terça-feira, 13 de março de 2012

A Bíblia está ultrapassada?


Por Renato Vargens

Há pouco escrevi um texto explicando sete razões porque não creio no ministério pastoral feminino.

Pois é, bastou falar sobre isso que surgiram inúmeros comentários no facebook, twitter e Blog dizendo que não deveríamos levar as Escrituras Sagradas ao pé da letra, mesmo porque, elas estão ultrapassadas. Para piorar a situação, outros de forma extremamente agressiva afirmaram que o Apostolo Paulo não poderia ser levado em consideração, visto que era machista, e que o mundo evoluiu e que por consequinte, a Bíblia não pode responder todos os questionamentos da sociedade.

Caro leitor, ao contrário de muitos eu creio na Bíblia como minha única e exclusiva regra de fé.Em virtude disso não fundamento aquilo creio em experiências místicas, achismos ou interpretações equivocadas.

Para mim, as Escrituras são por definição a única Palavra de Deus escrita como também a única expressão verbal das verdades de Deus publicamente acessível, visível, e infalível no mundo. A Bíblia possui suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; e somente ela é o árbitro de todas as controvérsias. Ela é a norma normanda e não a norma normata para todas as decisões de fé e vida. Se junta a isso o fato, de que a autoridade das Escrituras é superior à da Igreja, da tradição como também de qualquer estrutura hierárquica religiosa.

Os reformadores consideravam que somente as Escrituras possuíam a palavra final em matéria de fé e prática. João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia. Para o reformador francês a Bíblia era a Palavra de Deus. Calvino também afirmou que a Bíblia era o único escudo capaz de nos proteger do erro.

Para o protestantismo a Bíblia é a revelação verbal de Deus. É Deus falando aos homens. É a voz do próprio Deus. O apóstolo Paulo ao escrever a sua 2ª epistola a Timóteo afirmou que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ” Pedro em sua 2ª carta, explicou que os homens que escreveram as Escrituras foram “inspirados pelo Espírito Santo”, para que nenhuma parte dela fosse “produzida por vontade de homem algum” ou pela “interpretação particular do profeta”

Além disso, também vale à pena ressaltar a infalibilidade da Bíblia. A Bíblia não contém erros. Ela é correta em tudo o que declara, visto que Deus não mente ou erra. Tudo aquilo que nela está escrito é a mais pura verdade. Jesus disse que “a Escritura não pode ser anulada” , e que é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei”

A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, ela é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado. Nenhum credo, concílio ou indivíduo tem o poder de constranger a consciência do crente em Jesus contrariando aquilo que está exposto na Bíblia.

Diante destas maravilhosas afirmativas asseguro sem a menor sombra de dúvidas que todo o conteúdo das Escrituras foi inspirado pelo Senhor, o que nos dá plena convicção de que não existe nenhum equivoco em denominar a Bíblia como “a Palavra de Deus”. Isto posto, concluo que não existe nenhum outro modo de se conhecer a Deus, superior ao estudo das Escrituras, como também, não existe nenhuma outra fonte de informação sobre Deus mais precisa, acurada e compreensiva que a Sua Palavra.

Isto, posto, diante de qualquer controvésia, jamais considerarei as Escrituras como ultrapassadas. Para mim, Bíblia é atual e absolutamente inerrante.

Faço minhas as palavras de Martilho Lutero:

"A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém."

Soli Deo Gloria.

Fonte: Renato Vargens

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