Por Pr. Silas Figueira
INTRODUÇÃO
Texto Base Atos 2.1-41
Um
dos grandes questionamentos hoje é se o que ocorreu no dia de Pentecostes
poderá ocorrer hoje. Para muitos teólogos tal ocorrido não acontecerá mais.
Aliás, para alguns o termo avivamento
é coisa do passado. No entanto, lemos outros teólogos de renome que pensam de
forma bem diferente. Por exemplo, D.
Martyn Lloyd-Jones diz que “realmente
temos que parar de dizer que o que aconteceu no dia de Pentecostes aconteceu uma
vez para sempre. Não foi assim; foi apenas o primeiro”. Com isso ele não
está dizendo que haverá outro Pentecostes como ocorreu no início da Igreja, mas
que o derramar do Espírito continua até hoje. Ele nos diz: “Pois bem, isso é o que ocorre em um avivamento. É Deus derramando do
Seu Espírito, enchendo o Seu povo novamente. Não é o que lemos em Efésios 5.18,
que é o mandamento para que “continuemos sendo cheios do Espírito” [...] Na
verdade, como lhes mostrei, as Escrituras demonstram claramente o oposto: “Caiu
sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós no princípio”. Precisamos
nos acautelar para que não apaguemos o Espírito em favor de teorias ou temores
de certos grupos religiosos excêntricos”.
O
teólogo Franklin Ferreira definiu
avivamento assim: “Em uma definição
simples, podemos afirmar que avivamento é Deus reanimando seu povo, renovando a
aliança que estabeleceu com ele, tratando-o de forma familiar. Avivamento é a
percepção e experiência – mais do que crença – de que Deus está presente em
nosso meio e, por isso, algo diferente acontece entre nós”.
Avivamento
é algo sério, pois procede de Deus para Sua Igreja. Não devemos negligenciar
esse mover dos céus sobre o Seu povo como se isso fosse algo de pouca monta.
O
texto de Atos 2 é o cumprimento da promessa de Deus de que derramaria do Seu
Espírito sobre toda carne. Não foi um acontecimento isolado que ocorreu no
início da Igreja, mas esse mesmo poder do Espírito Santo encontra-se a nossa
disposição hoje para nos tornar testemunhas mais eficazes de Cristo.
Se
nós obsevarmos a história da Igreja veremos que os grandes avivamentos
ocorreram em épocas de maiores crises na sociedade e em consequência da frieza
espiritual da Igreja. Nos dias atuais, creio que necessitamos com urgência de
um novo avivamento, pois a sociedade está perdida e a igreja sem rumo certo. Na
igreja de hoje vemos de um lado uma quantidade enorme de líderes, em nome do
Espírito Santo, pregando as maiores e absurdas heresias e, de outro lado,
vários pastores tentando engessar e encaixotar o Espírito Santo em seus dogmas
teológicos. Poucas são as igrejas que estão pregando um Evangelho equilibrado
onde há teologia séria com o mover do Espírito Santo.
Concordo
com Franklin Ferreira quando diz que
“Deus manda pessoas e situações como
instrumentos de juízo sobre nós, para que clamemos por avivamento”. Então
esta é uma boa hora para começarmos a clamar, pois a coisa está indo de mal a
pior em nosso país.
Entendendo o Pentecostes:
Pentecostes
significa “quinquagésimo”, pois se refere a uma festa realizada cinquenta dias
depois da Festa das Primícias (Lv 23.15-22). O calendário das celebrações de
Israel em Levítico 23 é um esboço do ministério de Jesus Cristo. A Páscoa
retrata sua morte como Cordeiro de Deus (Jo 1.29; 1C0 5.7), e a Festa das
Primícias representa sua ressurreição dentre os mortos (1Co 15.20-23).
Cinquenta dias depois da Festa das Primícias, observava-se a Festa de
Pentecostes, que retrata a formação da Igreja. Em Pentecostes, os judeus
comemoravam a entrega da Lei, mas os cristãos comemoram a dádiva do Espírito
Santo à Igreja.
Mas
dentro desse tema Avivamento o que podemos aprender com esse texto.
A PRIMEIRA LIÇÃO QUE EU APRENDO É QUE O AVIVAMENTO NÃO
É PRODUZIDO PELO HOMEM.
O
que muitos líderes chamam de avivamento o Senhor chama de heresia e histeria.
Muitos pensam que estão avivados, mas estão longe do que o Senhor planejou para
o Seu povo. Há nessas igrejas dois tipos de “avivamento”,
o “avivamento falsificado” e o “avivamento fabricado ou produzido”,
menos o verdadeiro avivamento. Vejamos:
1º
- Há muitos líderes falsificando o avivamento. John MacArthur diz que “A partir da invenção das
moedas gregas, por volta de 600 a.C., até a introdução do papel-moeda no século
XIII na China, a falsificação sempre foi considerada um crime grave.
Historicamente, era punível com a morte na maioria das vezes. Na América
colonial, por exemplo, Benjamin Franklin imprimiu papel-moeda, que incluía o
aviso ameaçador: “A falsificação é a morte”. Os anais da história inglesa
relacionam as execuções de numerosos falsificadores, a maioria dos quais foram
enforcados, e alguns queimados na estaca. Esse nível de punição pode soar cruel
aos nossos ouvidos modernos, mas o crime de falsificação foi severamente punido
por duas razões principais.
Primeiro,
a lei a considerava como uma ameaça à estabilidade econômica do Estado e o
bem-estar geral de todos os cidadãos. E
em segundo lugar, em países como a Inglaterra, a emissão de moeda era
considerada prerrogativa que pertencia apenas ao rei. Assim, a falsificação não
era apenas um pequeno furto contra a pessoa enganada que recebeu a moeda falsa,
era considerada como algo muito mais sério – um perigo para a sociedade em geral
e uma traição subversiva contra a autoridade real.
Mas
e quanto àqueles que falsificam a obra de Deus? O crime de falsificação de
dinheiro torna-se insignificante em comparação com o ato traiçoeiro de
falsificação do ministério do Espírito Santo. Se a impressão de moeda falsa é
uma ameaça à sociedade, a promoção de experiências religiosas fraudulentas
representa um perigo muito maior. E se a produção de moedas falsas constitui um
ato de traição contra um governo humano, a pregação de um evangelho falso é uma
ofensa infinitamente pior contra o Rei dos reis”.
A
falsificação da obra de Deus é um crime contra o próprio Deus e no caso em
questão será indesculpável quem tal coisa praticar. Mas a falta de temor e o
desejo de encher as igrejas, muitos líderes tem feito tal coisa. Eles se
esquecem de que as pessoas são muito mais do que números. Esses líderes se
esquecem de que terão de prestar contas a Deus pelos seus atos (Mt 7.15,
21-23).
2º
- Há muitos líderes “produzindo o avivamento”. Para Charles Finney, evangelista
congregacional americano, nascido no século 19, o avivamento é algo que a
comunidade pode produzir, desde que siga determinados passos.
Veja
o que ele disse: “Na vida espiritual nada
existe além das capacidades naturais; ela consiste totalmente no correto
exercício dessas capacidades. É apenas isto e nada mais. Quando a humanidade se
torna verdadeiramente religiosa, as pessoas são capacitadas a demonstrar
esforços que eram incapazes de manifestar antes. Exercem apenas capacidades que
tinham antes, e utilizavam de maneira errônea, e agora as empregam para a
glória de Deus”. Deste modo, visto que o novo nascimento é um fenômeno natural,
o mesmo ocorre ao avivamento: “Um avivamento não é um milagre, tampouco
depende deste, em qualquer sentido; é simplesmente um resultado do filosófico
da correta utilização dos meios estabelecidos, assim como qualquer outro
resultado produzido pelo emprego destes meios”. A crença de que o novo
nascimento e um avivamento dependem necessariamente da atividade divina era
perniciosa para Finney. Ele disse: “Nenhuma doutrina é mais perigosa do que
esta para o progresso da igreja, e nada pode ser mais absurdo”.
