Pr. João A. de Souza Filho
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4-5).
Este texto é um dos mais utilizados quando se fala da luta do cristão, e com razão, porque Paulo está apresentando a estratégia de guerra para o confronto espiritual – porque, embora andando na carne não militamos segundo a carne – diz ele, e a luta é feita com armas espirituais. As “armas” desta batalha são a palavra da verdade, que é a espada do Espírito, a palavra de Deus. Lutas contra o que? Paulo aborda três obstáculos de luta: fortalezas, que precisam ser destruídas; sofismas, que precisam ser anulados e altivez.
Uma fortaleza pode ser lugar de abrigo, de ataque ou de defesa. Nas mãos do inimigo se torna uma barreira contra o avanço do evangelho. Nas mãos da igreja um baluarte contra o mal. Para o Talmude esta fortaleza é o pecado. Altivez é uma barreira de conhecimento e de orgulho humano que lança sombra e escurece a razão e o conhecimento das pessoas impedindo que sejam alcançadas pela luz do evangelho. E o sentido de altivez é exatamente este: Um muro alto de conhecimento humano que impede a penetração da luz do conhecimento divino. Enquanto esses dois constituem-se fortalezas, o terceiro, sofismas é o mais sutil de todos. A versão Corrigida traduz a palavra como “conselho”.
Um sofisma é uma “verdade” que não é verdade e pode ser melhor definida como uma mentira com aparência de verdade. Mas, continua sendo mentira. Os sofismas alteram a essência da mensagem do evangelho e “implantam” no conhecimento humano uma mentira, que de tanto ser repetida é aceita como verdade. Enquanto as fortalezas e as barreiras ou altivez precisam ser destruídas, o sofisma tem de ser anulado. E uma mentira só é anulada com a verdade. Exemplo disso é a teoria da evolução, uma mentira ensinada nas escolas como uma grande verdade, mas é mentira.
Os sofismas, geralmente são artimanhas lingüísticas, teorias, suposições e idéias que se opõem à mensagem do evangelho. Isto sempre existiu ao longo dos séculos, mas nessas últimas décadas da igreja cristã os sofismas passaram a ser apresentados com rótulos coloridos e mais atraentes. O evangelho pregado nos dias de hoje não é apresentado com sua essência e substância, corrompido que está pela ação dos sofismas, ou de mentiras aparentemente verdadeiras. Apesar do curto espaço disponível, é possível, num breve artigo como este, detectar alguns dos muitos sofismas que entraram na mensagem do evangelho.
Por exemplo, fé tornou-se sinônimo de pensamento positivo e uma pessoa é curada se tiver fé. Se bem que a fé ajuda a pessoa a pensar positivamente, a se erguer e a vencer, a fé que se ouve pregar hoje não é a fé mencionada nas escrituras. No texto de Habacuque em que “o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4) o sentido é de que a pessoa sobrevirá à invasão do mal – do ataque dos caldeus – se permanecer agarrada ou “colada” em Deus. Fé tem o sentido de viver-se agarrado, preso (a Deus). Não importa o que acontecer, o cristão permanece firme. Doente, mas firme. Sem dinheiro, mas forte. O sofisma inverte a ordem. Se alguém está doente, não tem fé; se está sem dinheiro algo de errado aconteceu.
Mas fé, pela ação dos sofismas tornou-se algo a ser conquistado. Assim, quem tem fé é curado, quem não tem continua doente. A corrupção da mensagem do evangelho produz manchetes do tipo: “Centenas de pessoas curadas pelo poder da fé”. O sofisma ou a mentira é que a fé cura, quando na realidade a cura é realizada pela autoridade e ação do Nome de Jesus Cristo, às vezes independentemente da fé de uma pessoa, da fé do pregador e da fé da audiência, e sim como uma operação da expressa vontade de Deus.
Ligada aos sofismas sobre a fé aparece a mensagem de auto-ajuda. E há que diferenciar aqui a auto-estima da auto-ajuda. Deus sempre “levanta” a estima de uma pessoa que pensa negativamente sobre si mesma. Ao medroso ele diz: “Não temas, homem valente”. “Esforça-te, tem bom ânimo”. “Eu sou contigo”, porque a fonte da auto-estima é o próprio Deus, e não a fé ou o pensamento positivo. A expressão de Paulo “tudo posso naquele que me fortalece” resume a capacitação humana que vem diretamente de Deus.
