Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias. Martinho Lutero
Cresce cada vez mais no meio evangélico
principalmente pentecostal o número de homens que se auto-intitulam
“teólogos”. O mais curioso é que na maioria dos casos isso parte
daqueles que aparentemente nada têm haver com a teologia. Quando aqui me
refiro “aparentemente” faço pela ótica do sentido comportamental que
envolve palavras, citações, opiniões a temas bíblicos e principalmente o
contato com as Escrituras.
Outro dado
curioso é o fato de ser a grande massa formada por pregadores
“avivalistas”, o que mais uma vez contraria o sentido do termo em
questão. Não que os teólogos não sejam avivalistas, mas simplesmente
pelo fato de não serem apenas avivalistas, mas sim verdadeiros
evangelistas, discipuladores e educadores na Palavra.
Mas não é difícil identificar um
autêntico teólogo comparando-o com esses que passo a chamar aqui de
“Simpatizantes da Teologia”. A diferença se faz nas seguintes
observações:
O simpatizante da
teologia estuda teologia aleatoriamente e sem a sua sistematização,
criando assim em sua vida uma esfera fatídica de um conhecimento sem
sustentação e coerência doutrinária;
O Teólogo respira e
vive a teologia. É cuidadoso para com seu investimento acadêmico e
cultural. Tem uma direção certa em suas conclusões teológicas, formando
assim um embasamento concreto para com os princípios bíblicos;
O simpatizante da
teologia é um defensor de suas teses e de suas ideias bíblicas. Em suas
pregações cria uma interpretação tão distante da Verdade que, até mesmo a
mais simples conjectura derrama nas mentes dos incautos uma avalanche
de contradições bíblicas, perceptível apenas aos que estudam a Bíblia
com seriedade;
O Teólogo é um defensor
da fé, da Verdade e da pureza bíblica. Prega a Palavra sem modismo, sem
crendices, sem esses desvios de propósitos do texto. Sua interpretação
respeita os princípios da hermenêutica, principalmente os da gramática,
como bem lembrou Philipp Melanchthon, sucessor de Lutero ao dizer que “a
interpretação gramatical respeita integralmente a inspiração verbal das
Escrituras”, ou seja, até o cuidado que o teólogo tem com a
interpretação bíblica preserva doutrinas e produz uma límpida exegese
capaz de impactar vidas com o poder da Palavra de Deus;
O simpatizante da
teologia investe em DVDs de “grandes” pregadores. Possui uma vasta
coleção de bons DVDs dos mais diversos pregadores. As pregações são para
ele como pequenas aulas para “conhecimento” bíblico;
O Teólogo, por sua vez,
investe nos livros dos grandes Escritores. É pela leitura que ele
entende adquirir o conhecimento que o levará ás experiências no dia a
dia. Essas experiências nos levam a sabedoria que na melhor das
manifestações vem unicamente de Deus. O Senhor separou homens valorosos
para comentar, esboçar, compartilhar, aconselhar e educar por meio dos
livros, nossos ilustres mestres literários. O gosto pela leitura leva ao
amor pela meditação nas Escrituras. Não se alcança conhecimento ouvindo
pregações. Nossas pregações são apenas para edificação espiritual e
maturidade cristã com capacidade para levar pessoas á leitura da
Palavra, é claro que para isso, depende também de uma boa pregação;
Poderia aqui trazer inúmeras diferenças entre o simpatizante da teologia e o Teólogo,
tais como as questões da ética e dos valores, da verdadeira
espiritualidade, da jornada adquirida com o tempo, da formação
teológica, e principalmente de trechos de mensagens com frases
comprometedoras. Mas o presente artigo é apenas uma forma de dizer o
quanto podemos fazer o melhor para Deus, sendo canais de bênçãos na vida
das pessoas.
Mas não poderia deixar de concluir dizendo que:
O simpatizante da
teologia, principalmente o que é pregador, sempre entrará em conflitos
por causa de seu limite real nas Escrituras. Chegará o dia em que deverá
se esconder por trás de uma espiritualidade artificial, pois o Espírito
Santo não atua em “espetáculos” cujo artista principal é o próprio
homem e seu EGO devastador.
O Teólogo por sua vez
trilha numa direção que o levará para dois caminhos: Se ele como teólogo
está profundamente afundado em letras sem a Unção do Espírito (isso
também é possível), deverá encontrar nas próprias Letras, por serem
sagradas, o despertar para uma vida de experiências relevantes para com o
Espírito da Palavra. O próprio Deus na sua incomparável misericórdia
encontrará um espaço para atuar nesse extremo “zeloso” das Escrituras,
levando-o á mergulhar nas águas do Eterno. Agora, se ele como teólogo
vive em uma atmosfera de graça e conhecimento, na mais bela vivência de
intimidade com o Espírito Santo, com certeza será ainda mais um
instrumento de Deus para impactar vidas, levando-as á salvação pelo
único sacrifício perfeito já existente – o da cruz de Cristo e da
Redenção. Os tais como Teólogos jamais perderão a grande missão e o
verdadeiro chamado para com a Obra de Deus.
Fonte: Napec
Certo irmão fez um comentário sobre outro irmão:"Mas ele é formado em teologia".Então eu disse: Ele foi "informado" em teologia, mas não formado. Da mesma forma que há milhares de pessoas "informadas" em algum curso acadêmico, muitos foram apenas "informados" mas não são formados em teologia. Determinados "avivalistas" obtêm o diploma de bacharel em teologia para acrescentar no currículo, para obter credibilidade, como uma espécie de credencial. Esses avivalistas estão se "formando" em teologia para, de maneira sorrateira, DEFORMAR o Evangelho de Cristo sem serem questionados ou refutados; Quem vai se "atrever" a questionar marcos feliciano,R.R. soares,etc.? eles são formados. Tem macumbeiro, espírita,ATEU,agnósticos,muita dessa gente bacharel em teologia. É com temor no coração que falo isso!
ResponderExcluirGraça e paz Tadeu.
ExcluirGostaria de refutar o seu comentário, mas não posso pois o que você falou é a pura verdade. Alguém já disse que: "fervor sem conhecimento é histeria, mas conhecimento sem fervor é farisaísmo". Devemos buscar em Deus o equilíbrio para não cairmos nos extremos.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira