texto base Jonas 1.1-17
INTRODUÇÃO
Antes de ser recebido de volta ao
céu, o Senhor Jesus deu algumas ordens aos seus discípulos: A primeira ordem foi
que eles permanecessem na cidade de Jerusalém até que do alto fossem revestidos
de poder (Lc 24.49). A segunda foi que
eles seriam suas testemunhas começando por Jerusalém até aos confins da terra
assim que recebessem o poder do Espírito Santo (At 1.8).
Em Mateus 28.18-20 nos diz também:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.
Assim como a Igreja recebeu essa
ordem do Senhor de serem suas testemunhas, Jonas, filho de Amitai, também
recebeu. Não que ele fosse até aos confins da terra, mas que fosse a Nínive,
capital da Assíria. Assim como Jonas foi negligente a ordem de Deus, a igreja
nesses últimos tempos tem sido negligente a ordem do Senhor Jesus de
evangelizar o mundo.
Com temor e tremor eu quero
meditar nesse ocorrido na vida de Jonas com você.
As tragédias dentro de nossas
casas, ao nosso redor e na sociedade é porque a igreja está fugindo do real
compromisso que é pregar o Evangelho libertador. Tem-se pregado tudo, menos o
Evangelho de Jesus Cristo. Tem-se pregado curas e prosperidade, tem-se feito
shows gospel em vários lugares e igrejas. Muitas igrejas têm levado seus jovens
a pularem de alegria, mas não estão fazendo com que esses mesmos jovens se
prostrem na presença do Senhor. Há muita gargalhada, mas não lágrimas de
arrependimento. Muitas pessoas de identificam com o pregador que tem uma
mensagem light, leve e solta, mas, essas mesmas pessoas não suportam ouvir a
mensagem que liberta. A igreja está sendo complacente como pecado e não se
esforçam para tirar o pecador da lama em que se encontra.
O Senhor Jesus quando esteve com aquela
mulher adúltera não a condenou para morrer apedrejada, mas lhe disse para
abandonar o pecado: “Erguendo-se Jesus e
não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão
aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor!
Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo
8.10,11). Hoje muitas igrejas também
não condenam o pecador, mas também não o mandam abandonar o pecado. O
importante, para muitas igrejas hoje, é fazer com que seus templos estejam
abarrotados de pessoas, ainda que Jesus não esteja nele. Alias alguém já disse
que se Jesus sair de determinadas igrejas ninguém notará a Sua falta.
Eu não quero isso para minha vida
e muito menos para a igreja que pastoreio. Eu quero com urgência a presença do
Senhor comigo, sobre a minha e sua família e sobre a nossa igreja.
Por isso eu quero pensar com você
sobre a vida de Jonas, pois, assim como ele fugiu de Deus e da responsabilidade
de pregar aos ninivitas, nós hoje temos visto ocorrer a mesma coisa em muitas
igrejas. E porque não dizer, em nós mesmos. Por isso a tragédia está nos
batendo à porta todos os dias e muitos não se dando conta de que a culpa é da
igreja que deixou de ser boca de Deus aos homens para se boca dos homens a
Deus.
EXEMPLO
A filha de Billy Graham foi
entrevistada no Early Show e a apresentadora Jane Clayson perguntaram-lhe:
- Como é que Deus permitiu que
acontecesse algo tão horroroso no dia 11 de Setembro?
- Anne Graham deu uma resposta
extremamente profunda e sábia:
“Eu creio que Deus ficou tão
profundamente triste com o que aconteceu, como nós”.
Desde há muito que vemos dizendo
a Deus para não interferir nas nossas escolhas, para sair do nosso governo e
das nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é eu creio que Ele calmamente
nos deixou.
Como poderemos esperar que Deus
nos dê a Sua benção e a Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva
mais conosco?
À vista dos acontecimentos
recentes (ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc.), eu creio que
tudo começou desde que Madeline Murray O’Hare (que foi assassinada e cujo corpo
foi recentemente encontrado), se queixou de que era impróprio fazer-se oração
nas escolas americanas como tradicionalmente se fazia, e nós concordamos com a
sua opinião. Depois disso, alguém disse que também seria melhor não ler mais a
Bíblia nas escolas… A Bíblia, que nos ensina que não devemos matar nem roubar,
e que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Nós concordamos.
É triste como cremos em tudo o
que os jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia nos diz. É triste
como todo o mundo quer ir para o céu, desde que não precise acreditar nem
pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina.