Isso
nós temos visto hoje em muitos seguimentos da igreja. Todas estas igrejas que
adotam métodos humanos para atrair e fazer a igreja crescer, dizendo que isso é
um avivamento, são na verdade herdeiros de Charles Finney e de sua teologia sem
Deus.
Nesses
lugares há muito choro, mas não há arrependimento. Há muito pula pula, mas
nenhum joelho no chão buscando a face do Senhor. Há muita gritaria, mas não
vemos lamento pelo pecado. Há muita palha sendo pregada nos púlpitos e nenhum
alimento sólido que alimenta as ovelhas. Há muita autoridade humana, mas nenhum
temor a Deus.
SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE O AVIVAMENTO SE DÁ EM
RESPOSTA AS ORAÇÕES DA IGREJA
(At 2.1).
Citando
mais uma vez Franklin Ferreira ele diz que “Avivamento
é um poderoso derramamento do Espírito Santo sobre a igreja local, em resposta
às orações dos cristãos...”. Os 120 discípulos estavam congregados no
cenáculo em unânime e perseverante oração, quando de repente, o Espírito Santo
foi derramado sobre eles.
1º
- Com isso entendemos que a busca pelo avivamento se dá em unidade e oração
perseverante (Até que do alto...).
Durante dez dias aqueles discípulos estavam em perseverante oração esperando a
promessa do Senhor de que derramaria sobre eles do Seu Espírito (Lc 24.49). Não
queremos dizer com isso que o Espírito Santo não seria derramado no dia de
Pentecostes se a igreja não estivesse orando, eu quero afirmar que o Senhor
move a Sua Igreja para buscá-Lo em perseverante oração, pois há um fervor dado
pelo próprio Espírito nos movendo para isso (Fl 2.13).
2º
- A Bíblia nos ensina sobre a necessidade de orar por Avivamento. Há vários relatos bíblicos que nos impulsionam nessa
direção. É o próprio Senhor que nos move a buscar de Sua face. Como disse Davi
no Salmo 42.1,2: “Como suspira a corça
pelas corentes das águas, assim por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo...”
Sede
de Deus é a verdadeira busca por um avivamento para que a nossa alma sedenta
seja saciada e os corações frios sejam aquecidos pelo fogo do Espírito.
Em
1891, aos treze anos de idade, Evan
Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas coisas importantes: (1)
para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e (2) para que Deus enviasse o
reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior investimento no banco
de oração de Deus a favor do reavivamento que o Senhor desejava enviar. E
talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a onda internacional de
reavivamentos no País de Gales – através de Evan Roberts.
A
oração é a chave que abre as portas e janelas do Céu sobre a igreja.
Falar
de avivamento é falar de coisas que fogem a normalidade da vida da igreja. É
impossível ler nos relatos bíblicos e da história da Igreja onde houve
avivamento não encontrar coisas extraordinárias acontecendo.
O
teólogo Franklin Ferreira conta que “ninguém
menos que Martyn Lloyd-Jones, talvez o maior pregador do século 20, conta que,
em uma das vezes em que Jonathan Edwards regressava à casa, ao dirigir-se ao
quarto de oração para deixar o casaco, ele encontrou a mulher como que
flutuando acima da cama, em decorrência da ação do amor de Cristo sobre ela”.
Hernandes
Dias Lopes diz que “O derramamento do
Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado,
fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. Foi incontestável e
irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde
desfazer os resultados. Foi definitivo, ele veio para ficar para sempre com a
igreja”.
Observe
que no dia de Pentecostes três fatos ocorreram.
1º
- O Espírito Santo veio com um som como de um vento impetuoso (At 2.2). O vento foi uma forma de Deus se manifestar no
Antigo Testamento. Deus falou com Jó num redemoinho (Jó 38.1; 40.6); um forte
vento oriental abriu o caminho através do Mar Vermelho (Êx 14.21). Jesus também
usou o vento para falar do Espírito Santo (Jo 3.8) e Ele soprou sobre os
discípulos e lhes disse: “Paz seja
convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito
isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo
20.21,22).
