não estendido a toda a raça humana.
11. A doutrina de que Cristo morreu por todos os homens leva a muitas conseqüências absurdas, tais como: 1. que Cristo derramou seu sangue para muitos em vão, já que nem todos são salvos; 2. que Ele deu Sua vida em absoluta incerteza se alguém da raça humana seria eventualmente salvo; 3. que derramou seu sangue por milhões de pessoas que, no exato momento de sua morte, estavam reservadas para o abismo da perdição eterna; 4. que Ele morreu por aqueles por quem Ele não intercede; 5. que Ele morreu por aqueles a quem Ele nunca enviou os meios da salvação, sim, por alguns dos quais Ele mesmo proibiu que Seu evangelho fosse pregado (Mt 10:5; Rm 10:14); 6. e que Deus age injustamente ao infligir punição eterna aos homens por aquelas mesmas transgressões pelas quais Ele já recebeu a plena satisfação pela morte de Cristo. Afirmar qualquer uma dessas coisas seria uma blasfêmia no mais alto grau e, portanto, essa doutrina que envolve tais conseqüências deve ser anti-bíblica.
Fonte: Reforma & Razão
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