Por Silas A. Figueira
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. Jo 15.16
Encontramos no texto de João capítulo 15, por oito vezes, a palavra fruto. E a seqüência segue assim: não der fruto, o que dá fruto, mais fruto ainda, produzir fruto, esse dá muito fruto, deis muito fruto, vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.
Nesse texto de João 15 o Senhor Jesus está falando as suas últimas palavras antes de ser preso naquela noite, e estas últimas palavras certamente marcaram muito a vida dos seus discípulos. Jesus ao sair do cenáculo após a última ceia, eles estão passando por uma plantação de uvas, naquele momento o Senhor aproveita a oportunidade para lhes dar uma das maiores lições, a de ter uma vida autêntica. O Senhor lhes mostra a necessidade deles serem frutíferos. Mas não para produzir um fruto qualquer, mas um fruto que permanecesse que tivesse semente, que gerasse mais fruto ainda, e um fruto permanente.
Essa frutificação se refere às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 – “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longaniminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei”. Refere-se também ao que Tiago nos fala em sermos “Praticantes da palavra e não somente ouvintes” (Tg 1.22).
Mas para sermos frutíferos é necessário permanecermos nele: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Nesse texto de João 15, o Senhor Jesus nos fala também de duas categorias de pessoas ou de ramos: os frutíferos e os infrutíferos, pois como Ele mesmo falou: o ramo não pode produzir fruto de si mesmo. Um ramo de videira não tem vida nem utilidade se não continuar ligado à videira. A seiva que flui pelo caule capacita-o a produzir uvas; sem isso ele fica infrutífero. A mesma coisa acontece com os discípulos de Jesus; somente à medida que permanecerem unidos a Ele e têm nele a origem da sua vida é que podem produzir o fruto do Espírito. Um fato curioso é que uma das primeiras obras literárias de Karl Marx foi uma tese escolar, escrita aos dezessete anos, sobre “A união dos crentes com Cristo de acordo com João 15. 1-14, mostrando os seus elementos básicos, sua essência, sua necessidade absoluta e seus resultados”. O trabalho foi aprovado como uma apresentação bem pensada, ampla e convincente do tema. Quem diria!
A VIDEIRA UMA FIGURA DE ISRAEL.
A videira é uma figura usada para representar o povo de Israel no Antigo Testamento. No Salmo 80.8-19, Israel é a videira que Deus trouxe do Egito e plantou no solo que tinha preparado especialmente para ela. Mas o Senhor Jesus se apresenta agora aos seus discípulos como a Videira Verdadeira, ou seja, como o verdadeiro Israel, a videira genuína, a que Deus plantou não em uma nação, mas em todo o mundo, para que todas as terras pudessem desfrutar dos seus frutos (Jo 3.16).
ISRAEL TORNOU-SE UMA NAÇÃO IMPRODUTIVA.
Um exemplo disso nós encontramos em Lc 13.6-9:
“Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
Israel esbarrou numa das piores coisas que pode acontecer com alguém: SER TOMADO PELO ORGULHO.
"Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva." (2 Co 10.17-18).
Os judeus achavam-se superiores aos gentios, pois, afinal de contas ela era a nação escolhida por Deus. Ela havia recebido a Lei. No entanto, o Senhor lhes falou abertamente que a nação não estava produzindo fruto algum. Os judeus, à semelhança da figueira desta parábola, já tinham tido ampla oportunidade de produzir frutos. Folhas e sombra não servem como substituto dos figos.
O texto de Lucas 13 nos fala que o Senhor da figueira não achava fruto nela havia três anos. Observe que três anos foi o tempo do ministério de Senhor Jesus aqui na terra.
E por que o Senhor usou o símbolo da figueira plantada em uma vinha? Porque a figueira era também um dos símbolos de Israel.
João Batista veio trazer a mensagem de arrependimento à nação de Israel, dizendo que o machado já estava posto a raiz da árvore:
“Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Lc 3. 8,9).
Outro texto que nos mostra claramente que o Senhor Jesus esperava frutos da figueira e não somente folhas se encontra em Mc 11.12-14, 20 que diz:
“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma cousa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz”.
Há algo intrigante nesse texto, se não era tempo de figos por que Jesus foi buscar figos nela? A resposta para essa pergunta é que quando uma figueira não está no tempo de frutos, ela fica sem folhas. A figueira produz os frutos antes das folhas. Na estação própria podemos ver protuberâncias arredondadas que surgem nas extremidades e nas pontas dos galhos, e, ao se avolumarem, evidenciam ser figos verdes. As folhas aparecem depois, e até a árvore ficar totalmente coberta de folhas, os figos estão prontos para serem comidos. Aquela figueira que estava na beira do caminho estava “enganando” as pessoas dizendo que tinha frutos, pois estava cheia de folhas. Aquela planta era uma anomalia, ela demonstrava algo, que não possuía. Observe que o primeiro Adão foi até a figueira buscar folhas (Gn 3.7), mas o segundo Adão, que é Jesus vai até a figueira procurar frutos. Israel estava assim como aquela figueira improdutiva, enganando as pessoas que por ela passavam. Lá estava o templo, tinha culto todos os dias, havia os doutores da Lei, sacerdotes, sinagogas, mas não havia o principal, a vida com Deus, frutos de arrependimento. Seu brado constante era: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7.4). “Temos Abraão por nosso pai” (Lc 3.8) era expressão freqüente em seus lábios. Israel falhou no projeto que Deus tinha para ela.
