sexta-feira, 31 de julho de 2009

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA: A SÍNDROME DA FIGUEIRA SEM FRUTO!


Um dos filmes mais badalados da década de 70 foi o “Toda Nudez Será Castigada”. Um filme digno das culpas criadas pela religião dos fariseus cristãos.

Isto porque, contrariamente ao tema do filme, o Evangelho ensina que é melhor andar nu diante de Deus do que tecer para si mesmo as vestimentas da falsa moral e das virtudes autojactantes.
O espírito do Evangelho ensina que Jesus ama a verdade de cada estação da vida humana! Foi por isso que Ele amaldiçoou a figueira que, de modo anômalo, tentava dar aparência de fruto três meses antes da estação própria. Todas as demais figueiras de Israel estavam peladas de folhas. Isto porque a figueira é uma árvore que primeiro apresenta os frutos, e só depois a folhagem. A oferta de folhagem era a promessa da certeza de haver fruto. Mas não havia, era só camuflagem! Foi também por essa razão que nenhuma figueira nua de folhas foi amaldiçoada no monte das Oliveiras; mas tão somente aquela representante vegetal do espírito da religião.

Sim, aquela figueira carrega o valor simbólico de algo primordial: a tentativa humana de se cobrir com folhas de figueiras (desde o Éden), ao invés de se deixar cobrir pelo próprio Deus, e, assim, viver em verdade.

Somente Deus pode vestir o homem aos Seus próprios olhos! De fato, as folhagens da figueira expressavam a realidade espiritual de Israel: cheio de religião; cultuando mais o Templo que no Templo; amando mais a Lei que o Criador; crendo mais nas mecânicas rituais do que na Graça de Deus.

Por isso, mesmo sem qualquer “fruto digno de arrependimento” a oferecer a Deus e aos homens. No grego arrependimento é metanóia; ou mudança de mente. A lição da figueira é forte porque por meio de tal ato Jesus deixa dito que Deus respeita todas as estações da vida, mesmo quando aparentemente não há fruto. Fruto nenhum na estação que não é de fruto, é verdade. Deus ama a verdade! A ausência de fruto numa árvore que não está na estação da frutificação não é uma anomalia, nem tampouco uma declaração de infrutuosidade. Ao contrário: não dar fruto na estação que não é de fruto é o anúncio de que o fruto está em gestação.

Nesse caso, não há fruto aparente, embora a árvore já o tenha, posto que está grávida dele. Assim, mesmo quando não há fruto visível, ainda assim sempre há fruto, pois o fruto pré-existe à sua manifestação visível. Todavia, quando se tenta dar aparência de frutuosidade, não havendo verdade — pois o fruto do ser é verdade e amor —, a própria tentativa de produzir o que não é verdade já é, em si, a maldição. Tal ser seca como aquela figueira secou!

A verdade é verdade quando é estação de fruto e também quando não é estação de fruto, posto que a verdade é o que é. E Deus ama a todo aquele que não teme ser verdadeiro para com Ele.
Caio

Fonte: caio fabio

2 comentários:

  1. As folhagens da figueira expressam a realidade espiritual de ensino em varias igrejas evangelicas: cheias de religião; cultuando mais o Templo que no Templo; amando mais a Lei que o Criador; crendo mais nas mecânicas rituais do que na Graça de Deus.
    Os ritos, as praticas religiosas, as receitas e ate mesmo mandingas "santas" são encaradas como tiro e queda para todas as coisas se se desejam arrancar de Deus. "Fiz a minha parrrte, agora Deus faz a dele", é muita presunção achar que podemos determinar isso.

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  2. Graça e paz Gilson. Muitas igrejas hoje estão como essa figueira, cheia de folhas, mas não tem fruto para dar. Assim como Adão que se escondeu, muitos crentes estão escondidos em seus rituais. Que o Senhor nos livre dessa patologia espiritual.
    Fique na Paz!
    Pr Silas

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