Por Pr. Silas Figueira
Texto base: Oseias 4.1-3
INTRODUÇÃO
Oseias
é o primeiro livro conhecido como “Profetas Menores”; não que sua mensagem
fosse inferior a dos outros profetas, mas que era menor no volume do que foi
escrito. Embora o livro de Oseias seja o de maior volume.
Pouco
se sabe a respeito da vida desse profeta. A única coisa que se fala a respeito
de sua genealogia é que ele era filho de Beeri (Os 1.1). Oseias profetizou nos
dias de Uzias (790 a 739 a.C), Jotão (750 a 731 a.C.), Acaz (735 a 715 a.C) e
Ezequias (729 a 686 a.C), todos reis de Judá, e no reinado de Jeroboão II, rei
de Israel (793 a 753 a.C). Seu ministério público, assim, cobriu o espaço
mínimo de 755 a 715 a.C., em torno de 40 anos. Isso torna Oseias contemporâneo
de Isaías (739 a 680 a.C.) e possivelmente de também de Amós (765 a 755 a.C.) e
Miquéias (735 a 700 a.C.) [1].
Oseias
era terno, sensível e misericordioso, um tanto parecido com Jeremias (aliás,
ele é conhecido como o profeta Jeremias do Reino Norte), pois não era tão
agressivo como outros profetas a exemplo de Elias. Sua abordagem à mensagem
profética que tinha de entregar baseava-se em sua relação de esposo. Isso
representava o fato de que o Senhor havia sido ofendido por sua esposa infiel,
a nação de Israel. A fim de que essa mensagem fosse sentida e entregue com
eficácia, era mister que Oseias passasse por uma situação real de traição
sofrida. E, para que isso acontecesse realmente, como é óbvio, ele teria de
manter profundo amor por sua esposa. Somente então ele poderia sentir a
ferroada da infidelidade, compreendendo, metaforicamente, a ofensa de Israel
contra o Senhor, em sua infidelidade, que consistia na idolatria e corrupção
moral [2].
O
amor de Oseias por sua esposa era uma representação do amor do Senhor pela
nação de Israel, que apesar de ser adúltera, o Senhor a amava e queria se
reconciliar com ela. Oseias demonstrou a misericórdia de Deus ao povo de Israel
ao perdoar Gômer e restaurá-la como esposa (Os 1.2,3; 3.1-3).
Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, o
Senhor lhe disse: "Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade,
porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do
Senhor". Por isso ele se casou com Gômer, filha de Diblaim; ela engravidou
e lhe deu um filho. O Senhor me disse: "Vá, trate novamente com amor sua
mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor
ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses e de amarem os
bolos sagrados de uvas passas". Por isso eu a comprei por cento e oitenta
gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu lhe disse: Você viverá
comigo por muitos dias; você não será mais prostituta nem será de nenhum outro
homem, e eu viverei com você
(NVI).
A
profecia de Oseias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a
arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele
entregasse a nação ao pleno juízo. O Senhor havia enviado antes Elias e depois
Eliseu para admoestar a nação, mas foi em vão. Oseias, cujo nome significa “salvação”, era mais uma vez a voz de
Deus ao povo de Israel; embora o povo não tivesse nenhum interesse em ouvir a
mensagem que lhes era dirigida. Israel estava andando na sua “liberdade”; mas essa liberdade a levou
para longe de Deus e de Sua Palavra. Essa liberdade se transformou em
libertinagem.
Não
é de mais liberdade que precisamos hoje, e sim, de mais lealdade. Não entregue
a Deus planos feitos para que Ele os abençoe. Não faça os seus planos para
depois buscar a aprovação divina. Deixe que Ele faça os planos. Loucamente,
Israel tinha tomado as suas próprias decisões. Eles tinham se endurecido. Deus
não fará coisa alguma com um espírito rebelde e desobediente [3].
Esse
quadro da situação de Israel narrada em Oseias é uma representação legítima de
nossos dias. A igreja atual, assim como a nossa nação, está totalmente longe do
Senhor. Poucos são os que verdadeiramente se importam com a Palavra de Deus e
procuram andar em santidade de vida. A corrupção toma conta dos nossos
noticiários todos os dias. Não se fala em outra coisa. Parece um buraco sem
fundo. E isso não ocorre somente nas instâncias superiores, isso ocorre todos
os dias entre o povo e, infelizmente, dentro de muitas nossas igrejas também;
principalmente dentro de convenções onde a politicagem prevalece em lugar do
verdadeiro espírito de temor e tremor. Olhe para sua convenção e você verá
isso. E isso reflete muitas vezes o que há dentro da igreja.