Observe que devido a essa anomalia, o Senhor Jesus a amaldiçoa a figueira e ela seca desde a raiz. O que aprendemos aqui? Aqueles que são chamados por Deus para serem produtivos e não o são, atraem para si maldição. Charles H. Spurgeon comentando a respeito desse texto disse que “há pessoas que parecem desafiar as estações do ano. São pessoas cobertas de folhas, mas sem frutos. As pessoas cuja religião é falsa frequentemente se destacam, pois não possuem a graça suficiente para serem modestas e reservadas. Procuram o lugar de maior destaque, aspiram a altos cargos, e forçam o caminho para a liderança. Não andam com Deus em comunhão íntima, pouco se preocupam com espiritualidade particular, e, portanto, anseiam cada vez mais serem vistas pelos homens. Esse fato é tanto a sua fraqueza quanto seu perigo. Embora elas sejam as menos capacitadas para agüentar os grandes desgastes da publicidade, cobiçam-na e acabam sendo tanto mais vigiadas. E por serem vigiadas, o seu fracasso espiritual acaba sendo revelado, e o seu pecado traz desonra ao nome do Senhor, a quem professam estar servindo. Seria muito melhor ser infrutífero num cantinho do bosque do que no caminho público que leva ao templo”.
Observe a parábola dos talentos em Mateus 25. 14-30. O texto nos diz que um homem confiou os seus bens a três de seus servos segundo a capacidade de cada um, nem a mais nem a menos. Quando ele voltar prestará contas do que foi feito dos bens a eles confiados. O que recebeu cinco talentos ganhou mais cinco, o que recebeu dois ganhou mais dois, mas o que recebeu devolveu o somente o que recebeu, não ganhou nada mais, devido a isso o seu senhor o manda lançar nas trevas, um lugar de choro e ranger de dentes. Só existe uma coisa que pode atrair a maldição sobre a nossa vida: a improdutividade. O Senhor tem o direito de esperar fruto de cada um de nós quando Ele vem procurá-lo, pois Ele deu a cada um de nós capacidade para gerar fruto.
Encontramos no texto de João capítulo 15, por oito vezes, a palavra fruto. E a seqüência segue assim: não der fruto, o que dá fruto, mais fruto ainda, produzir fruto, esse dá muito fruto, deis muito fruto, vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.
Nesse texto de João 15 o Senhor Jesus está falando as suas últimas palavras antes de ser preso naquela noite, e estas últimas palavras certamente marcaram muito a vida dos seus discípulos. Jesus ao sair do cenáculo após a última ceia, eles estão passando por uma plantação de uvas, naquele momento o Senhor aproveita a oportunidade para lhes dar uma das maiores lições, a de ter uma vida autêntica. O Senhor lhes mostra a necessidade deles serem frutíferos. Mas não para produzir um fruto qualquer, mas um fruto que permanecesse que tivesse semente, que gerasse mais fruto ainda, e um fruto permanente.
Essa frutificação se refere às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 – “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longaniminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei”. Refere-se também ao que Tiago nos fala em sermos “Praticantes da palavra e não somente ouvintes” (Tg 1.22).
Mas para sermos frutíferos é necessário permanecermos nele: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Nesse texto de João 15, o Senhor Jesus nos fala também de duas categorias de pessoas ou de ramos: os frutíferos e os infrutíferos, pois como Ele mesmo falou: o ramo não pode produzir fruto de si mesmo. Um ramo de videira não tem vida nem utilidade se não continuar ligado à videira. A seiva que flui pelo caule capacita-o a produzir uvas; sem isso ele fica infrutífero. A mesma coisa acontece com os discípulos de Jesus; somente à medida que permanecerem unidos a Ele e têm nele a origem da sua vida é que podem produzir o fruto do Espírito. Um fato curioso é que uma das primeiras obras literárias de Karl Marx foi uma tese escolar, escrita aos dezessete anos, sobre “A união dos crentes com Cristo de acordo com João 15. 1-14, mostrando os seus elementos básicos, sua essência, sua necessidade absoluta e seus resultados”. O trabalho foi aprovado como uma apresentação bem pensada, ampla e convincente do tema. Quem diria!
A VIDEIRA UMA FIGURA DE ISRAEL.
A videira é uma figura usada para representar o povo de Israel no Antigo Testamento. No Salmo 80.8-19, Israel é a videira que Deus trouxe do Egito e plantou no solo que tinha preparado especialmente para ela. Mas o Senhor Jesus se apresenta agora aos seus discípulos como a Videira Verdadeira, ou seja, como o verdadeiro Israel, a videira genuína, a que Deus plantou não em uma nação, mas em todo o mundo, para que todas as terras pudessem desfrutar dos seus frutos (Jo 3.16).
