Por N. Vincent (1639 -1697)
O convertido vê Deus como seu objetivo maior. Portanto deseja que Deus possa ser glorificado, e possa ser desfrutado pelo seu retorno a Ele. O convertido é conscientizado de que enquanto incrédulo ele viveu para a desonra de Quem lhe deu vida, e em cuja mão está o seu fôlego de vida. Agora, entretanto, ele deseja ardentemente andar de maneira digna do Senhor, sendo Lhe em tudo agradável, sendo frutífero em todos os trabalhos que são para o Seu louvor. Antes ele só pensava em si mesmo, em suas próprias coisas. Não tinha alvos elevados além de satisfazer as inclinações mundanas da carne com o que sua mente carnal e corrupta julgava conveniente. Ele não se preocupava com o quanto o Senhor estava magoado e entristecido.
No entanto, agora ele tem outra mente. Ele sustenta os mesmos desígnios dos anjos, os mesmos propósitos que Cristo teve, a saber, honrar e agradar ao Deus da glória. E não somente cumpre seu propósito em suas ações espirituais, mas também em suas ações naturais, civis e recreativas, as quais, estando ele renovado, se tornam espiritualizadas.
Ele leva a sério o que o apóstolo diz em I Cor. 10:31: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. " E agora ele vive como nova criatura, como um filho. Antes não vivia nem como um nem como outro, pois vivia somente para si.
Por assim glorificar a Deus, o convertido toma o rumo certo para alegrá-lO. Ele vê Deus como a melhor porção, e portanto se lança sobre Ele. Agora esta é sua linguagem: "Deixem os homens mundanos participarem das coisas do mundo que lhes agradam. Deixem que corram atrás do vento. Deixem que se envergonhem e se aborreçam com aquilo que, uma vez alcançado, resultará somente em mais aborrecimentos. Minha alma busca a Deus. Somente Ele merece minha busca. Somente Ele, quando encontrado, pode preencher-me totalmente."
O convertido não se satisfará com apenas um pouco de Deus. Riquezas não poderão fazê-lo. Reputação, prazeres sensuais tampouco poderão fazê-lo. Nem mesmo as ordenanças por si mesmas, pois são iguais a corações vazios e cisternas rachadas, a menos que venham acompanhadas do prazer da comunhão com Deus. O convertido ora para Deus, ele ouve a Deus, ele jejua para Deus, ele participa da Ceia do Senhor para Deus.
Para ele a terra é como um inferno se Deus estiver ausente, e avalia que o céu não seria o céu se Deus não estivesse sempre presente. Assim, tenho mostrado até aqui em que consiste a conversão, ou seja, consiste em voltar-se das trevas para a luz, e do poder de satanás para o poder de Deus.
Fonte: Josemar Bessa
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