Por Helder Nozima
Contudo, não é exatamente este o novo calvinismo que parece ganhar força na blogosfera brasileira. Enquanto nos EUA há um esforço para viver entre dois mundos, no Brasil o que ganha popularidade
é um outro calvinismo.
Para eles, os cultos devem ignorar a cultura local: bom mesmo são os Salmos, a produção musical contemporânea não serve para adorar a Deus! Debater? Sim, eu te indico um livro de teologia e, se você não aceitá-lo e ainda quiser discutir...bem...é porque você é um ignorante que não merece atenção. Os demais cristãos? São uns apóstatas, especialmente os pentecostais (incluindo aí desde aqueles que creem na contemporaneidade de certos dons do Espírito até o mais extremado neopentecostalismo). Ah sim...uma teocracia também está nos nossos planos...
Mal vivido, o calvinismo também tem sua face feia |
E aí, será que essa versão brasileira de calvinismo vai mudar o mundo? Creio que o próprio Jesus pode dar essa resposta, já que há muitos pontos de contato entre os apóstolos de Cristo e os calvinistas extremados tupiniquins:
Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou-a junto a si e lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande.
Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.
E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém e enviou mensageiros que o antecedessem. Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe preparar pousada. Mas não o receberam, porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E seguiram para outra aldeia. (Lucas 9:46-56)
A ilusão de ser o maior
O texto começa com uma discussão corriqueira entre os Doze: quem é o maior de nós, o mais santo, o mais importante? Para a maioria de nós, ser um deles já seria uma honra e um privilégio enormes. Mas os apóstolos não se contentavam e queriam saber qual deles seria mais honrado no reino de Jesus.
O mais irônico dessa história é que os discípulos tinham acabado de fracassar na simples tentativa de expulsar um demônio. Enquanto Jesus estava sendo transfigurado, um homem pediu a ajuda dos discípulos para libertar seu filho de uma possessão demoníaca, mas eles não conseguiram. Por outro lado, no monte Deus ensinara a Pedro, Tiago e João que a glória deveria ser somente de Cristo, e não de homens como Moisés e Elias.
Mas andar com Jesus não era um atestado de superioridade. O próprio Senhor mostrou isso quando colocou uma criança no meio de seus discípulos, como um modelo para mostrar quem é o maior. Aquele que quer ser grande não deve ser arrogante...mas deve ser como o menor, o que serve. Enquanto os Doze fossem arrogantes, uma criança seria maior do que eles.
Da mesma forma, ter a melhor teologia não torna os calvinistas superiores aos demais seres humanos. Se o conhecimento é acompanhado da arrogância e da soberba, do sentimento de superioridade, se dizemos aos outros que somos melhores...então uma criança que nunca leu a Bíblia serve de exemplo para nós.
Sim, arrogantes...elas são maiores do que vocês. E um doutorado não muda isso. |
A ilusão de saber quem é de Jesus
Só que quando nos consideramos os maiores, não basta apenas discutir com os outros para provar a nossa superioridade. Os arrogantes chegam ao ponto de se colocarem no lugar do próprio Jesus e de determinarem que é ou não discípulo dele.
E a soberba é um pecado que pode atingir a qualquer um, inclusive João, o apóstolo mais próximo de Jesus. Quando João viu alguém expulsando demônios em nome de Jesus e que não fazia parte da turma dos Doze...ah...ele não teve dúvidas! Foi lá e usou sua autoridade apostólica para proibir aquele absurdo! Ora, quem ele achava que era para fazer qualquer coisa em nome de Jesus sem o conhecimento dos Doze?
Não satisfeito, João foi todo alegre contar a Jesus o que fez. E aí Jesus, mais uma vez, surpreende: "Não o proíba. Quem não é contra você, é por você". Dito de outra maneira...aquele "alguém" não tinha a aprovação dos apóstolos, mas tinha a de Jesus. Mais do que isso, era alguém que lutava do lado de João. Não devia ser proibido.
Hoje muitos calvinistas se acham no direito de dizer quem é e quem não é discípulo de Jesus. E ai do pregador se ele não tiver a chancela reformada! Deve ser proibido, é herege, talvez apóstata! No entanto, muitos desses pregadores e ministérios têm sido aceitos por Jesus e fazem a obra d'Ele.