ISRAEL TORNOU-SE UMA NAÇÃO IMPRODUTIVA.
Um exemplo disso nós encontramos em Lc 13.6-9:
“Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
Israel esbarrou numa das piores coisas que pode acontecer com alguém: SER TOMADO PELO ORGULHO.
"Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva." (2 Co 10.17-18).
Os judeus achavam-se superiores aos gentios, pois, afinal de contas ela era a nação escolhida por Deus. Ela havia recebido a Lei. No entanto, o Senhor lhes falou abertamente que a nação não estava produzindo fruto algum. Os judeus, à semelhança da figueira desta parábola, já tinham tido ampla oportunidade de produzir frutos. Folhas e sombra não servem como substituto dos figos.
O texto de Lucas 13 nos fala que o Senhor da figueira não achava fruto nela havia três anos. Observe que três anos foi o tempo do ministério de Senhor Jesus aqui na terra.
E por que o Senhor usou o símbolo da figueira plantada em uma vinha? Porque a figueira era também um dos símbolos de Israel.
João Batista veio trazer a mensagem de arrependimento à nação de Israel, dizendo que o machado já estava posto a raiz da árvore:
“Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Lc 3. 8,9).
Outro texto que nos mostra claramente que o Senhor Jesus esperava frutos da figueira e não somente folhas se encontra em Mc 11.12-14, 20 que diz:
“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma cousa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz”.
Há algo intrigante nesse texto, se não era tempo de figos por que Jesus foi buscar figos nela? A resposta para essa pergunta é que quando uma figueira não está no tempo de frutos, ela fica sem folhas. A figueira produz os frutos antes das folhas. Na estação própria podemos ver protuberâncias arredondadas que surgem nas extremidades e nas pontas dos galhos, e, ao se avolumarem, evidenciam ser figos verdes. As folhas aparecem depois, e até a árvore ficar totalmente coberta de folhas, os figos estão prontos para serem comidos. Aquela figueira que estava na beira do caminho estava “enganando” as pessoas dizendo que tinha frutos, pois estava cheia de folhas. Aquela planta era uma anomalia, ela demonstrava algo, que não possuía. Observe que o primeiro Adão foi até a figueira buscar folhas (Gn 3.7), mas o segundo Adão, que é Jesus vai até a figueira procurar frutos. Israel estava assim como aquela figueira improdutiva, enganando as pessoas que por ela passavam. Lá estava o templo, tinha culto todos os dias, havia os doutores da Lei, sacerdotes, sinagogas, mas não havia o principal, a vida com Deus, frutos de arrependimento. Seu brado constante era: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7.4). “Temos Abraão por nosso pai” (Lc 3.8) era expressão freqüente em seus lábios. Israel falhou no projeto que Deus tinha para ela.
Observe que devido a essa anomalia, o Senhor Jesus a amaldiçoa a figueira e ela seca desde a raiz. O que aprendemos aqui? Aqueles que são chamados por Deus para serem produtivos e não o são, atraem para si maldição. Charles H. Spurgeon comentando a respeito desse texto disse que “há pessoas que parecem desafiar as estações do ano. São pessoas cobertas de folhas, mas sem frutos. As pessoas cuja religião é falsa frequentemente se destacam, pois não possuem a graça suficiente para serem modestas e reservadas. Procuram o lugar de maior destaque, aspiram a altos cargos, e forçam o caminho para a liderança. Não andam com Deus em comunhão íntima, pouco se preocupam com espiritualidade particular, e, portanto, anseiam cada vez mais serem vistas pelos homens. Esse fato é tanto a sua fraqueza quanto seu perigo. Embora elas sejam as menos capacitadas para agüentar os grandes desgastes da publicidade, cobiçam-na e acabam sendo tanto mais vigiadas. E por serem vigiadas, o seu fracasso espiritual acaba sendo revelado, e o seu pecado traz desonra ao nome do Senhor, a quem professam estar servindo. Seria muito melhor ser infrutífero num cantinho do bosque do que no caminho público que leva ao templo”.
Observe a parábola dos talentos em Mateus 25. 14-30. O texto nos diz que um homem confiou os seus bens a três de seus servos segundo a capacidade de cada um, nem a mais nem a menos. Quando ele voltar prestará contas do que foi feito dos bens a eles confiados. O que recebeu cinco talentos ganhou mais cinco, o que recebeu dois ganhou mais dois, mas o que recebeu devolveu o somente o que recebeu, não ganhou nada mais, devido a isso o seu senhor o manda lançar nas trevas, um lugar de choro e ranger de dentes. Só existe uma coisa que pode atrair a maldição sobre a nossa vida: a improdutividade. O Senhor tem o direito de esperar fruto de cada um de nós quando Ele vem procurá-lo, pois Ele deu a cada um de nós capacidade para gerar fruto.
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