Na mensagem de auto-ajuda o foco tem sido sempre o homem, e o que este pode fazer por si mesmo, por seu potencial, basta para tanto repetir frases, ler os passos práticos para uma vida de vitória, conhecer o “segredo” e, neste sentido a mensagem de auto-ajuda tornou-se um canal de prosperidade aos autores de livros, cds, pregadores e conferencistas que despertam o potencial que existe em cada pessoa. O sofisma reside no fato de que o “potencial” passa a ser o próprio homem e não o fruto de sua dependência de Deus. Aliás, o sofisma da capacitação humana descarta toda ajuda divina. Elogia-se o humanismo porque o homem realiza feitos independentes da ação direta e da interferência de Deus.
Neste sentido, a mensagem do evangelho que se ouve todos os dias está impregnada e corrompida com filosofias, humanismo e via de regra com símbolos, idéias e práticas de movimentos orientais que se assemelham aos métodos e filosofias da Nova Era.
Analisando-se o conteúdo de algumas mensagens televisivas e dos livros recentemente publicados percebe-se que muitos pregadores, evangelistas, pastores ou apóstolos já não abordam mais a essência do evangelho como faziam os primeiros apóstolos, e pincelam o tema bíblico com cores e sofismas que atraem; sim, porque um sofisma bem apresentado atrai mais seguidores do que a radicalidade do evangelho. O sofisma alterou o chamamento de se seguir a Cristo incondicionalmente – às vezes perdendo-se tudo – para uma mensagem de prosperidade. As pessoas vêm a Cristo porque querem se sentir bem, enriquecer e ter vida farta. Exatamente o oposto do que pregavam nossos pais.
Os jovens são desafiados a serem prósperos, ricos, milionários, enquanto a verdadeira mensagem do evangelho consigna a que se abandone tudo pela causa do evangelho, mesmo que para seguir a Cristo viva-se em pobreza. O desapego aos bens materiais foi um dos fatores que permitiu que o evangelho fosse pregado por todo o mundo greco-romano. Os bens deixados pelos irmãos da igreja primitiva aos pés dos apóstolos eram distribuídos entre os pobres e necessitados de Jerusalém; o sofisma consegue arrecadar os bens para enriquecer os pregadores, apóstolos e a instituição. A lei da semeadura é apresentada com cores atraentes de possibilidades de riquezas e de bem-estar social; quando na realidade Paulo, ao tratar do tema tinha em mente os recursos para evangelizar as nações e ajudar os pobres e necessitados.
É certo que existe uma prosperidade na vida cristã como resultado do evangelho, mas é algo intrínseco à mensagem, faz parte de seu conteúdo e os que progrediram financeiramente na vida não aceitaram o evangelho por ambição de riquezas, mas pela obra de Cristo e seu senhorio.
Jesus já não é mais apresentado como o Salvador da humanidade, que morreu para perdoar os homens de seus pecados, mas como exemplo de sucesso de quem se pode extrair passos significativos de sucesso empresarial, e o sofisma consegue encobrir o verdadeiro Jesus e sua missão redentora. Livros e mais livros vêm sendo escritos sobre Jesus como fórmula de sucesso, deixando uma caligem sobre a verdadeira missão de Jesus entre os homens.
Combate-se os sofismas com a palavra da verdade. Conforme Hebreus 4.12 a palavra de Deus é a única arma capaz e eficaz de fazer a separação entre o que é humano e o que é de Deus; ela separa a filosofia arguta e humana dos homens infiéis permitindo que realce apenas a verdade de Deus.
Paulo por pouco não caiu na cilada dos filósofos e humanistas da época que o convidavam para os debates. Num deles, em Atenas filosofou muito bem, mas o embate empírico não resultou em manifestação do poder de Deus nem deixou igreja estabelecida na cidade. Sempre que confrontou os sofismas com a verdade Paulo deixou igrejas estabelecidas, porque sua mensagem não constava de palavras apenas, mas em demonstração de poder (1 Ts 1.5). A partir do insucesso de Atenas, Paulo aprendeu a delimitar o sofisma de uma verdade, e por isso orienta aos cristãos que anulem os sofismas com a palavra de Deus!
Então, para anular sofismas, deve-se conhecer o que diz a palavra de Deus sobre cada esfera da vida humana. O verdadeiro “segredo” consiste em desvendar os mistérios da palavra de Deus.
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4-5).
Este texto é um dos mais utilizados quando se fala da luta do cristão, e com razão, porque Paulo está apresentando a estratégia de guerra para o confronto espiritual – porque, embora andando na carne não militamos segundo a carne – diz ele, e a luta é feita com armas espirituais. As “armas” desta batalha são a palavra da verdade, que é a espada do Espírito, a palavra de Deus. Lutas contra o que? Paulo aborda três obstáculos de luta: fortalezas, que precisam ser destruídas; sofismas, que precisam ser anulados e altivez.
