terça-feira, 26 de maio de 2009

Guaxinim quebra recorde de distância e é morto por caçadora


Bióloga Berit Köhnemann, co-diretora do projeto Waschbär, com o guaxinim 5002 ainda filhote

Cientistas alemães registraram o que afirmam ser um recorde de caminhada de longa distância para guaxinins, depois que um animal percorreu uma distância de quase 300 km, em linha reta, em busca de uma fêmea para acasalar.

A jornada foi documentada por integrantes do projeto de pesquisa alemão "Waschbär" (guaxinim, em alemão), mas infelizmente chegou ao fim quando uma caçadora matou o animal, antes de saber que ele era parte do projeto.

"Essa foi a maior caminhada de guaxinim registrada até hoje no mundo", afirmou o diretor do projeto Frank-Uwe Michler. O atual recorde, segundo os especialistas alemães, era de 95 km, em linha reta.

O animal foi encontrado em uma região próxima à cidade de Bremerhaven, no noroeste do país, 285 km a oeste de seu ponto de partida, no Parque Nacional de Müritz. Ainda quando filhote, ele havia sido identificado com uma etiqueta de orelha, de número 5002, e com uma coleira contendo um transmissor de rádio.

Os biólogos estimam, baseados em outras medições, que o bicho tenha percorrido, em cerca de 90 dias de caminhada, um trajeto que somaria mais de 800 km, atravessando plantações, estradas e ferrovias.

A trilha exata não é conhecida, porque o equipamento radiotransmissor só tem alcance de poucos quilômetros. Em média, esses mamíferos notívagos percorrem oito a dez quilômetros por noite, de acordo com os registros do projeto.

Fim trágico
A jornada do guaxinim em busca da fêmea, no entanto, acabou na armadilha de uma caçadora, durante a temporada de caça de 2007. Ela matou o animal com um tiro, porque não reconheceu a tempo sua marcação, e guardou a pele, cuja etiqueta contém um número, mas não o local de origem do indivíduo.

Somente mais de dois anos depois, quando a caçadora ouviu falar por acaso do projeto Waschbär, é que os pesquisadores tomaram conhecimento do paradeiro do guaxinim número 5002.

"Machos são orientados pela reprodução e continuam caminhando, até achar uma fêmea apropriada", explicou o biólogo Frank-Uwe Michler, membro da GWN (sigla em alemão para a Sociedade para Ecologia Selvagem e Conservação da Natureza), entidade mantenedora do projeto. "As fêmeas são diferentes. Elas se preocupam com boas condições de vida e não andam mais que o necessário", explicou o biólogo.

Anualmente, cerca de 500 guaxinins migram do Parque Nacional de Müritz, onde trabalham os pesquisadores do projeto Waschbär, investigando os cerca de mil guaxinins que vivem na região

Marcio Damasceno

De Berlim para a BBC Brasil

A triste história desse guaxinim me lembra a história de alguns crentes que viajam quilômetros de distância em busca da “benção” e acabam sendo preza fácil de alguns caçadores (pastores, bispos, profetas, apóstolos...). Esses guaxinins crentes deixam o coro, a carteira, a vida, para receber a benção. Tudo isso porque lhes falta o censo de direção. Andam em busca da benção e acabam caindo nas armadilhas espalhadas por aí.


Muitos crentes já bateram o recorde desse guaxinim, já percorreram o caminho para as igrejas que prometem benção tantas vezes e nem se deram de que aquilo que buscam está dentro de suas próprias casas, pois o Senhor Jesus nos ensinou a entramos em nosso quarto e fecharmos a porta, e o nosso Pai que vê em secreto nos recompensará (Mt 6.6).


Que o Senhor nos livre desses caçadores, nos dando censo de direção (discernimento), pois esses caçadores têm uma pontaria excelente. “E não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mt 6.13).


Pr Silas Figueira

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