Quando
o vento do Espírito sopra ninguém pode detê-lo. Como diz Hernandes Dias Lopes: “Os homens podem até medir a velocidade do
vento, mas não podem mudar o seu curso. Como o vento, o Espírito também é
misterioso; ninguém sabe donde vem nem para onde vai. Seu curso é livre e
soberano. Deus não se submete à agenda dos homens nem se deixa domesticar”.
2º
- O Espírito Santo veio em línguas como de fogo (At 2.3). Ao olharmos para o Antigo Testamento nós também
veremos o Espírito Santo se manifestando através do fogo. Deus se manifestou na
sarça em que o fogo não a consumia (Êx 3.2). Quando Salomão consagrou o templo
ao Senhor, desceu fogo do céu (2Cr 7.1). No Carmelo, Elias orou, e fogo desceu
(1Rs 18.38,39). A aparição do Senhor no Monte Sinai depois que o povo de Israel
aceitou o Antigo Pacto (Êx 19.18).
Aqui
no Pentecostes não foi diferente, o Senhor se manifestou através do fogo.
3º
- O Espírito Santo os levou a falar em outras línguas - idiomas (At 2.4). Duas coisas são necessárias destacar: 1º - aqui não
está se falando em dom de línguas como alguns pentecostais dizem; e 2º - também
não é nem um dom especial para falar línguas estrangeiras como alguns
tradicionais também costumam dizer.
Esse
falar em línguas inteligíveis foi algo sobrenatural, mostrando o oposto do que
houve em Babel. Em Babel as línguas eram ininteligíveis e houve dispersão; já
no Pentecostes não foi necessário interpretação e houve ajuntamento. Observe o
versículo 11b, eles falavam em idiomas das pessoas de várias nacionalidades que
se encontravam ali. Eles falavam das grandezas de Deus, não das grandezas dos
homens.
Hernandes
Dias Lopes diz que “A glossolalia de
Atos 2 foi um fenômeno tanto de fala como de audição. Não foram sons
incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em línguas
reconhecíveis. Assim, a expressão outras
línguas poderia ser traduzida por “línguas diferentes da língua materna”.
Os discípulos falaram línguas que não haviam aprendido. O termo grego traduzido
por língua em Atos 2.6 e 8 é dialektos e refere-se à linguagem ou
dialeto de um país ou região.
Com
a vinda do Espírito Santo duas coisas não seriam mais as mesmas: 1 – o Espírito
passaria a habitar nas pessoas, não apenas vir sobre elas; e 2 – sua presença
seria permanente, não apenas temporária (Jo 14.16,17).
EM QUARTO LUGAR O AVIVAMENTO GERA INTREPIDEZ NA
PREGAÇÃO (At 2.14-41).
Avivamento
que gera euforia somente não é avivamento. Avivamento gera intrepidez na
mensagem pregada. O milagre das línguas atraíram as multidões, mas o que gera
vida é a pregação da Palavra. A fé gera o milagre, mas o milagre não gera fé.
Pedro
se levanta com intrepidez e inicia o seu sermão mostrando que o que estava
acontecendo não era embriaguez, mas um cumprimento profético.
1º
A pregação deve ser com entendimento (Lc 24.45). O texto de Lucas nos diz que o Senhor lhes abriu o
entendimento para compreenderem as Escrituras. É o inverso do diabo que cega o
entendimento (2Co 4.4). É o Espírito Santo que nos dá esse entendimento, pois a
Palavra é inspirada por Ele. Sem o Espírito Santo as pessoas podem conhecer a
Bíblia, mas não podem compreendê-la. Como nos diz o apóstolo Paulo em 1Co
2.12-16:
“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e
sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado
gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria
humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com
espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo
não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa
instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.
Por
isso Pedro começa o seu sermão citando o profeta Joel com conhecimento revelado
pelo Espírito Santo. Este profeta havia profetizado que o Espírito Santo seria
derramado sobre toda a carne, e isso em termos qualitativos, e não em termos
quantitativos.
Pedro
mostra que esta profecia estava se cumprindo naquela manhã.