Deus tenha misericórdia de nós!
O mesmo está acontecendo hoje em
muitas igrejas. As pessoas querem as bênçãos de Deus, mas não querem
compromisso com o abençoador. Querem receber a Sua graça, mas não querem ter a
imensa graça de tê-Lo em suas vidas de forma plena.
Muitos estão vivendo um evangelho
meia boca. Um evangelho sem compromisso. Um evangelho sem cruz. Mas quando a
tragédia lhes bate a porta perguntam onde estava Deus que permitiu que isso
lhes acontecesse. Mas mesmo com tantas tragédias acontecendo ao nosso redor a
igreja continua dormindo o sono do descaso, o sono da falta de compromisso com
Deus, o sono da negligência.
Sabe por que isso tem ocorrido? Porque
muitos colocam como prioridade em suas vidas as festas e não a Casa do Senhor.
Fazem de tudo para estarem com os ímpios, não para evangeliza-los, mas para se
divertirem com eles. Divertem-se com eles, mas não choram aos pés do Senhor em
favor de suas almas perdidas. Muitos só correm para os cultos de oração quando
as coisas estão difíceis, mas esses mesmos não correm para esses mesmos cultos
para interceder pelas almas dos perdidos, nem para com os de suas próprias
casas.
Existe hoje um descompromisso com
a evangelização. E é bom lembrar que a Evangelização começa com o nosso
testemunho diário. Assim como Jonas fugiu de Deus para não ir para Nínive,
muitas pessoas estão fugindo de Deus para não cumprir a Sua Palavra e evangelizar
o mundo.
A igreja que não evangeliza
precisa ser evangelizada, como já disse o Rev. Hernandes Dias Lopes. A igreja
que foge da responsabilidade de evangelizar se torna tragédia para o mundo. E o
pior, não se dá conta de que ela é a responsável por isso. O navio (sociedade)
está indo a pique e ela continua dormindo o sono do descaso. O sono da
indiferença.
Por isso eu quero pensar com você
sobre o perigo que podemos causar quando a igreja foge de Deus e de responder
positivamente a Sua ordem.
1 – QUANDO A IGREJA FOGE DE DEUS, ESTÁ NEGLIGENCIANDO A SUA ORDEM - Jn 1.1-3.
Jonas era profeta do Reino Norte,
ou seja, Israel. Ele era filho de Amitai. Ele morava na cidade Gate-Hefer, na
tribo de Zebulom, no norte de Israel, a sete quilômetros de Nazaré (2Rs 14.25).
Jonas era Galileu e contemporâneo de Amós e Oséias. Seu nome significa pomba,
mas parecia mais uma avestruz com a cabeça enterrada no travesseiro. Ele foi
profeta no ano de 750 a.C.
Jonas amava Israel, mas odiava os
assírios, cuja capital era Nínive. E ele não queria a sua salvação. Jonas era
um nacionalista extremado, mesquinho, vingativo e não queria entender porque
Deus desejava que ele pregasse a um povo que queria destruir Israel.
No entanto, a palavra veio a
Jonas e não a outro profeta. A palavra veio a mim e você e não a outra pessoa. A
palavra veio à igreja e não ao mundo e nem aos anjos.
Não nos compete questionar com
Deus a sua convocação, mas obedecê-la. Mas assim como Jonas fugiu para não
obedecer a Deus, muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa hoje; mas saiba de
uma coisa: o profeta não escolhe o que
pregar, onde pregar e a quem pregar, ele obedece ao Senhor. Veja por
exemplo a história de Moisés que não queria pregar a faraó dando a desculpa que
era pesado de língua (Êx 4.10), ou a história de Jeremias que deu a desculpa de
que não passava de uma criança (Jr 1.6). Não devemos fazer como esses homens
dando desculpas diante de Deus, mas devemos ser como Filipe que obedeceu a voz
do Espírito Santo e saiu de um pleno avivamento em Samaria e foi para o deserto
obedecendo ao Senhor (At 8.26).
2 – QUANDO A IGREJA FOGE DE DEUS, ELA DESCE AO MAIS BAIXO NÍVEL
ESPIRITUAL – Jn 1.1-3.
Jonas desce a Jope, cidade
costeira. Depois desce ao porão do navio e por fim para dentro do grande peixe.
Jope é representa o lugar de fuga. Tanto que lá encontra uma
passagem para Társis. Que na época levava cerca de um ano de viagem até chegar
lá. Entre pregar a Palavra aos ninivitas e fugir para o fim do mundo, Jonas fez
a segunda opção.
O navio significa o lugar de independência de Deus. O porão do
navio era o lugar de descanso de Deus não e não em Deus. Este era o lugar onde
Deus não estava, ou pelo menos Jonas pensava que não estivesse. Era o lugar onde
Jonas poderia dormir o sono do descaso, o sono da fuga, o sono da indiferença.
O ventre do grande peixe é o lugar de morte Jn 2.1-6. Este é o
lugar do desespero e da real condição da alma humana e, principalmente, de quem
está fugindo de Deus.
O que está acontecendo com a igreja hoje
A igreja atual está crescendo
assustadoramente, mas não está havendo mudança na sociedade. Estão havendo
muita adesão as igrejas, mas quase nenhuma conversão. A igreja tem sido lugar
de entretenimento, mas não lugar de adoração a Deus. As pessoas vêm à igreja
para se sentirem bem, mas não para ouvirem a verdade que liberta e que trás
verdadeiramente mudança para a vida.
A vida do profeta Jonas é um
reflexo da atual igreja. Ouvem Deus, mas não lhe obedecem. Ouvem Deus, mas
fogem de sua presença. Ouvem Deus, mas estão dormindo o sono do descaso e da
indiferença.
Assim como Jonas, a igreja tem
desafiado Deus em não lhe obedecer a Palavra. Por isso o nível espiritual da
igreja atual está abaixo de zero. Aquilo que alguns anos era anormal para a
vida co cristão hoje as pessoas dizem que não tem nada a ver.
Ouvi recentemente um pastor que
estava em um debate em uma rádio evangélica participando de um debate. Ele contou
que foi convidado para pregar na inauguração do novo templo de uma determinada
igreja. Como ele havia chegado cedo, o pastor foi lhe mostrar as dependências do
novo templo. Realmente a igreja estava muito bonita. Mas esse pastor convidado
observou que havia vários quartos na igreja, parecendo um pequeno hotel. Então
ele perguntou ao seu anfitrião para que eram aqueles quartos. Se era para
hospedar missionário e pastores... O pastor então lhe disse que aqueles quartos
eram para que os jovens da igreja no final do culto não fossem para os motéis
do bairro, mas ficassem por ali mesmo, pois o bairro era muito perigoso. O pastor
convidado na mesma hora pegou a sua mala e foi embora.
Isso não me contaram, eu ouvi e
muito me entristeci. A que nível muitas igrejas tem chegado. Isso sem falar em
MMA gospel, capoeira gospel, festa heaven gospel, recentemente vi um cartaz do
Cristo Folia – quatro dias de festa no período de carnaval, tudo isso dentro da
“igreja”. Arroja gospel... Por falta de espaço e tempo é melhor parar por aqui.
3 – QUANDO A IGREJA FOGE DE DEUS, ELA SE TORNA TRAGÉDIA PARA A
SOCIEDADE – Jn 1.4-6.
O navio estava indo a pique por
causa da forte tempestade que o Senhor enviara. Deus não enviou a tempestade
para destruir o navio e muito menos a Jonas, mas para fazê-lo retornar ao
caminho certo. As tempestades de Deus são pedagógicas, elas nos tomam pela mão
e nos colocam no caminho de volta para Deus.
Observe que Deus não está mais
falando com Jonas por meio de Sua Palavra, mas através de Suas obras: o mar
revolto, o forte vento, a chuva o trovão, e até o grande peixe. Isso sem falar
do sol, do vento, da planta e do verme. Tudo na natureza obedeceu a Deus,
exceto seu servo. Até por meio dos marinheiros pagãos Deus falou com o profeta
fujão.
Aqueles que são chamados para
serem uma bênção quando andam pela estrada da desobediência se tornam maldição.
Um servo de Deus na rota de fuga é um causador de tempestades. Um crente
desobediente é extremamente perigoso; é pior que um ateu.
a – Quando estamos em rota de fuga de Deus tudo fala de Deus ao nosso
redor (v 5, 6).
Observe que os marinheiros pagãos
tornaram-se mais sensíveis aos sinais dos tempos do que Jonas. Os marinheiros
pagãos têm discernimento que aquela tempestade no Mar Mediterrâneo não era um
fenômeno natural. Eles percebem que havia uma causa espiritual por trás daquela
borrasca. A sensibilidade dos pagãos é surpreendente!
E o causador era Jonas. Será que
a igreja não percebe que grande parte das calamidades que andam ocorrendo na
sociedade a culpa é dela, que está somente preocupada com eventos e mais
eventos e não em pregar o evangelho libertador aos perdidos?
b – O mundo está pedindo socorro, mas a igreja dorme o sono do descaso
e da insensibilidade assim como Jonas dormia (v 6).
Invoca o teu Deus é o pedido do
mundo a nós. Mas, assim como Jonas, a igreja está de boca fechada. Jonas estava
com a consciência amordaçada assim como a sua voz.
Diante da calamidade Jonas dormiu
tranquilamente o sono mais pesado. Dormiu sem peso na consciência. Dormiu sem
se dar conta do que estava acontecendo. Mesmo com toda agitação do navio e dos
marinheiros, ele não acordou. Foi necessário chamá-lo para fazer uma oração. E
mesmo assim ele não fez. Jonas não orava.
É interessante observar que a
expressão: “Levanta-te, invoca o teu
deus...” v 6, é a mesma expressão usada por Deus: “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive” (v 2). Deus usou o ímpio
para despertá-lo e lembrá-lo do seu compromisso como profeta comissionado. E é
exatamente isso que o mundo está fazendo com a igreja hoje. O mundo espera,
ainda que de forma inconsciente, que a igreja se levante como voz profética
para trazer esperança aos corações aflitos.
A igreja precisa ser a voz de
Jesus dizendo a todas as pessoas: “Vinde
a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o
meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).
Aqueles marinheiros estavam
desesperados vendo a morte de frente, mas Jonas estava calado; e o pior, foi o
causador de todo aquele caos que recaiu sobre eles.
4 – QUANDO A IGREJA FOGE DE DEUS, ELA É CONFRONDADA PELO MUNDO PAGÃO (V
7-10).
Lançaram sorte e o azar foi de
Jonas. Lançaram sorte e descobriram que Jonas era o “pé frio” do navio.
a – Quando a igreja abre a boca para dizer quem é Deus o temor se
apossa do mundo.
Jonas quando disse que temia o
Senhor do céu, que fez o mar e a terra, ou seja, o criador de todas as coisas
os marinheiros temeram. E ao mesmo tempo questionaram como pode uma pessoa
dizer que teme um Deus assim e foge de Sua presença?
Elias se esconde na caverna e o
Senhor lhe pergunta: que fazes aqui Elias? Não dá para fugir de Deus. Não dá
para se esconder dEle. Como nos diz o Salmo 139.7-12: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua
face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo,
lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos
mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu
digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará
noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a
mesma coisa”.
b - Uma crente em fuga de Deus é uma pessoa incoerente com a fé que professa
(v 10).
Observe que os pagãos se mostram
mais zelosos em servir aos seus deuses do que o profeta em obedecer a Deus.
Eles oram e clamam aos seus deuses, mas Jonas não dirige sequer uma oração a
Deus enquanto estava na presença dos marinheiros. Aliás, só vemos Jonas orando
dentro do ventre do grande peixe, fora disso ele não ora. É interessante
observar que Jonas não ora, mas quando acorda desperta em uma reunião de
oração.
5 – QUANDO A IGREJA FOGE DE DEUS, MAS ASSUME ISSO DIANTE DO MUNDO PAGÃO
GERA TEMOR TREMOR NAS PESSOAS (V 11-17).
O mundo se pergunta o que fazer
quando a mensagem da verdade é pregada. Tanto que perguntam: que faremos? Essa
mesma pergunta foi feita após o grande discurso de Pedro no dia de Pentecostes:
“Ouvindo eles estas coisas,
compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que
faremos, irmãos?” (At 2.37).
Essa é a pergunta chave que o
mundo nos faz. Mas qual tem sido a resposta da igreja a essa pergunta? Muitos
dizem que se deve fazer corrente de sete semanas; outros dizem que se deve
ofertar com liberalidade para se alcançar a vitória; outros já dizem que se
deve tomar posse da bênção e não duvidar para não perdê-la.
Mas o que o mundo precisa ouvir é
o que o apóstolo Paulo falou ao carcereiro de filipos: “O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere,
puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas
Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!
Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo,
prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse:
Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor
Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos
os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os
vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus” (At
16.28-33).
Jonas assume a culpa e os marinheiros
veem que o Deus de Jonas é o único Deus verdadeiro (V 14-16). Quando a igreja
se posiciona de forma coerente com a fé que professa há salvação e vidas são
transformadas.
Um avivamento no navio
Em meio ao caos houve um grande
avivamento no navio. Naquele lugar de tormenta, foi onde o Senhor, através da
verdade nos lábios de Jonas, trouxe vida e esperança a dezenas de pagãos.
Aquele navio a mercê das ondas, foi incendiado pelo fogo do Espírito Santo. Bem
disse Jesus: “e conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará” Jo 8.32.
Vemos com isso que a igreja não precisa inventar nada, basta pregar a
verdade.
O Senhor começou o avivamento não
por Nínive, mas nos pagãos dentro daquele navio onde Jonas foi se esconder e
fugir da presença de Deus.
Quando embelezamos esse evangelho
para fazê-lo atraente a homens carnais, destruímos o seu poder de libertá-los,
e nós mesmos começamos a nos desviar do caminho da vida. Por esta razão, Paulo
nada pregou além de Cristo, e este crucificado. Saiba que, se os homens viessem
por qualquer mensagem, suas conversões seriam falsas. E o que levou aquelas
pessoas ao despertamento espiritual dentro daquele navio? O desespero! Ao verem
que seus deuses nada podiam fazer e descobriram que por causa de um homem que
servia ao único Deus verdadeiro tudo aquilo estava acontecendo, imediatamente
aqueles homens se curvaram ante a verdade, se converteram ao Senhor Jn 1.14-16:
“Então, clamaram ao SENHOR e disseram:
Ah! SENHOR! Rogamos-te que não pereçamos por causa da vida deste homem, e não
faças cair sobre nós este sangue, quanto a nós, inocente; porque tu, SENHOR,
fizeste como te aprouve. E levantaram a Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o
mar da sua fúria. Temeram, pois, estes homens em extremo ao SENHOR; e
ofereceram sacrifícios ao SENHOR e fizeram votos”.
Jonas era um homem contraditório.
Ele tem doutrina boa, mas vida errada. Ele tem conhecimento, mas não tem amor.
Ele tem temor, mas não tem reverência. Seus interesses estão acima da vontade
de Deus. Sua fé é antropocêntrica, focada no homem e não em Deus, mas mesmo
assim Deus o usou para salvar dezenas de pessoas. Graça, só pela graça de Jesus
que realmente somos salvos.
Jonas está disposto a morrer, mas não revê suas atitudes (Jn 1.12).
Jonas não aceita a misericórdia
de Deus, por isso abortou a sua missão; e está disposto a fazer isso novamente
para não ter que ir a Nínive e ver a sua população sendo salva. Mas em todo
tempo Deus está corrigindo o seu servo. Enquanto ele quer morrer, os marinheiros
fazem de tudo para salvar-lhe a vida (v 13). Os pagãos se preocuparam mais com
Jonas do que Jonas com 120 ninivitas que não sabiam discernir a mão direita da
esquerda (Jn 4.11). Isso é uma grande lição para nós.
CONCLUSÃO
Qual tem sido o nosso
posicionamento diante do mundo perdido? Será que estamos preocupados com as
almas que estão caminhando a passos largos para o inferno ou estamos
preocupados somente com o nosso umbigo? Com as nossas revanches pessoais?
Será que esse mesmo espírito
antropocêntrico que estava sobre Jonas não tem tomado também as nossas mentes e
corações?
Que possamos fazer a vontade do
Senhor com dedicação e empenho reconhecendo que o mundo precisa com urgência
dessa palavra que salva e liberta. Que não venhamos ser pedra de tropeço para
ninguém e principalmente, maldição na nação.
Pense nisso!
Mensagem pregada no dia 12/01/14
Obrigado Jesus.
ResponderExcluirObrigado por ouvir, em dias tão conturbados, o clarim da Palavra.
Que Deus te abençoe pastor Figueira.
Eu e minha casa estaremos orando pelo senhor e seu ministério.
Graça e paz meu amado (a).
ExcluirPreguei esta mensagem ontem a noite, e confesso que só a preguei por saber que se eu não o fizesse estaria agindo igual a Jonas.
Agradeço as orações!
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira