quarta-feira, 13 de maio de 2009

Psicologia no Púlpito


Não creio que a psicologia deva ser usada como ferramenta de púlpito cristão. Ela é imprópria para aquilo que propomos usá-la! A psicologia nasceu da necessidade de “libertar” o homem da presença divina e, por conseqüência, da “escravidão” que seu criador pensava ser o sistema religioso.

Sigmund Freud era filho de judeus, mas tal fato não o auxiliou a crer em Deus.

Em conversas com pastores e lendo os textos bíblicos, extraiu princípios cristãos a fim de serem usados num sistema que, excluindo a divindade, permitisse ao homem auxiliar outro homem, sem, no entanto, ficar preso aos sistemas religiosos inerentes da época.

Era a solução perfeita para acompanhar a tese Darwiniana! “A morte de Deus”. Este foi o “boom” que a mídia veiculou!

A Psicologia não foi criada para ser uma ferramenta de auxílio à Bíblia, mas sim, para ser sua competidora mais voraz, afirmando ter a resposta para os problemas espirituais do homem, coisa que a Bíblia afirma, criteriosamente, ser a única a possuir.

De início, temos dois sistemas que competem pela posse da verdade, um deles bíblicos e o outro formulado de uma mente atéia em rebeldia ao governo divino. Tal menção, por si só, é suficiente para uma profunda reflexão sobre o porquê de estarmos amalgamando substâncias diametralmente opostas, por mais que aparentem um mútuo auxílio entre elas.

Como qualquer bom médico poderia comprovar, o maior problema de um paciente não está na doença, mas sim, na administração equivocada do remédio errado, fruto do mau diagnóstico feito pelo profissional da área. Ele, simplesmente, pode gerar conseqüências fatais ao enfermo. Se a causa do problema for mal diagnosticada, o tratamento tenderá de ineficiente a mortífero, dependendo do tempo de submissão ao tratamento e a dose administrada.

A análise freudiana é incapaz de remeter o problema do homem a causa motriz, o pecado original, e por isso, ineficiente para tratar a doença! É com o tratar câncer com aspirina, o doente não estará mais sentindo dor, contudo, não estará curado e irá morrer da mesma forma. Somente, pensa que está melhorando quando na realidade, seu sistema nervoso está sendo enganado para que não sinta dores. Um estímulo positivo que engana o sistema nervoso e o faz crer que estamos melhorando, quando continuamos a ser arrastados rumo ao julgamento final.

A análise freudiana remete os problemas humanos à formação do ser e identifica inúmeras fases a fim de descrever os problemas correlatos de cada fase. Todo problema humano remete-se a simplicidade de impulsos, desejos e anseios que o ID deseja satisfazer, mas que são inibidos por causa do SUPEREGO, formado a partir das regras e costumes da sociedade. A resposta do sistema freudiano é liberar o ID agindo na diminuição da inibição causada pelo SUPEREGO, ou seja, permissão concedida para satisfazer a própria vontade.

A bíblia trabalha a questão de forma contrária! O superego não é formado pela sociedade, mas sim, uma consciência impressa no homem por Deus a fim de balizar suas ações, e esta, impressa em nossas mentes por causa da queda. A Bíblia ensina que tal consciência não é algo que deva ser ignorada em prol da satisfação egoísta de nossos desejos. Antes, somos orientados a não pensar de si mais do que nos convém e negarmo-nos a si mesmos, constantemente.Os sistemas competem entre si. Uma única proposta, a cura para os males do homem, contudo, cada uma aponta para um lado, completamente, diferente. Não há liga! Ao uni-los, não torno a pregação Bíblica mais eficaz, mas retiro dela tudo aquilo que ela julga ser: A verdade absoluta que não necessita de complementos!

Apesar de não crer que as duas devam ser unidas num único sistema, não excluo a necessidade de conhecê-la profundamente, pois a sociedade em que vivemos é uma sociedade psicológica, onde os termos Ego, Egoísmo, Psique, entre outros, estão fortemente arraigados a nossa cultura.

Ora, se temos que trazer alguém das trevas para a luz, devemos conhecer como funciona o pensamento dentro de uma sociedade psicológica, para entendermos os pontos de conflito entre a verdade que pregamos com aquela que o mundo afirma ser verdade.

Que ninguém fique nestes pequeninos parágrafos, mas que busquem e pesquisem na ânsia salutar de encontrar a verdade...

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Fonte: O Pensador

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