Aqui cabe um parêntese. Não quero dizer aqui que a teologia não conta ou importa. Quem prega, expulsa demônios ou faz qualquer coisa em nome de Jesus têm o dever de fazê-lo corretamente, seguindo a doutrina certa. Mas isso não quer dizer que Jesus não use pessoas com erros teológicos para levar salvação e libertação ao mundo. Quem escolhe os obreiros é Jesus, e não os calvinistas.
E o Brasil é um bom exemplo disso. Os assembleianos chegaram ao país em 1910, os presbiterianos em 1859. Mas enquanto os presbiterianos comemoraram o centenário dizendo que era a primeira vez que um presidente da República entrava em um templo protestante, os assembleianos estavam em campanha para atingir o primeiro milhão de convertidos. Foram pregadores pentecostais (sim, pentecostais) que na sua humildade captaram o espírito do brasileiro e tornaram os evangélicos uma força reconhecida na sociedade brasileira.
Foi em igrejas não-calvinistas que a maioria dos evangélicos conheceu a Cristo, como é o caso do escritor deste artigo. |
Sim, os frutos poderiam ser melhores, mas nem quero imaginar em como o Brasil seria pior sem a pregação e o ministério pentecostal ou arminiano, com todos os erros teológicos que eu julgo que eles possuem. E se a tarefa de evangelizar o Brasil fosse apenas de reformados, nem eu estaria aqui. Já estudei com uma presbiteriana que nunca falou de Jesus comigo, mas graças a insistência de um assembleiano Cristo me alcançou.
A ilusão de condenar os descrentes
Bom, depois de duas repreensões de Jesus, João deve ter se acalmado, certo? Errado. Pouco tempo depois, mais uma vez ele mostrou seu lado negro, desta vez contra incrédulos.
Quando Jesus se dirigia para Jerusalém ele passou por uma aldeia de samaritanos, um povo que não tinha boas relações com os judeus. Jesus era um judeu que ia para Jerusalém...não é de se estranhar que os samaritanos tenham se recusado a hospedá-lo.
Não foi assim que pensaram os irmãos Tiago e João. Cheios de zelo por seu Mestre, perguntaram se não podiam mandar descer fogo do céu para consumir logo aqueles pecadores!
Jesus acabou imediatamente com esse pensamento. O Espírito de Cristo não veio destruir, veio salvar os homens. Se aquela cidade não podia recebê-los, Jesus podia ir para outra. Embora os samaritanos tivessem rejeitado o Filho de Deus, o Juízo não seria naquele momento.
Hoje parece ser assim que os calvinistas extremados querem tratar os que não aceitam a Jesus ou as suas ideias teológicas. Parece que alguns estão mais preocupados em dizer que Deus odeia os pecadores ao invés de anunciar que os santos que Deus ama são pessoas que...vejam só...eram pecadoras! Uma verdade não anula a outra, mas o espírito que deve marcar os discípulos de Jesus não é o de destruição, e sim o de salvação. Quem diz isso não sou eu, mas sim o próprio Cristo.
A necessidade de um novo calvinismo
Por todas essas razões, penso que o Brasil precisa sim de um novo calvinismo, diferente do que apresentei acima. E isso não é só uma necessidade do Brasil, mas dos próprios calvinistas! Enquanto a teologia reformada for associada à soberba, ao julgamento e à condenação, os outros grupos sequer vão querer dialogar conosco. Enquanto os reformados se isolarem em sua tentativa de voltar ao puritanismo do século XVIII ou à Genebra de Calvino o mundo não nos dará ouvidos. Mais do que isso: estaremos traindo o espírito do próprio Calvino, que fez o possível para aproximar o povo de sua época do Deus vivo.
Enquanto os católicos queriam uma missa em latim, Calvino defendia que a Palavra devia ser pregada na linguagem do povo. Seus Salmos foram compostos para tentar aproximar os adoradores da Bíblia e do Senhor. Enquanto os católicos queriam tirar a Bíblia das pessoas, Calvino e outros reformadores se esforçaram em popularizá-la e encontrar formas de aproximá-la do homem comum. As Institutas, mais do que uma obra de erudição, são uma tentativa de sistematizar e explicar melhor os ensinos da Bíblia.
Hoje precisamos de herdeiros de Calvino que não sejam orgulhosos ou arrogantes, mas sim humildes para reconhecer que Deus é maior que Genebra, a Nova Inglaterra e a Reforma Protestante. De reformados que reconheçam que Jesus salva e usa pessoas que não enxergam a Bíblia da mesma forma que nós. De puritanos que entendam que não são melhores do que ninguém...e que percebam que só são amados por Deus porque Cristo morreu por eles...e que queiram, apaixonadamente, levar esse amor a todos os eleitos. De calvinistas que se esforcem para aproximar a Bíblia das pessoas, mas acima de tudo, que estejam dispostos a deixarem a Bíblia mudar a sua própria vida.
É desse novo calvinismo que eu e você precisamos. Graças a Deus, já vejo vários neste caminho. De homens que tenham o amor e o fogo de John Knox, William Carey, George Whitefield, John Piper e Mark Driscoll. Espero que eles consigam falar mais alto do que os calvinistas que permanecem presos ao seu lado negro.
Graça e paz do Senhor,
Helder Nozima
Sou cristão, e prefiro não apresentar a placa da qual sou membro. O motivo, é que tudo que eu escrever aqui, pode entender que sou contrário porque não aprovo outra denominação. Mas enfim, achei seu comentário muito importante. Mas minha ressalva é exatamente o que o calvinismo prega. Não me refiro os seguidores desta doutrina, mas, os reformadores dela. Exemplo, João Calvino era a favor de morte dos hereges, coisa que é contrário o que a bíblia prega,Miguel Servet foi queimado vivo por causa de uma denúncia de Calvino, ele considerado herege, porque não concordava com Calvino. E depois também, justificou essa tragédia, como se fosse uma aprovação de Deus. Absurdo, ou seja, Deus dando legalidade a um pecado que ELE condena totalmente. Isso, é historicamente comprovado. Então, um profeta de uma determinada doutrina diz isso, o que podemos esperar dela? Isso, faz lembrar o tempo da inquisição da igreja católica, que também é comprovado historicamente. Lamento meu irmão, em dizer assim, por isso que não identifiquei a placa q pertenço, porque não foi por essa razão que fiz esse comentário, mas, de tudo que conheço de alguns reformadores. No meu entendimento, desculpa mais uma vez, é uma doutrina totalmente contrário á bíblia.
ResponderExcluirDesculpe, meu comentário não foi aprovado, consequentemente, pela crítica que fiz sobre João Calvino.
ResponderExcluirGraça e paz Mauro.
ExcluirCalvino, Lutero e tantos outros reformadores cometeram erros, talvez isso ficou registrado na história para que ninguém viesse beatifica-los como os católicos fazem com seus santos.
Quanto a Teologia Reformada eu não tenho dúvida nenhuma de que esta é a que mais nos revela as verdades das Escrituras, mas a sua má aplicação assim como a teologia arminiana é que gera toda confusão no meio evangélico.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira
Pr. Silas, graça e paz.
ExcluirNão se trata disso, pastor Silas. É óbvio, que reformadores do passado cometeram erros, assim também como alguns pais da igreja. Vou tentar ilustrar uma situação bíblica para poder exemplificar o que me referi. O apóstolo Paulo, cometeu algumas atrocidades no tempo que ele era um fariseu, mas quando ele teve um encontro com Jesus, ele humildemente reconheceu os erros graves que tinha cometidos, e disse: MESMO NOUTRO TEMPO SENDO EU BLASFEMADOR, PERSEGUIDOR E INSOLENTE, MAS OBTIVE MISERICÓRDIA, PORQUE, SEM SABER, FIZ NA INCREDULIDADE. (1 Tim.1:13). Nitidamente, fica claro que o apóstolo Paulo, fez na ignorância e reconheceu humildemente,e nunca mais fez parte do caráter e da vida dele, consentir a morte de qualquer opositor do evangelho, por mais perseguido que fosse. Ao contrário de Calvino, que já era um cristão, conhecedor profundo da bíblia,teólogo, professor e etc., não só foi co-autor da morte de Miguel Servet, como também a justificou como uma permissão de Deus. Me desculpe o que vou dizer, não é minha má aplicação como o senhor disse, entendo que é o senhor é que está fazendo a má aplicação. É só ler essa referência que citei, pra entender claramente o que um seguidor de Cristo faria. Não se trata de erros cometidos, mas sim, de consenti-los, ainda mais que era "um conhecedor profundo da bíblia", diferente de um outro que de fato era um incauto no que se refere a Deus. Só mais uma observação, não sou arminiano e nem calvinista, sou um defensor da palavra de Deus e com muita reverência a DEUS, pra ELE não me deixar distorcer uma vírgula sequer.