Uma fortaleza pode ser lugar de abrigo, de ataque ou de defesa. Nas mãos do inimigo se torna uma barreira contra o avanço do evangelho. Nas mãos da igreja um baluarte contra o mal. Para o Talmude esta fortaleza é o pecado. Altivez é uma barreira de conhecimento e de orgulho humano que lança sombra e escurece a razão e o conhecimento das pessoas impedindo que sejam alcançadas pela luz do evangelho. E o sentido de altivez é exatamente este: Um muro alto de conhecimento humano que impede a penetração da luz do conhecimento divino. Enquanto esses dois constituem-se fortalezas, o terceiro, sofismas é o mais sutil de todos. A versão Corrigida traduz a palavra como “conselho”.
Um sofisma é uma “verdade” que não é verdade e pode ser melhor definida como uma mentira com aparência de verdade. Mas, continua sendo mentira. Os sofismas alteram a essência da mensagem do evangelho e “implantam” no conhecimento humano uma mentira, que de tanto ser repetida é aceita como verdade. Enquanto as fortalezas e as barreiras ou altivez precisam ser destruídas, o sofisma tem de ser anulado. E uma mentira só é anulada com a verdade. Exemplo disso é a teoria da evolução, uma mentira ensinada nas escolas como uma grande verdade, mas é mentira.
Os sofismas, geralmente são artimanhas lingüísticas, teorias, suposições e idéias que se opõem à mensagem do evangelho. Isto sempre existiu ao longo dos séculos, mas nessas últimas décadas da igreja cristã os sofismas passaram a ser apresentados com rótulos coloridos e mais atraentes. O evangelho pregado nos dias de hoje não é apresentado com sua essência e substância, corrompido que está pela ação dos sofismas, ou de mentiras aparentemente verdadeiras. Apesar do curto espaço disponível, é possível, num breve artigo como este, detectar alguns dos muitos sofismas que entraram na mensagem do evangelho.
Por exemplo, fé tornou-se sinônimo de pensamento positivo e uma pessoa é curada se tiver fé. Se bem que a fé ajuda a pessoa a pensar positivamente, a se erguer e a vencer, a fé que se ouve pregar hoje não é a fé mencionada nas escrituras. No texto de Habacuque em que “o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4) o sentido é de que a pessoa sobrevirá à invasão do mal – do ataque dos caldeus – se permanecer agarrada ou “colada” em Deus. Fé tem o sentido de viver-se agarrado, preso (a Deus). Não importa o que acontecer, o cristão permanece firme. Doente, mas firme. Sem dinheiro, mas forte. O sofisma inverte a ordem. Se alguém está doente, não tem fé; se está sem dinheiro algo de errado aconteceu.
Mas fé, pela ação dos sofismas tornou-se algo a ser conquistado. Assim, quem tem fé é curado, quem não tem continua doente. A corrupção da mensagem do evangelho produz manchetes do tipo: “Centenas de pessoas curadas pelo poder da fé”. O sofisma ou a mentira é que a fé cura, quando na realidade a cura é realizada pela autoridade e ação do Nome de Jesus Cristo, às vezes independentemente da fé de uma pessoa, da fé do pregador e da fé da audiência, e sim como uma operação da expressa vontade de Deus.
Ligada aos sofismas sobre a fé aparece a mensagem de auto-ajuda. E há que diferenciar aqui a auto-estima da auto-ajuda. Deus sempre “levanta” a estima de uma pessoa que pensa negativamente sobre si mesma. Ao medroso ele diz: “Não temas, homem valente”. “Esforça-te, tem bom ânimo”. “Eu sou contigo”, porque a fonte da auto-estima é o próprio Deus, e não a fé ou o pensamento positivo. A expressão de Paulo “tudo posso naquele que me fortalece” resume a capacitação humana que vem diretamente de Deus.
Na mensagem de auto-ajuda o foco tem sido sempre o homem, e o que este pode fazer por si mesmo, por seu potencial, basta para tanto repetir frases, ler os passos práticos para uma vida de vitória, conhecer o “segredo” e, neste sentido a mensagem de auto-ajuda tornou-se um canal de prosperidade aos autores de livros, cds, pregadores e conferencistas que despertam o potencial que existe em cada pessoa. O sofisma reside no fato de que o “potencial” passa a ser o próprio homem e não o fruto de sua dependência de Deus. Aliás, o sofisma da capacitação humana descarta toda ajuda divina. Elogia-se o humanismo porque o homem realiza feitos independentes da ação direta e da interferência de Deus.
