Por Pr. Silas Figueira
Quantos na metade da caminhada cristã pensam em abandonar tudo, ou até mesmo fogem por não verem os resultados no que estão realizando ou por pensarem no fracasso que podem vir a obter. Outros por sua vez estão fazendo a obra do Senhor dizendo que estão sendo perseverantes, mas precisamos ter discernimento para ver se estamos fazendo a obra do Senhor por perseverança ou por teimosia. A perseverança gera resultados favoráveis no final, a teimosia não. A teimosia gera cansaço, desânimo, falta de motivação, tristeza e nada acontece. Já a perseverança nos trás alegria, mesmo que, a princípio, não vejamos o resultado.
Isso lembra o fato que ocorreu em 2Rs 6.1-7 que diz:
“Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que
habitamos contigo é estreito demais para nós. Vamos, pois, até o Jordão,
tomemos de lá, cada um de nós uma viga, e construamos um lugar em que
habitemos. Respondeu ele: Ide. Disse um: Serve-te de ires com os teus servos.
Ele respondeu: Eu irei. E foi com eles. Chegando ao Jordão, cortaram madeira.
Sucedeu que, enquanto um deles derribava um tronco, o machado caiu na água; ele
gritou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado. Perguntou o homem de
Deus: Onde caiu? Mostrou-lhe o lugar. Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o
ali, e fez flutuar o ferro, e disse: Levanta-o. Estendeu ele a mão e o tomou”.
O texto diz que a casa em que Eliseu e os
discípulos dos profetas habitavam estava pequena. Devido a isso, eles resolvem
ampliar o lugar e vão até as matas do Jordão cortar madeira. O que nós
observamos aqui:
- Havia necessidade da obra – casa estava
muito pequena para todos.
- Havia um projeto – eles sabiam o que
fazer e como fazer.
- Havia mão de obra – os discípulos dos
profetas estavam ali.
- Havia disponibilidade – eles estavam
disponiveis para a obra.
- Havia ferramentas – eram pessoas bem
preparadas.
- Havia um supervisor da obra – Eliseu.
O
plano estava em andamento cerca de oito quilômetros até as margens do rio
Jordão e deram início ao trabalho. Enquento trabalhavam um dos homens perde o
machado na água. O ferro se soltara do cabo, com isso, ele dá um grito de
desispero, pois o machado não era dele, e é bom lembrar que quando estamos
usando algo que não é nosso a responsabilidade e o cuidado devem ser
redobrados. Aquele hoemem era responsável.
Sem o machado a obra não pode ser
realizada, não há como cortar a madeira. No entanto, ele pede socorro e Eliseu
corta um pedaço de madeira e lança onde o homem disse que havia perdido o
machado e o ferro flutua.
Quantas pessoas estão
fazendo a obra do Senhor sem perceberem que operderam o seu “machado” e sem o
machado estão ferindo a árvore e não a estão cortando.
ONDE
VOCÊ PERDEU O SEU MACHADO?
- Naquele namoro?
- Nas prioridades dos seus projetos que
aos de Deus?
- Quando você se deixou levar por fofocas
e maledicências e parou o que estava fazendo para o Senhor?
Onde
você perdeu o seu machado só você sabe. Mas saiba de uma coisa, Deus pode
fazê-lo boiar, mas para isso você precisa reconhecer que o perdeu. Muitas
pessoas estão fazendo a obra sem o seu machado. Já perderam a muito tempo mas
teimam em continuar batendo na árvore sem ele. Por isso que tanto se esforçam e
nada acontece. Perderam o machado, mas não se deram conta que o perderam, ou
estão com vergonha de reconhecer que o perderam. É isso que nós temos visto em
muitos lugares, muito ativismo mas pouco ou nenhum resultado no que estão
realizando. Muitas vezes a pessoa não perdeu o machado, mas ele não está mais
tão afiado como antes. Para que possamos ver o resultado da obra que estamos
realizando precisamos reconhecer algumas coisas:
1º
- A obra que estamos realizando é para glória de Deus não para nossa.
2º
- A ferramenta que estamos usando não é nossa é emprestada.
Nossos talentos, nossa capacitação, o que
eu sou e o que tenho, tudo pertence a Deus. O machado que aquele homem estava
usando não era dele, e, por não ser dele ele fica preocupado por tê-la perdido,
por isso dá aquele grito de desspero: “Ai!
Meu senhor! Porque era emprestado”.
Alguams coisas nós apendemos
aqui:
1º- Aquele homem era uma
pessoa responsável. Por ele ter perdido o machado ele fica desesperado. Quantas
pessoas irresponsáveis em nosso meio. Quantos não se importam de ter perdido o
que não é dele. Quantos, há muito tempo, perderam a unção, a graça de Deus e
não estão preocupados com isso. Ajam como se estive tudo bem, quando não está.
