Por Pr. Mauro Rehder
Significa que ele sofreu por causa do nosso pecado, morreu em nosso lugar e que Ele através de sua morte na cruz do calcário, comprou para si, aqueles por quem morreu.
O homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pecou, e em Adão, todos pecaram e morreram, (Rm 5.12), sendo condenados a perecer, de sorte que o homem já nasce condenado.
Cristo, que é o segundo Adão, morreu a nossa morte, ressuscitou e a venceu, portanto, tem autoridade para dar vida, àqueles que soberanamente, o pai escolheu para a salvação, de acordo com o prazer e conselho da sua vontade. (Ef 1.4-5;11)
É necessário afirmar que essas coisas aconteceram para que se cumprisse o desígnio de Deus de absolver aqueles que ele conheceu de antemão, para que assim como morremos em Adão, vivamos em Cristo e à semelhança de Cristo, e sejamos conformados à sua imagem. (Rm 8.29)
Cristo pagar o preço do nosso pecado, significa que nós pecamos e ele sofreu a pena em nosso lugar, literalmente, sofreu as graves consequências do nosso pecado. (Is 53:4)
Ele sofreu a consequência que nós deveríamos ter sofrido. O pai quis assim, com o propósito de usar seu filho como oferta perfeita pelo pecado (Is 53.10), daqueles que sempre foram seus (Jo 17.6).
Percebemos três aspectos da morte de Cristo na cruz. O legal, o espiritual e o prático.
Legal. (justiça)
Espiritual. (reconciliação)
Prático. (obediência)
Cada um dos aspectos está conectado ao outro.
O aspecto legal: Ele suportou sozinho o peso do pecado de muitos (Is 53.11), os salvou da ira de Deus (Rm 5.9), morrendo uma vez por todas (Hb 10.10), como sacrifício prefeito, satisfazendo assim a exigência da justiça de Deus (Hb 10.4-5), justificando o eleito diante de Deus. (Rm 3:24-25)
O aspecto espiritual: O castigo que nos traz a paz estava sobre ele (Is 53.5), por isso hoje, os que foram salvos, tem paz com Deus, o que significa que fomos aceitos pelo pai e reconciliados com ele pela obra de Cristo na cruz. (Rm 5.1;10)
O aspecto prático: Deus deseja que obedeçamos à sua vontade e cumpre isso em nós, através do filho, (Rm 5.19), mas o fato de estarmos justificados diante da justiça divina pelos méritos exclusivos de Cristo, e o fato de termos sido reconciliados com Deus, não significa que estamos livres de obedecer às leis divinas, pelo contrário. (Rm 3.31). Pelo Espírito somos levados a uma vida de obediência. (Gl 5.25).
A salvação começa em Deus, escolhendo indivíduos para a salvação, se torna possível por meio do filho, pagando o preço do nosso pecado e nos resgatando da morte eterna e se concretiza no tempo, através da regeneração do Espírito na vida do pecador.
Por que isso não acontece a todos? Porque Deus é soberano e decidiu mostrar em alguns a sua ira e em outros a sua graça.
O homem por quem Cristo pagou o preço do seu pecado, está legalmente livre da condenação eterna, tem paz com Deus e é conduzido à uma vida de obediência à lei de Deus. (Rm 6.17).
Cristo sofreu o castigo por todos os pecados (presente, passado e futuro) dos eleitos, de sorte que já temos o perdão garantido de todos os pecados que ainda cometeremos. Saber isso, produz amor, temor, reverência e santidade nos corações dos salvos, de forma que valorizam a graça que lhes foi concedida, o que significa que se esforçam para agradar a Cristo. (2 Pe 3.14).
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