Neste sentido, a mensagem do evangelho que se ouve todos os dias está impregnada e corrompida com filosofias, humanismo e via de regra com símbolos, idéias e práticas de movimentos orientais que se assemelham aos métodos e filosofias da Nova Era.
Analisando-se o conteúdo de algumas mensagens televisivas e dos livros recentemente publicados percebe-se que muitos pregadores, evangelistas, pastores ou apóstolos já não abordam mais a essência do evangelho como faziam os primeiros apóstolos, e pincelam o tema bíblico com cores e sofismas que atraem; sim, porque um sofisma bem apresentado atrai mais seguidores do que a radicalidade do evangelho. O sofisma alterou o chamamento de se seguir a Cristo incondicionalmente – às vezes perdendo-se tudo – para uma mensagem de prosperidade. As pessoas vêm a Cristo porque querem se sentir bem, enriquecer e ter vida farta. Exatamente o oposto do que pregavam nossos pais.
Os jovens são desafiados a serem prósperos, ricos, milionários, enquanto a verdadeira mensagem do evangelho consigna a que se abandone tudo pela causa do evangelho, mesmo que para seguir a Cristo viva-se em pobreza. O desapego aos bens materiais foi um dos fatores que permitiu que o evangelho fosse pregado por todo o mundo greco-romano. Os bens deixados pelos irmãos da igreja primitiva aos pés dos apóstolos eram distribuídos entre os pobres e necessitados de Jerusalém; o sofisma consegue arrecadar os bens para enriquecer os pregadores, apóstolos e a instituição. A lei da semeadura é apresentada com cores atraentes de possibilidades de riquezas e de bem-estar social; quando na realidade Paulo, ao tratar do tema tinha em mente os recursos para evangelizar as nações e ajudar os pobres e necessitados.
É certo que existe uma prosperidade na vida cristã como resultado do evangelho, mas é algo intrínseco à mensagem, faz parte de seu conteúdo e os que progrediram financeiramente na vida não aceitaram o evangelho por ambição de riquezas, mas pela obra de Cristo e seu senhorio.
Jesus já não é mais apresentado como o Salvador da humanidade, que morreu para perdoar os homens de seus pecados, mas como exemplo de sucesso de quem se pode extrair passos significativos de sucesso empresarial, e o sofisma consegue encobrir o verdadeiro Jesus e sua missão redentora. Livros e mais livros vêm sendo escritos sobre Jesus como fórmula de sucesso, deixando uma caligem sobre a verdadeira missão de Jesus entre os homens.
Combate-se os sofismas com a palavra da verdade. Conforme Hebreus 4.12 a palavra de Deus é a única arma capaz e eficaz de fazer a separação entre o que é humano e o que é de Deus; ela separa a filosofia arguta e humana dos homens infiéis permitindo que realce apenas a verdade de Deus.
Paulo por pouco não caiu na cilada dos filósofos e humanistas da época que o convidavam para os debates. Num deles, em Atenas filosofou muito bem, mas o embate empírico não resultou em manifestação do poder de Deus nem deixou igreja estabelecida na cidade. Sempre que confrontou os sofismas com a verdade Paulo deixou igrejas estabelecidas, porque sua mensagem não constava de palavras apenas, mas em demonstração de poder (1 Ts 1.5). A partir do insucesso de Atenas, Paulo aprendeu a delimitar o sofisma de uma verdade, e por isso orienta aos cristãos que anulem os sofismas com a palavra de Deus!
Então, para anular sofismas, deve-se conhecer o que diz a palavra de Deus sobre cada esfera da vida humana. O verdadeiro “segredo” consiste em desvendar os mistérios da palavra de Deus.
Fonte: pastor joão
Querido,
ResponderExcluirGrato sou por sua visita em minha página.
De seu servo,
João
Graça e paz João. Sempre que possível estarei lhe visitando.
ResponderExcluirFique na Paz!
Pr Silas
O sofisma muitas vezes tende tambem para o lado da religiosidade, das formulas magicas, receitas santas, campanhas de sete disso e daquilo, torcendo a verdade e dando aparencia de sacrificio para barganhas com Deus.
ResponderExcluirGraça e paz Gilson,
ResponderExcluirinfelizmente tenho que assinar em baixo do que você comentou, e o pior é que tem gente que gosta muito disso. Da verdade querem distância, mas abraçam com muita alegria "as meias verdadedes".
Que o Senhor nos ajude.
Fique na Paz!
Pr. Silas