VAMOS ANALISAR O TEXTO DE OSEIAS PARA VERMOS MELHOR
ESSE QUADRO EM OSEIAS 4.1-3.
Oseias
descreve Israel como uma nação que tinha entrado em um colapso moral. Não havia
em Israel nem verdade, nem misericórdia e muito menos conhecimento de Deus.
Pelo contrário, mentir, matar e roubar era os verbos do dia. É significativo
que as preocupações do profeta não eram econômicas nem políticas. Ele queria
que compreendêssemos que o fracasso moral é a fonte primária do colapso de uma
nação [4]. As relações do homem para com Deus são, sempre, o princípio
orientador se seu comportamento para com seus semelhantes; a ética sempre
repousa na teologia [5].
1º
- Antes de revelar o pecado da nação o Senhor se apresenta (Os 4.1). O profeta Oseias não falava de si mesmo, mas ele era
o instrumento de Deus levantado para aquela geração. Ele era boca de Deus,
instrumento dEle para corrigir o Seu povo.
Hoje,
muitos profetas têm se levantado em nossas igrejas. Esses são conhecidos como apologetas – Aquele que tem por fim
defender a verdade cristã. E esses apologetas são, na maioria das vezes, mal
vistos e até mal interpretados, pois tais pessoas denunciam o pedado e o desvio
doutrinário dentro das igrejas. Isso ocorre porque muitos pastores, ou fazem
vista grossa ao pecado, ou pecam deliberadamente contra o Senhor e Sua Palavra.
Destorcem a Palavra de Deus para se beneficiar e manter a igreja cheia de
pessoas vazias. Muitas dessas pessoas têm o nome escrito no rol de membros da
igreja, mas não tem o nome escrito no Livro da Vida.
E,
infelizmente, a nação, é o reflexo da igreja institucionalizada. Olhe para
dentro de muitas igrejas hoje e você verá isso. Olhe para o testemunho de
muitos crentes e você verá que isso é uma grande verdade. Crentes que vivem à
margem da verdade da Palavra de Deus. Crentes que são fiéis aos seus líderes,
mas desconhecem ao Senhor.
E
qual é o resultado disso? Vejamos o que prevalecia:
2º
- Assim como Israel havia abandonado a verdade, a igreja a tem abandonado
também (Os 4.1,2). Israel havia
abandonado a verdade. A verdade é a honestidade habitual ou confiabilidade, o
primeiro ingrediente que exigimos em qualquer negócio, mesmo impessoal, que
realizamos com o nosso próximo [5]. Observe o versículo dois: “O que só prevalece é perjurar, mentir...”.
Perjúrio -
Juramento falso ou violação de juramento. É maldizer os outros, enquanto mentir é violar os direitos pessoais e
legais dos outros, especialmente quando envolve falso testemunho em decisões
legais, transações financeiras ou votos religiosos [7].
A
verdade tem sido abandonada na vida e nos lábios de muitos “homens e mulheres
de Deus”, isso sim é que é triste. Muitas vezes vemos mais fidelidade e
compromisso na vida de gente ímpia do que dentro de nossos arraiais.
A
Bíblia sempre nos orienta a usarmos da verdade, ainda que soframos por isso.
Veja o que ela nos fala:
“Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um
com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).
“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes
do homem velho com os seus feitos”
(Cl 3.9).
“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de
morar no teu santo monte?... o que jura com dano próprio e não se retrata” (Sl 15.1;4).
Onde
impera a mentira Satanás é que tem reinado, pois o diabo é o pai da mentira.
Ele mente desde o princípio, como disse Jesus (Jo 8.44).
3º
- Assim como em Israel, a igreja tem abandonado o amor (Os 4.1,2). Quando as pessoas rejeitam a aliança de Deus começam
a explorar umas às outras, pois os dez mandamentos tratam de nosso
relacionamento com nosso próximo bem como com Deus. Se amarmos ao Senhor, então
amaremos a nosso próximo (Mt 22.34-40; Rm 13.8-10). No entanto, não havia
misericórdia na terra, nenhum amor ao próximo, nenhuma compaixão pelos pobres e
necessitados. As pessoas eram desleais a Deus e cruéis uma com as outras [8].
Observe
o verso 2: “O que só prevalece é [...]
matar [...], e homicídios sobre homicídios”.
A
falta de amor leva o homem à destruição de seu semelhante. Veja que o texto nos
diz que em Israel a vida humana era descartável. Matar e homicídios sobre homicídios, com isso eles estavam
quebrando o sexto mandamento: “Não matarás” (Êx 20.6). O crime e a violência
sem controle barbarizavam a sociedade israelita. As pessoas viviam
sobressaltadas e neurotizadas por essa onda de violência [9].
Aliás,
estava sendo quebrado o sexto, o oitavo e o sétimo mandamento nessa ordem. Com
isso vemos que onde não prevalece a Palavra de Deus e fidelidade a Sua aliança,
o que predomina é a lei do mais forte. A lei do diabo que veio para matar,
roubar de destruir.
No
entanto, dentro de nossas igrejas não tem sido diferente. Onde não prevalece a
graça do Senhor, prevalece a vontade do homem. E, geralmente, essa vontade é
totalmente distorcida da vontade de Deus.
Dentro
de nossos arraiais prevalece, muitas vezes, a desunião. A falta de amor. Há
homicídios, pois a Bíblia nos fala que quem odeia a seu irmão é assassino (1Jo
3.15).
Pessoas
que vivem em pé de guerra com seu próximo, deixando de por em prática a Palavra
de Deus que nos diz que devemos perdoar os nossos ofensores. De que no que
depender de nós devemos viver em paz com todos os homens.
Mas
quantas pessoas preferem deixar a comunhão com os irmãos porque tem alguma
birra com outro irmão. Gente que só vê defeito nos outros, mas não consegue ver
os seus.
O
espelho não serve para vermos como estamos bem, mas para vermos as nossas imperfeições
e nos acertarmos. Para isso que serve o espelho.
4º
- Assim como em Israel a igreja tem sido desonesta e opressora (Os 4.2; 7.1). Veja o que nos diz o texto de Oseias sobre isso: “O que prevalece é [...] furtar [...], e há arrombamentos”.
A
quebra da aliança levou o povo de Israel a desprezar a lei e a ordem. O que
prevalecia era a lei do mais forte como já falamos. A falta de amor gerou a
falta de respeito para com a propriedade privada. Era um abismo chamando outro
abismo.
O
que o homem planta colhe. Se não houver arrependimento as consequências do
pecado serão desastrosas. No ano 722 a.C. o rei da Assíria invadiu Israel e a
levou cativa:
Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu
a Samaria e a sitiou por três anos. No ano nono de Oséias, o rei da Assíria
tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em
Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. Tal sucedeu porque
os filhos de Israel pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da
terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros
deuses. Andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara de diante dos
filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel. Os filhos
de Israel fizeram contra o SENHOR, seu Deus, o que não era reto; edificaram
para si altos em todas as suas cidades, desde as atalaias dos vigias até à cidade
fortificada. Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos
outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas. Queimaram ali incenso em
todos os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles;
cometeram ações perversas para provocarem o SENHOR à ira e serviram os ídolos,
dos quais o SENHOR lhes tinha dito: Não fareis estas coisas (2Rs 17.5-12).
Eles
que estavam furtando e arrombando, agora eram eles que estavam sendo invadidos
e sendo saqueados pelo inimigo.
Tudo
isso nos serve se aviso para olharmos para a história e revermos as nossas
atitudes. A igreja hoje tem entrado em muitas casas, e em nome de Deus, tem
furtado e arrombado a fé, a esperança e levado o dinheiro de muitas pessoas que
acreditam em suas falsas promessas.
Eu
sei que muitas dessas pessoas são tão culpadas como seus opressores, pois são
gananciosas e gulosas como esses líderes. Mas há muita gente inocente nesse
meio. Há pessoas que com uma fé pura tem sido tripudiadas e roubadas de seus
poucos benefícios diante de falsas promessas de cura, de libertação, de
restauração familiar. Tais líderes são indesculpáveis e sofrerão consequências de
seus atos. Não pense que isso ficará sem julgamento. O Senhor há de se levantar
em breve e julgará esses lobos devoradores e serão condenados.
5º - assim como em Israel a igreja está
envolvida na quebra da aliança do casamento (Os 4.2,11). O que prevalece [...] adulterar. O adultério
é a quebra da aliança no casamento. E esse adultério era duplo, eles
adulteravam indo atrás de outros deuses, assim como adulteravam traindo os seus
cônjuges.
Foi
isso que ocorreu com Oseias quando se casou com Gômer que vivia o traindo e ele
sempre a buscava de volta para casa. Assim o Senhor estava mais uma vez
tentando despertar a consciência do seu povo revelando os seus pecados. Com isso,
tentando fazê-los cair em si e se arrependerem de seus atos.
A
Bíblia é clara quando nos diz que o Senhor abomina o divórcio (Ml 2.14-16). Mas
alguns líderes não têm autoridade para falar sobre isso, pois não prevaleceram
em seus relacionamentos conjugais. Eu conheço um que já está no terceiro
casamento. Mas continua na mesma igreja. Outros não se separam, mas apoiam os
que estão agindo assim.
Meus
irmãos, quando ligamos a TV e olhamos certos líderes midiáticos ficamos
escandalizados com tanta adulteração também da Palavra. São pessoas que não permanecem
firmes na aliança com o Senhor. Eles, com a cara mais deslavada, deturpam o que
o Senhor falou para se beneficiarem. Vivem de seus adultérios e acham que estão
certos em seus atos.
Estamos
vivendo um evangelho sincrético onde o que prevalece é o sal grosso, o galho de
arruda, é a venda de objetos consagrados... São cenas das mais grotescas. Coisas
que ocorrem em algumas igrejas tem uma enorme semelhança com os cultos afros.
Isso
sem contar a imoralidade de muitos que sobem nos altares de muitas igrejas para
cantar, pregar, testemunhar. Gente que vive na imoralidade fora da igreja. Escândalo
atrás de escândalo. Algum tempo atrás um pastor abandonou a esposa e fugiu com
madrasta. Não demorou muito tempo e ele já estava com uma igreja montada e havia
mais de mil membros. Onde iremos parar?
6º
- Assim como em Israel a igreja tem abandonado o conhecimento de Deus (Os 4.1;6
). O conhecimento
experimental de Deus, em um andar diário e espiritual com o Senhor, tinha cedido
lugar ao aprendizado dos caminhos dos deuses como Baal. O conhecimento vinha da
Lei, pois era ali que o Senhor revelava a Sua vontade [10]. No entanto a população
havia deixado essa observância e seguia outros deuses e seus ensinamentos.
O
pecado fundamental era a ignorância; não havia conhecimento de Deus na terra. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe
falta o conhecimento” (Os 4.6). Isso significa muito mais que informação
sobre Deus; refere-se ao conhecimento pessoal do Senhor. A palavra hebraica
descreve a relação íntima do marido com a mulher (Gn 4.1; 19.8). Conhecer a
Deus é ter um relacionamento pessoal com Ele pela fé em Jesus Cristo (Jo 17.3)
[11].
Conhecer
é mais do que conhecer algo sobre Ele, ou até mesmo ter alguma experiência espiritual.
Conhecer envolve relacionamento. Intimidade. Proximidade. É mais do que ouvir
falar. Porque que tantos filhos de crentes se desviam quando vão para a
faculdade? É porque muitos conhecem o Deus de seus pais, mas não tiveram uma experiência
pessoal com Ele. Conhecem de ouvir, mas não de se relacionar. Vivem das experiências
dos pais, mas não tiveram as suas próprias experiências com o Senhor.
Outra
coisa, uma boa teologia nos leva a conhecer melhor ao nosso Deus. Uma teologia firmada
em experiências sobrenaturais nem sempre nos levará a um conhecimento profundo
do Senhor. Jesus falando com os saduceus lhes disse que eles erravam por
desconhecerem as Escrituras e o poder de Deus (Mt 22.29).
Há
hoje em dia um grande analfabetismo bíblico em nossas igrejas, e o pior, atrás dos
púlpitos. Líderes que não estudam a Bíblia. Alguns até fizeram algum seminário,
mas a maioria nem perto passaram e se passaram, não concluíram os estudos. Gente
preguiçosa. E ainda dizem que a letra mata. Mata realmente. Mata o conhecimento
sério do que se está sendo falado. Crentes que vivem de revelação sem parâmetro
teológico. Gente que vive de emocionalismo piegas. Gente que quer sentir, mas
não quer conhecer.
O
resultado está espalhado por aí. Igrejas cheias atraídas pelo show gospel, pelo
pop star, mas com a mente vazia do conhecimento de Deus.
7º
- Assim como em Israel a igreja tem deixado uma marca desastrosa na sociedade
(Os 4.3). Não há
sociedade humana que possa prevalecer onde estão ausentes a verdade, o amor e o
conhecimento de Deus. Esses são os fundamentos da piedade e da moralidade. Esses
são os alicerces da família, da igreja e da sociedade [12].
A
força do pecado é destruidora. As pessoas não se dão conta disso. Até o ecossistema
sofre diante do pecado (Rm 8.22). Observe quantas calamidades ocorreram no
passado devido ao pecado do povo (2Cr 7.13,14). Isso era e é até hoje as consequências
do pecado; Deus não mudou. A nossa realidade não é diferente. Estamos destruindo
a casa onde moramos. E as consequências estão sendo desastrosas.
A
igreja que deveria ser a guardiã da sã doutrina a está abandonando. Esta deveria
vivê-la testemunhando diante da sociedade, no entanto, está tão manchada que
mal se consegue distinguir o que é uma igreja e o que é uma boate. O que é uma
igreja ou que é um botequim. Se é uma igreja ou um culto afro. Isso sem contar
a sensualidade com que se veste muitas moças.
A
igreja perdeu o parâmetro do que é certo e do que é errado. Do que é
conveniente e do que não é conveniente. A igreja se mundanizou.
A
igreja hoje está igual a história do homem que tinha um comércio. Mas o
movimento estava fraco; então ele teve uma brilhante ideia. Ele passou a
comprar frango por um valor e passou a vendê-lo por um valor inferior. Quando ele
foi questionado a respeito do que estava fazendo e que ele estava levando
prejuízo, ele disse:
-
E o movimento! Vocês viram como aumentou o movimento?
Essa
é a questão. Estão barateando a graça de Deus em prol do movimento.
CONCLUSÃO
Nesses
poucos versículos do capítulo quatro de Oseias tantas coisas nós vemos que nos
mostram as consequências de uma vida longe de Deus; de uma nação que quebrou a
aliança com o Senhor. Mas isso é um retrato para nós hoje também. Devemos, como
igreja, reavaliar a nossa vida para não sermos julgados com o mundo.
Torno
a afirmar, o que tem ocorrido hoje no mundo e porque não dizer, em nosso país,
a culpa é da igreja que está totalmente corrompida com o pecado. Eu sei que
existe um remanescente fiel ainda hoje; e é por causa desse remanescente fiel
que o Senhor ainda não agiu com mais vigor em nossa terra. Eu creio que o
Senhor tem ouvido a oração desse pequeno rebanho que clama a Ele dia e noite.
Meu
irmão e minha irmã, não se deixe levar pelo pecado, mas busque ao Senhor e
tenha sempre as suas vestes sempre alvas e que nunca falte óleo sobre a sua
cabeça (Ec 9.8).
Pense
nisso!
Fonte:
1
– Gardner, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. Ed. Vida, São Paulo, SP, 1999:
p. 500.
2
– Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo,
vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.439.
3
– Mears, Henriqueta. Estudo Panorâmico da Bíblia. Ed. Vida, São Paulo, SP, 15ª
impressão, 2003: p. 251.
4
– Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo,
vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.455.
5
– F. Davidson. O Novo Comentário da Bíblia, volume 2. Edições Vida Nova, São
Paulo, SP, 6ª Reimpressão, 1987: p. 836.
6
– Kidner, Derek. A Mensagem de Oseias. E. ABU, São Paulo, SP, 1988: p.40.
7
– Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo,
SP, 2010: p. 79.
8
– Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo, vol. 4 – Proféticos. Ed.
Geográfica, Santo André, SP, 6ª impressão, 2012: p. 397.
9
– Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo,
SP, 2010: p. 80.
10
– Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo,
vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.455.
11
– Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo, vol. 4 – Proféticos. Ed.
Geográfica, Santo André, SP, 6ª impressão, 2012: p. 397.
12
– Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo,
SP, 2010: p. 78.
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