2º
- A pregação de Pedro foi uma pregação cristocêntrica na sua essência. A mensagem de Pedro mostrou a verdade a cerca de
Jesus e Seu ministério. Uma das coisas que mais temos visto hoje em dia em
muitos púlpitos é que o Senhor Jesus tem sito negligenciado em Sua obra. Fala-se
em prosperidade (usando textos do VT), cura, libertação, vitória; mas não se
fala de cruz, renúncia, arrependimento. Pecado então passa longe desses
púlpitos, pois falar de pecado ofende os ouvintes.
Hernandes
Dias Lopes nos diz que Pedro abordou cinco pontos em seu sermão:
1
– A vida de Cristo (2.22); 2 – A morte de Cristo (2.23); 3 – A ressurreição de
Cristo (2.24-32); 4 – A exaltação de Cristo (2.33-35) e por fim, 5 – O senhorio
de Cristo (2.36).
Quanta
diferença para os dias de hoje!
3º
- A pregação tem que ser eficaz em seu propósito (At 2.37-41). O Espírito Santo usou a mensagem de Pedro para tocar
o coração dos ouvintes. Isso é avivamento. Avivamento é a Palavra sendo pregada
com intrepidez e tendo uma resposta positiva a esta mensagem. São vidas sendo
salvas por compreenderem que estão perdidas.
A
mensagem de Pedro foi dura aos ouvidos da multidão, mas eles estenderam que
precisavam tomar uma decisão com urgência. Hoje, há pouca convicção de pecado
na igreja. Há pessoas insensíveis demais, com os olhos enxutos demais e o
coração duro demais.
Em
um avivamento as pessoas reconhecem que são pecadoras e buscam o perdão do
Senhor. Isso ocorreu no país de Gales em 1904. O avivamento de Gales foi um dos
mais impressionantes mover de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de
avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram
o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor
do mundo.
O
avivamento começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan
Roberts, um jovem de 26 anos. Evan Roberts tinha acabado de começar a cursar o
seminário quando teve uma visão na qual Deus o chamava para voltar à sua
pequena cidade e pregar para os jovens da sua igreja. Roberts já tivera outras
experiências com Deus e estava convencido que Ele estava prestes a derramar um
poderoso avivamento sobre o país de Gales. Mesmo assim, podemos imaginar que
não foi fácil para ele voltar para casa depois de apenas quinze dias no
seminário. Mas, na noite de domingo, 30 de outubro de 1904, durante o culto, Roberts
teve uma visão dos seus amigos de infância e entendia que Deus estava falando
para ele voltar para casa e evangeliza-los.
No
dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igreja e começou a passar a sua
visão para o avivamento. Ele ensinou que o povo orasse uma oração simples:
"Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo". Roberts
também enfatizou quatro pontos fundamentais para o avivamento:
A
confissão aberta de qualquer pecado não confessado.
O
abandono de qualquer ato duvidoso.
A
necessidade de obedecer prontamente tudo que o Espírito Santo ordenasse.
A
confissão de Cristo abertamente.
O
avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo marcou o
mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma pesquisa feita
seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos convertidos continuavam
sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se convertido. Porém, isso não
significa que os outros 20% tivessem se desviado, porque muitos se mudaram para
missões independentes ou novas denominações.
CONCLUSÃO
Franklin
Ferreira nos diz que “precisamos orar por avivamento. A situação do nosso país impõe-nos
essa exigência. A Sagrada Escritura é categórica: precisamos clamar ao Senhor,
precisamos ouvir Deus dirigir-nos a nós, como ele mesmo disse a Salomão: “Se o
meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha
presença, e se desviar dos seus maus caminhos, então ouvirei dos céus,
perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).
A
resposta para a solução no nosso país, e porque não dizer, de nós mesmos, está
em Deus. Está em nós nos colocarmos diante dele com rogos, jejum e
arrependimento dos nossos pecados aí então o Senhor virá e irar sarar a nossa
terra.
A
resposta está em Deus, mas será que a igreja quer a Sua resposta?
Pense
nisso!
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