Por Pr. Silas Figueira
INTRODUÇÃO
Texto base: Atos 4.32-37
O
texto que estamos analisando nos mostra que na Igreja Primitiva não havia
pessoas necessitadas entre eles. Que as pessoas que tinham bens, vendiam e
traziam o dinheiro e depositava aos pés dos apóstolos, e eles o distribuíam de
acordo com a necessidade de cada um.
Ao
olharmos para esse texto sem analisá-lo dentro de seu contexto, a ideia que se
tem é que esta Igreja era uma igreja “comunista”,
como alguns costumam dizer. Mas tal interpretação está totalmente equivocada. E
eu explico por que:
Tendo
em vista que o comunismo é uma estrutura socioeconômica baseada na propriedade
comum e no controle da propriedade de cidadãos em geral por parte de lideranças
ou governos, é impossível que a igreja cristã praticasse um comunismo
primitivo. Pois, apesar da igreja primitiva entregar seus bens e
propriedades para que fossem repartidos por toda comunidade, tudo isso era
feito sem obrigatoriedade, mas por voluntariedade. Esse entendimento fica mais
claro, quando recorremos ao contexto imediato da referida passagem, onde lemos
em Atos 5.4 Pedro dizendo para Ananias que o dinheiro da propriedade que ele
havia vendido poderia ter guardado tudo para ele e sua esposa, ao invés de ter
mentido ao Espírito de Deus, dizendo que estava dando todo dinheiro da venda ao
apóstolo.
Na
verdade, esse texto de Atos 4.32-37 é uma repetição de Atos 2.44,45 que nos
diz:
“Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em
comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua
necessidade” (NVI).
A
Igreja Primitiva estava tão cheia do Espírito Santo que esses cristãos não só estavam
testemunhando em palavras, mas também em serviço. Agiam movidos por um amor
genuíno e espontâneo. Algo que é bem diferente do “comunismo” que alguns tentam identificar aqui.
Primeiro
porque o comunismo proíbe a propriedade privada e a Bíblia não ensina isso. O pressuposto dos 10 mandamentos e da lei Mosaica,
dada pelo próprio Deus, é a propriedade. Veja Êxodo 20.17: “Não cobiçarás a casa do teu próximo...”. Não devemos cobiçar algo que pertence ao próximo. O mandamento
significa que eu posso desejar algo e trabalhar para conquistar de um modo
honesto, mas não o cobiçar, que envolve o pensamento de inveja, e roubar, que envolve
a violência para a posse, ambos os conceitos pregados pelo comunismo. Deus
prometeu muitas bênçãos e o direito à propriedade, quando o povo entrasse na
terra prometida. No Novo Testamento não se condena os patrões, mas sim os maus
tratos e o desamor:
“Senhores, deem aos seus escravos o que é justo e
direito, sabendo que vocês também têm um Senhor nos céus” (Cl 4.1 - NVI).
O
que faz um patrão ser bondoso, gentil e amoroso com seus empregados não é o
Marxismo nem a insanidade do comunismo truculento, mas o Espírito Santo de Deus
que habita no coração do homem nascido de novo, que possui um coração amável e
terno e que sabe que Deus irá cobrá-lo sobre o uso das riquezas muito mais do
que irá fazê-lo com a maioria das pessoas.
Outro
exemplo de que a Bíblia não proíbe as pessoas de possuírem bens nós encontramos em 1Tm 6.9,10,17,18:
“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em
armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a
mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se
atormentaram com muitos sofrimentos. Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem
ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos
provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem,
sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir” (NVI).
O
texto por si só já nos diz que não há nenhum mal em ser rico, mas em confiar
nele como se ele fosse Deus e não agir com generosidade para com os que estão
passando por dificuldades.
Em
segundo lugar porque para o comunismo Deus é o Estado e o Estado é Deus. Para Marx não há religião e nem Deus, há somente o
povo e o partido, este ocupando na vida da cada um o papel que caberia à figura
divina, através do Estado Todo-Poderoso. Assim, o Estado é o cuidador, a
família, o juiz, o provedor, o médico, o defensor, etc. Destruir a religião,
que no ocidente é majoritariamente cristã, é, portanto essencial aos planos da
esquerda.
Por
isso dizer que a Igreja Primitiva era comunista é um grande erro e uma total
falta de conhecimento do que é o comunismo.
Aliás,
as expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados nem sempre muito
precisos. Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria
marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua
vez, seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o
capitalismo, implicando o desaparecimento das classes sociais e do próprio
Estado. “No socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos
bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no
comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu
trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina Meneguello, da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) [1].
Mas
quais as lições que podemos tirar desse texto para nós hoje?
A PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE A COMUNHÃO DE BENS
NÃO É UM FIM EM SI MESMO (At 4.32,34,35).
A
Igreja Primitiva estava ajudando as pessoas de acordo com as necessidades que
cada uma apresentava, mas essa não era a prioridade da Igreja e não o é até
hoje. Não quero dizer com isso que devemos nos esquecer dos necessitados,
principalmente os de dentro de nossas igrejas. Tal prática é condenada na
Bíblia, inclusive ela nos ensina a ajudar os domésticos da fé (Gl 6.10). Aliás,
a ela nos ensina que devemos fazer o bem a todos, mas a prioridade é assistir
os familiares da fé. A nossa maior prioridade é nossa família, pois aquele que
não cuida da sua família é pior que os incrédulos (1Tm 5.8). Depois devemos
cuidar dos domésticos da fé (Gl 6.10), do nosso próximo de forma geral (Gl 6.2)
e até mesmo dos nossos inimigos (Rm 12.20) [2].
Mas
cada coisa no seu devido lugar.
1º
- Porque obra social não é pregação do Evangelho. A prioridade da igreja e pregar o Evangelho, pois a
fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Cristo (Rm 10.17). A igreja que
substitui a pregação por obra social não está cumprindo o Ide de Cristo. O
Senhor ordenou a igreja ir pelo mundo afora pregando e ensinado e não fazendo
obra social (conf. Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46,47).
Justo
Gonzáles diz que a “missão da igreja não é praticar essa comunhão, mas, sim,
praticar o amor. Foi por isso que, mesmo no meio de uma igreja que praticava a
comunhão de bens, Ananias poderia manter sua propriedade sem vendê-la nem dar
nada do que ganhou com a venda para os apóstolos. Essa não era uma comunhão determinada
por lei, antes, é o tipo de comunhão que representa uma expressão do amor do
Espírito e da nova vida que ele nos traz” [3].
T.
A. McMahon diz que prevalece entre muitos líderes religiosos, que professam ser
cristãos evangélicos (ou seja, cristãos crentes na Bíblia), a promoção de um
evangelho mais aceitável, que possa até mesmo ser admirado pelas pessoas do
mundo inteiro. Hoje em dia, a forma mais popular desse tipo de evangelho é conhecida
como “evangelho social”.
Os
que apoiam esse movimento também acreditam que o alívio das condições miseráveis
em que as pessoas vivem pode melhorar a natureza moral dos que sofrem essas
carências [...] mais, os problemas do mundo são apenas sintomas. A causa real é
o pecado [4]. E sem a pregação genuína do Evangelho o homem não terá
consciência do estado em que se encontra diante de Deus, e não será através da
obra social que ele terá esse conhecimento.
Por
isso que independentemente da pessoa viver em um palácio ou em uma palafita, se
não tiver o Senhor Jesus como Senhor de sua vida estará vivendo uma vida de
desgraça, pois a graça de Deus não repousa sobre ele. Ambos estão condenados ao
mesmo inferno.
A
crise do homem não é social, mas o pecado que o domina e o condena. Por isso
que Jesus morreu na cruz do Calvário, para nos perdoar os pecados e nos
reconciliar com o Pai, e não para que tenhamos uma vida social melhor.
2º
- A igreja cheia do Espírito Santo não só prega a Palavra, mas também anda em
comunhão e pratica a generosidade cristã (At 4.32,34,35). A vida cristã é uma balança, tem que haver
equilíbrio. A obra social não é o Evangelho, mas quem prega e vive o Evangelho
acaba fazendo obra social. E isso não é nenhuma contradição, isso é coerência.
Por exemplo, dentro do espiritismo a obra social é uma obrigatoriedade, pois, na sua doutrina, quem tal coisa não faz irá reencarnar numa condição pior
que a atual – essa, além de ser uma visão espiritual, é também uma visão
egoísta. A pessoa não está preocupada com o seu próximo, mas está olhando para
o seu umbigo.
Já
o cristão age assim não para garantir vida eterna, mas porque é movido pelo
Espírito Santo, e é incoerente você pregar o Evangelho e não levar o devido
socorro a quem necessita de ajuda. Veja o que Tiago nos fala em sua carta:
“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé,
se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver
necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá
em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem, porém lhe dar nada, de
que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de
obras, está morta. Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a
sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras” (Tg 2.14-18 – NVI).
Mais
uma vez eu afirmo que o Evangelho é uma balança e a Bíblia nos mostra isso de
forma muito clara. Primeiro a salvação da alma, depois o social.
Por
isso que os crentes cheios do Espírito Santo têm o coração aberto e o bolso
também. O amor não consiste naquilo que falamos, mas no que fazemos. A comunhão
passa pelo compartilhar. A unidade da igreja transformou-se em solidariedade.
Pessoas eram mais importantes que coisas, pois os crentes adoravam a Deus,
amavam as pessoas e usavam as coisas [5].
A SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE O TODO CRISTÃO É UM
MORDOMO DAS COISAS DE DEUS (AT 4.32).
Está
é a grande lição que o texto nos dá: nós não somos donos de nada, tudo pertence
a Deus. Nós somos seus mordomos. Nós só administramos o que Ele coloca em
nossas mãos. Quando o cristão tem essa consciência ele passa a olhar para os bens
que possuí com outros olhos. Ele aprende com isso algumas lições:
1º
- O cristão não é dono de nada ele é só um administrador, ou seja, um mordomo. Mordomo, literalmente falando, é aquele que recebe a
incumbência de administrar um patrimônio. É aquela pessoa a quem é entregue
tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o
senhor confia a direção, ou o comando, daquilo que lhe é mais valioso. No
entanto o mordomo não é o dono, mas terá que prestar contas ao dono – veja a
história de José no Egito (Gn 39.1-9).
2º
- Deus tem todo o direito de pedir ao mordomo que distribua o que ele, como
mordomo, administra. Quem tem
essa consciência está livre da avareza, pois tal cristão reconhece que o Senhor
pode lhe pedir a entrega de tudo e ele, por sua vez, não irá questionar Sua
ordem.
O
dinheiro pode ser uma benção ou uma maldição, dependendo da nossa submissão ou
rejeição aos princípios da Palavra de Deus em relação aos bens materiais que estão sob a nossa guarda temporária.
O dinheiro é o melhor escravo – o mais dócil e versátil, mas o pior senhor – o
mais violento e cruel. O amor ao dinheiro cega a consciência, perverte
princípios éticos mais elevados, gera uma ambição obcecante, tira a
sensibilidade da pessoa para com as necessidades do próximo, deteriora o
convívio do homem com a sua família e com a sociedade, gera conflitos,
separação de casais, orfandade com pais vivos, desequilíbrios emocionais,
traumas psíquicos, desvios de conduta, desajustamento de personalidade, sendo difícil
imaginar que o inferno seria um tormento maior. Talvez seja a doença espiritual
mais difícil de curar. Jesus mesmo afirmou: “Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” (Mc 10.23).
Devemos colocar a nossa confiança em Deus, que pode prover todas as nossas
necessidades, e não deixarmos a avareza ocupar todos os espaços do nosso
coração em lugar da fé.
Veja
por exemplo a parábola da vinha, onde um senhor havia arrendado uma para alguns
lavradores e eles pensavam que eram donos dela (Mt 21.33-39). isso é um exemplo de como muitos cristãos tem praticado a sua mordomia. Pensam que são donos e se esquecem que um dia terão que prestar contas de tudo que o Senhor colocou em suas mãos para administrarem.
A TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE SOMOS DESPENSEIROS
DA PALAVRA DE DEUS ATRAVÉS DA PREGAÇÃO (At 4.33; 1Co 4.1,2).
A
igreja orou pedindo poder e autoridade para pregar (At 4.29-31) e o Senhor lhes
concedeu. Mas não podemos perder a foco de que até na pregação eles eram
despenseiros ou mordomos. Observe que os apóstolos pregavam a respeito da
ressurreição do Senhor Jesus e o Senhor confirmava a Palavra pregada por meio
de sinais e da mordomia cristã aplicada à vida da igreja.
1º
- Os apóstolos estavam sendo fieis a ordem dada pelo Senhor (1Co 4.1,2). O texto de 1 Coríntios 4.1,2 nos mostra exatamente
isso. Observe o texto:
“Assim, pois, importa que os homens nos considerem
como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso,
o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (ARA).
Os
apóstolos estavam sendo fieis como mordomos do Senhor. O apóstolo
Paulo aqui em 1Co 4.1 diz que o obreiro é um despenseiro ou mordomo. A palavra
grega usada por Paulo é oikomonos, de
onde vem a palavra mordomo. O oikomonos
era um administrador, mordomo, dirigente de uma casa, com frequência um escravo
de confiança que era encarregado de todos os negócios do lar. A palavra
enfatiza que a pessoa recebe uma grande responsabilidade, pela qual deve
prestar contas. O que isso sugere?
a)
Não era competência do mordomo prover o alimento para a família; essa era uma
responsabilidade do dono da casa. O ministro do evangelho não tem o alimento,
porque esse já foi providenciado. Esse alimento é a Palavra de Deus. Compete ao
ministro dar a Palavra de Deus ao povo (1Tm 3.16, 17).
b)
Não era função do mordomo buscar nova provisão ou servir alimento que não fosse
provido pelo senhor.
c)
A função do mordomo era servir as mesas com integridade. Cabe ao ministro
transmitir o que recebeu. Ele não cria sua própria teologia ou ideia a fim de
aplicá-la e ensiná-la (1Co 15.3).
d)
O despenseiro precisa ser absolutamente fiel no exercício do seu trabalho. A
função do mordomo não era agradar às demais pessoas da casa, nem muito menos
aos outros servos, mas ao seu senhor [6].
Os
apóstolos entraram em crise direta com o Sinédrio e com outras autoridades
judaicas, pois eles desobedeceram a ordem de não pregar a respeito de Jesus e
da Sua ressurreição. Eles fizeram isso por serem fieis a ordem dada por Jesus a quem eles iriam prestar contas um dia.
É uma lástima saber que muitos líderes de hoje não têm essa consciência também.
É uma lástima saber que muitos líderes de hoje não têm essa consciência também.
2º
- O Senhor estava confirmando a palavra pregada manifestando a Sua graça. Uma coisa que nós ministros do evangelho devemos
pedir ao Senhor é que ele confirme a Palavra por nós pregada, através de vidas
transformadas, pessoas sendo salvas e a Sua graça abundante sendo derramada
sobre a Sua igreja.
Esta,
pelo menos, tem sido a minha oração diariamente.
A QUARTA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE O EVANGELHO TEM QUE
SER VIVIDO NA PRÁTICA (At 4.36,37).
A
Bíblia descreve Barnabé como um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé (At
11.24). Aqui ele nos é apresentado abrindo mão de uma propriedade para assistir
aos necessitados da igreja. Ele nos é um exemplo a ser seguido e não invejado
como fizeram Ananias e Safira (At 5.1,2), que por causa disso morreram. Barnabé
exerceu um ministério extremante importante na igreja, sendo mencionado pelo
menos 29 vezes no livro de Atos e outra cinco vezes nas epístolas [7].
1º
- Barnabé praticava a liberalidade.
Uma coisa é a pessoa ser fiel outra é ser fiel e liberal esse era o caso de Barnabé.
Os
levitas não podiam possuir terras, de modo que é difícil entender como Barnabé
adquiriu a propriedade e vendeu. Talvez essa lei específica (Nm 18.20; Dt 10.9)
se aplicasse somente à Palestina e sua propriedade estivesse em Chipre [8]. Mas
de uma coisa nós sabemos, este homem era uma pessoa que cria em Deus e
acreditava que o que os apóstolos estavam fazendo procedia do Senhor.
Observe
que ele depositou aos pés dos apóstolos todo o dinheiro da venda do campo. Só faz
uma coisa dessas quando se crê na obra que se está realizando em nome do
Senhor. É bem sabido que hoje há muitos pilantras que tem arrecadado fortunas
em nome da obra de Deus para benefício próprio, mas não era o caso dos
apóstolos e de muitos ministérios que temos visto por aí. Se existe o falso é
porque existe o verdadeiro, isso é um fato.
2º
- Barnabé era um homem que investia nas pessoas. Um dos grandes ministérios que vemos em Barnabé é
que ele sempre depositava um voto de confiança em quem acreditava e que outros
desacreditavam.
●
Quando Saulo de Tarso se converteu, foi ele quem o apresentou aos apóstolos em
Jerusalém (At 9.26-29). Enquanto todos estavam com medo de Saulo, Barnabé
acreditou em sua conversão e lhe estendeu a mão.
●
Quando a igreja de Antioquia precisou de um pastor foi Barnabé que foi enviado
para lá (At 11.19-22). Esta era uma igreja gentílica.
●
Ele se alegrava com as bênçãos do Senhor sobre a vida das outras pessoas (At
11.23,24). Como é difícil encontramos pessoas que se alegram com os se alegram,
é mais fácil encontrar pessoas para chorarem com você do que se alegrarem com
as bênçãos que você recebe.
●
Barnabé reconheceu que precisava de ajuda. Ele era uma pessoa humilde e
reconhecia as suas limitações. Por isso ele foi a Tarso buscar Paulo para
ajudá-lo (At 11.25,26).
●
Barnabé investiu na vida de João Marcos quando este, por ter tido um problema
com Paulo se separaram. Barnabé ficou com João Marcos e investiu nele (At
15.36-39). Veja o resultado deste investimento: Marcos tornou-se útil, o
próprio Paulo reconheceu isso posteriormente (2Tm 4.11). Através deve
investimento de Barnabé, hoje nós temos o Evangelho segundo Marcos.
Se
existe um ministério que temos urgência de termos em nossas igrejas é o
ministério de Barnabé, ministério esse que não descarta as pessoas, mas investe
nelas e as fazem úteis para a boa obra do Evangelho.
Barnabé era um excelente mordomo de Cristo. Ele investia os bens que o Senhor lhe confiara e investia nas pessoas que pertenciam ao Senhor também.
Você tem agido assim meu irmão?
Barnabé era um excelente mordomo de Cristo. Ele investia os bens que o Senhor lhe confiara e investia nas pessoas que pertenciam ao Senhor também.
Você tem agido assim meu irmão?
CONCLUSÃO
Se
há algo que podemos descartar de imediato nesse texto que estudamos é que a
Igreja Primitiva era uma igreja “comunista” como alegam alguns. Era sim, uma
igreja cheia do Espírito Santo, e, por isso, investia os seus bens para
socorrer os mais necessitados dentro da igreja. Aprendemos também que obra
social não é o evangelho, mas é uma forma de mostrar o verdadeiro evangelho.
A
prioridade da Igreja é pregar o Evangelho levando as pessoas a conhecer a
Cristo, as outras coisas são consequências dessa mensagem transformadora. Por isso
não inverta essa mensagem como alguns hoje tem feito. A crise do homem não é a
crise da falta de moradia, alimentação ou educação... Mas a crise do homem é a
falta do perdão dos seus pecados, é a falta de se reconciliar com o Seu
Criador.
O
perdão dos pecados independe da pessoa ser rica ou ser pobre. A mensagem do
Evangelho tem ser pregada a todas as pessoas, pois onde o Evangelho entra
sempre há prosperidade. Não estou falando de riqueza. E prosperidade é mais que
bens materiais, mas a presença do Senhor conosco durante todos os dias de nossa
vida. É a certeza da salvação e saber que o nosso nome consta no Livro da Vida.
Pense
nisso!
Fonte:
1
– Redação Mundo Estranho. Qual a diferença entre comunismo e socialismo?
Existiu algum país realmente comunista? http://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/,
acessado em 23/09/2016.
2
– Lopes, Hernandes Dias. Gálatas, a carta da liberdade cristã. Editora Hagnos,
São Paulo, SP, 2011: p. 269.
3
– Gonzáles, Justo L. Atos, O Evangelho do Espírito Santo. Editora Hagnos, São
Paulo, SP, 2014: p. 101.
4
– McMahon, T. A. O Vergonhoso Evangelho Social. http://www.chamada.com.br/mensagens/evangelho_social.html,
acessado em 23/09/2016.
5
– Lopes, Hernandes Dias. Atos, a ação do Espírito Santo na vida da igreja.
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2012: p. 112.
6
– Lopes, Hernandes Dias. 1 Corintios,Como resolver conflitos na igreja. Editora
Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 71;74.
7
– Wiersbe, Warren W. Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Editora
Geográfica, Santo André, SP, 2012: p. 545.
8
– Wiersbe, Warren W. Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Editora
Geográfica, Santo André, SP, 2012: p. 545.
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