2º- Ele sabia que a pessoa
que lhe emprestou a ferramenta era uma pessoa exigente. Por ele ser uma
responsável a pessoa lhe emprestou o machado sem nenhuma preocupação. Por ele
ser uma pessoa responsável ele sabia que deveria devolver a ferramenta em
perfeito estado. Mas quantos estão dando a desculpa de que perderam, foi um
acidente, aconteceu. Meus iramãos, Deus vai prestar conta do que Ele nos
emprestou, e se perdemos o que não é nosso é melhor recuperarmos rapidamente,
pois Aquele que nos emprestou o que estamos usando é muito exigente, leia a
parábola dos talentos e você verá que o Senhor não nos terá como inocentes se
chegarmos perante Ele com nossas desculpas esfarrapadas (Mt 25.14-30).
3º - Se a obra não está sendo
realizada como no início pare para ver o que está acontecendo e não se faça de
desentendido dizendo que está tudo bem, pois não está. Pare e reavalie o seu
trabalho.
4º - Se o seu machado não
está mais afiado pare para afiá-lo. Observe o exemplo da águia.
A águia é uma ave muito
especial! Segundo os especialistas é a que mais tempo vive, cerca de 70 anos, e
é a que voa mais alto. Mas, para que isso aconteça, é necessário que ela passe
por uma grande transformação. Nem todas têm coragem de se renovar, então não
sobrevivem. Quando chegam aos 35 anos, estão com penas velhas, seus canos
grossos o que as impedem de voar, as unhas e o bico estão compridos demais,
curvados, impedindo-as de agarrar o alimento e de se alimentar. Então, numa
atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, algumas águias procuram um
lugar alto, próximo a uma rocha, onde fazem um
novo ninho para o processo que virá. Começando o processo de renovação,
batem as unhas contra a rocha até que se quebrem e fiquem em carne viva. Em seguida
o bico, batida após batida, até cair. Enquento isso, a águia é alimentada por
outras águias para que sobreviva. Quando as unhas começam a crescer, ela vai
arrancando as penas uma a uma. Após aproximadamente 150 dias, está completo o
processo. Então ela parte para o tão famoso voo de renovação, com mais 35 anos
pela frente. Assim como a águia, há momentos que precisamos parar para
reavaliar a nossa vida e buscarmos um renovo espiritual, emocional, físico,
pois senão morreremos na metade da vida. O processo pode ser muito doloroso,
mas certamente o fim será glorioso. Afie o seu machado, renove a sua vida. É
melhor perder um pouco de tempo do que fazer tanto esforço com pouco resultado.
5º - Para reaver o seu machado você terá que se ajoelhar para pegá-lo. Isso quer dizer que temos que colocar nossos joelhos no chão e clamar ao Senhor. Confessar o nosso pecado e buscar de Deus a ferramenta perdida, no caso aqui, a unção, a graça, o discernimento, para que possamos seguir adiante fazendo a obra de Deus.
6º - Reconhecer que para
obra ser realizada nós precisamos de ajuda.
Sozinhos é muito difícil realizar a obra de Deus. Observe que foram várias
pessoas para as margens do Jordão cortar madeira para ampliar a casa que
moravam. Nós também precisamos de ajuda. Obseve essa história:
Há uma história maravilhosa
a respeito de Jimmy Durante, um dos grandes comunicadores da geração passada
dos Estados Unidos. Ele foi convidado a participar de uma apresentação para os
veteranos da Segunda Guerra Mundial. Jimmy disse que sua agenda estava lotada.
Poderia estar lá por apenas alguns minutos. Só iria a apresentação caso pudesse
fazer um curto monólogo e sair imediatamente para o compromisso seguinte.
Evidentemente, o diretor concordou satisfeito.
Porém, enquanto Jimmy estava no palco,
aconteceu uma coisa interessante. Ele terminou o curto monólogo e continuou no
lugar. Os aplausos eram cada vez mais intensos, e ele não se afastou dali.
Passaram-se 15 minutos, 20 minutos, 30. Finalmente, ele curvou-se em sinal de
agradecimento e saiu do palco. Nos bastidores, alguém o parou e disse:
- Pensei que você tivesse de ir embora
logo. O que houve?
- Eu preciso ir mesmo – Jimmy respondeu -,
mas posso mostrar-lhe por que fiquei. Vai entender se olhar a primeira fila.
Na primeira fila, havia dois homens. Ambos
tinham perdido um braço na guerra. Um perdera o braço direito, e o outro, o
esquerdo. Juntos, conseguiam bater palmas, e era exatamente o que estavam
fazendo: batendo palmas com força e gritando de entusiasmo.
Talvez você esteja falhando
em realizar os projetos de Deus em sua vida porque você está tentando
realizá-los sozinho. Pessa ajuda. Reconheça as suas limitações. Todos nós temos
limites, nem sempre conseguiremos realizar tudo, mas com a juda certa nós
iremos longe. Siga o exemplo dos veteranos de guerra fique ombro a ombro com
alguém que pode lhe ajudar a aplaudir o Senhor da Glória!
Pense nisso!
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