A paz, pastor Silas.
Meu irmão Mauro, eu entendo o que o irmão está falando, mas não é por ele ter cometido um ou mais erros que o que ele deixou registrado em sua teologia seja errado.
ExcluirSe você ler as mensagens e os livros que o Caio Fábio escreveu alguns anos atrás e o que ele fala hoje é complicado, mas nem por isso tira o crédito dele pelo o que ele falou no passado.
Outra coisa, há muitas coisas que se falou a respeito de Calvino em relação a esse episódio, a questão é saber com quem está a verdade. Por exemplo, ele viveu em uma época que a coisa mais comum era executar as pessoas por causa da heresia, ainda que não fosse. Era o costume da época, assim como a Ig. Católica fazia. Creio que havia uma influência cultural muito forte também, embora isso não justifique, mais havia.
Então o que Calvino deixou escrito eu vejo como bíblico, apesar dos possíveis erros por ele cometido.
Lutero, por exemplo, que pregava como Calvino cria, odiava os judeus a ponto de mandar matá-los, e no entanto, Lutero é reconhecido como um excelente teólogo.
Erros são cometidos, e mais uma vez eu falo, para não idolatrarmos tais pessoas.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira
A paz pastor Silas!
ResponderExcluirParo por qui, pois escrevi já por 03 vezes um texto, e na hora de enviá-los, minha internet, ficou fora do ar, fui tentar conectar por duas vezes e perdi tudo que já estava enviando. A outra vez, foi por causa de um temporal aqui na minha cidade, pedir tudo também. Portanto, não responderei, pois, fiquei muito chateado depois de elaborar um texto com todo o zelo e com referências bíblicas, mas enfim, quem sabe numa outra oportunidade. Deixei claro no início do texto que escrevi, que seria minha última resposta sobre o assunto.
Fica na paz pastor!
Mauro Romel
Graça e paz Mauro.
ResponderExcluirIsso que ocorreu com você já aconteceu comigo também algumas vezes. Mas, assim que puder, reescreva o texto para podermos conversarmos e debatermos.
Que Deus o abençoe!
Pr. Silas Figueira
Olá pastor Silas!
ResponderExcluirVamos ver se dessa vez consigo enviar minha mensagem.
Com relação á sua resposta, com todo o respeito,qualquer que fosse a época, a senteça, era sempre a morte. O que aconteceu na época dos reformadores na idade média, não foi diferente nos dias de Jesus, dos apóstolos e da igreja primitiva. Em (João 19: 6 e 7), diz assim, TEMOS UMA LEI, E DE CONFORMIDADE COM ELA, "ELE" DEVE MORRER. Ou seja, Jesus sendo acusado de herege, e teria que morrer, segundo a lei e os judeus. Note que, além da lei, havia a pressão dos judeus.
Assim também, foi com todosos apóstolos que foram perseguidos até a morte, seja qual fosse o motivo. Por essa razão, ainda que o senhor afirme que fazia parte da cultura naquele tempo, ou havia uma pressão popular com a punição da morte, esses exemplos que citei, sempre foi assim independente, qual fosse a época.
Além do mais pastor Silas, como eu disse antes, não estou me referindo dos erros e atrocidades cometidas. Se não, nenhum de nós éramos dígnos de salvação. Estou me referindo ao CONSENTIMENTO DO ERRO E O NÃO ARREPENDIMENTO. Vi outro dia, um professor calvinista dizendo que Calvino consentia a morte de hereges sim, mas defendia Calvino, dizendo que ele não matou Miguel Servet, referindo-se, que ele consentia, mas que não participou fisicamente, portanto, ele não matou Miguel Servet.
Ora, então Davi não foi culpado da morte de Urias, não foi ele que colocou Urias na frente da batalha, onde a guerra estava mais acirrada e perigosa, que acabou matando Urias. É evidente, que Davi foi culpado da morte de Urias, mas ele se arrependeu diante de Deus e sofreu grandes consequências ruins na sua vida.
Quando Pilatos lavou as mãos e disse na presença de todos, ESTOU INOCENTE DO SANGUE DESTE HOMEM, A RESPONSABILIDADE É VOSSA. Pilatos foi inocentado e Jesus culpado? Claro que não! Essa comparação é de acordo com a justificativa que ouvi do calvinista a respeito de Calvino.
Fazendo um paralelo da mesma passagem em (João 19:9 e 10), Pilatos faz uma pergunta pra Jesus, e ELE não responde. Observa agora o versículo 10, ao que Pilatos disse: NÃO SABES QUE TENHO AUTORIDADE PRA TE SOLTAR E TE CRUCIFICAR? Ou seja, Pilatos tinha autoridade para livrar Jesus da senteça de morte naquele momento, ainda que justifiquem, que isso tinha que acontecer. Na verdade, Pilatos e todos que rejeitaram a Jesus, serão culpados no dia do juízo. Pilatos, temeu aos homens para ter um sossego momentâneo aqui na terra diante dos homens. É apenas para ilustrar a justificava do calvinista.
Quanto aos escritos de calvino, ainda que tenha relevância teológica para os estudiosos, não acrescenta em nada, em temor e obediência a DEUS.
Não conheço nenhum de seus escritos até agora, que Calvino se arrependeu ou se retratou diante de Deus, de um pecado como esse, que leva a perdição.
Por isso pastor Silas, com todo o respeito, não tem como aprovar um lider, teólogo de uma doutrina que consentia um pecado grave como este, e não se arrependeu. O senhor falou muito bem, não vamos idolatrar ao homem. Então, seja Calvino, seja quem for, NÃO DEFENDAMOS QUEM CONSENTE UM PECADO DESTE, E NÃO SE ARREPENDE DIANTE DE "DEUS".
Como último exemplo. O caso de Lucifer. A única menção que cita alguma coisa boa sobre ele, está em Ezequiel (28: 12 a 15), mas com uma ressalva, o tempo do verbo está no passado...ERA, ou seja, não é mais, tornou-se sem valor algum, o que ele fez no céu.
Mesmo nesta passagem, já temos a negativa de Deus sobre todos os seus feitos.
Os escritos dele registrados nas escrituras, é: O PAI DA MENTIRA, VEIO PARA MATAR E DESTRUIR, E POR ÚLTIMO, APARTAI-VOS DE "MIM" MALDITOS PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS.
Trocando em miúdos, qualquer escritos ou feitos, por aqueles que pecaram e não se arrependeram ou não se retrataram diante de DEUS, entendo não tem valor nenhum para Deus. Se não tem para Deus, para mim também não.
Graça e paz pastor Silas.
OBS: Se estiver algum erro, me perdoe, não quis tentar visualizar, comedo de perder o texto como da outra vez.
Graças e paz Mauro.
ExcluirQue bom que conseguiu enviar o texto. Pois bem, só para esclarecer que a teologia Reformada começou antes de Calvino, ele só deixou escrito o que já era notório na época. Um exemplo disso foi Agostinha de Hipona e Lutero.
Erros cometemos, ainda que não os justifique, agora dizer que repudia uma teologia porque o teólogo cometeu erros aí não sobra ninguém.
Vou te dar um exemplo simples, não sei se você já ouviu falar dele, Willian Barcley. Este foi um dos maiores expositores do Novo Testamento e conhecedor do grego como poucos, no entanto, morreu negando a fé.
Inclusive, só para complementar, muitos teólogos estão mais para ateus do que para crentes fiéis.
É uma triste realidade, mas é a realidade.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira