Por Pr. Silas Figueira
Determinado bispo escreveu em seu site a respeito da comissão especial que discutiu o Estatuto da Família na Câmara dos Deputados onde aprovou o texto principal do projeto que define família como a união entre homem e mulher. A comissão aprovou o relatório por 17 votos favoráveis e 5 contrários, numa reunião tumultuada.
Segundo ainda este bispo, quem venceu a disputa foi “Os paladinos da moral e dos bons costumes”. Segundo eles, continua o bispo, “a família tradicional estaria sob um acirrado ataque daqueles que almejam destruí-la, impondo à sociedade sua nefasta agenda, cujo objetivo principal seria a implantação de uma espécie de ditadura gay”.
A partir daí, o bispo ridiculariza a família que Deus estabeleceu, constituída a partir de um homem e de uma mulher, dizendo que nenhuma delas foi perfeita. Ele começa com Adão e Eva, passando pela família de Noé, Abraão, Jacó, Davi... Segundo ele, todas essas famílias foram imperfeitas, e ele tem razão. Mas quem disse que duas pessoas imperfeitas se unindo formará uma família perfeita? E outra coisa, esse bispo está dizendo que o que Deus criou pode ser recriado através de um relacionamento homossexual que provavelmente será perfeito, já que o que Deus criou não é.
Ele faz um lindo discurso de amor, mas um amor fora dos padrões que Deus estabeleceu biblicamente. Ele defende a família homossexual dizendo que a “nossa hipocrisia religiosa é tamanha que preferimos ver um homossexual vivendo promiscuamente com múltiplos parceiros a vê-lo constituindo uma família numa relação monogâmica”. O discurso é lindo, porém satânico, pois no momento que eu deixo o que Deus estabeleceu para, em nome do amor, fazer o que eu acho, eu estou dizendo que Deus falhou no que falou em Sua Palavra.
Quando Jesus foi questionado a respeito do divórcio, Ele citou o que está escrito lá em Gênesis 2.24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Em nome do amor, este bispo está deixando a verdade e pregando sofismas. Está deixando a verdade que liberta para pregar um amor que é um grande engano. Ele faz o politicamente correto, e não o que é correto segundo a Palavra de Deus. Faz um discurso ideológico, mas abandona a Verdadeo do Evangelho.
A Bíblia não nos ensina fazer concessão com o pecado, pelo contrário, devemos abandoná-lo. Quando a Bíblia nos fala que Jesus era amigo dos pecadores não quer dizer que Ele aprovava os seus pecados. Temos como exemplo a mulher que foi pega em adultério. Jesus não a condenou a morte, mas lhe disse que não pecasse mais (Jo 8.10,11).
Esse discurso desse bispo é o que chamamos de relativismo bíblico, que é o conceito de que a verdade bíblica não é fixa e objetiva, e sim algo determinado pela percepção de cada pessoa.
Entre o relativismo bíblico e a verdade bíblica eu fico com a verdade, ainda que o discurso ideológico pareça tão mais humano. Só que eu não fico com o que é humano, mas com o que é divino. Eu não fico com o que os homens pensam, mas no que Deus deixou em Sua Palavra, e a Sua Palavra é a Verdade.
A Bíblia é o critério pelo qual devem ser testadas todas as afirmações concernentes à verdade e pelo qual todas as outras verdades devem ser avaliadas no final. Entre o discurso do bispo e a verdade bíblica, o discurso do bispo é uma grande mentira.
Pense nisso!
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