sábado, 8 de maio de 2021

JOQUEBEDE, UMA MÃE QUE PRESERVOU A VIDA DE SEU FILHO

Por Pr. Silas Figueira

Texto base: Êxodo 1.8-22, 2.1-10

INTRODUÇÃO 

No livro de Êxodo capítulo 2.1-10, conta a história de Joquebede, uma mãe de muita coragem. Joquebede (Heb. “O Senhor é glória”). Descendente de Levi, nasceu na época em que os israelitas estavam no Egito. Foi esposa de Anrão (seu sobrinho) e mãe de Miriã, Arão e Moisés (Êx 6.20). Seu filho caçula nasceu na época em que Faraó decretara a morte de todas as crianças israelitas do sexo masculino (Êx 1.15-22). Ela guardou o filho por quase três meses, até que ele ficou muito grande e não tinha mais onde escondê-lo em casa. Joquebede então adquiriu um cesto feito de juncos, o qual calafetou com betume e piche; colocou o menino dentro, levou o cesto à margem do rio Nilo e depositou-o entre a vegetação.

A filha do Faraó desceu ao rio para banhar-se e encontrou o bebê; ao perceber que se tratava de um hebreu, ficou com pena dele (Êx 2.5,6). Miriã, irmã de Moisés, recebera instrução para vigiar o cesto; ciente do que acontecia, correu até a princesa e apresentou-lhe Joquebede, a própria mãe do menino, para cuidar dele e amamentá-lo! “Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou. Ela lhe pôs o nome de Moisés, e disse: Das águas o tirei” (Êx 2.10) [1].

1 – O PERIGO RONDA A NOSSA CASA (Êx 1.15,16,22).

O livro de Êxodo 1.8-22 nos mostra que o novo Faraó que havia se levantado não conhecia José. O Faraó que tinha favorecido a José provavelmente era um dos reis hicsos. Aquela foi uma dinastia de invasores semitas, e não de nativos camitas. Na história, eles são conhecidos como reis pastores. O Egito, porém, acabou libertando-se dos estrangeiros. Talvez o novo rei tenha sido o primeiro monarca forte da 19ª Dinastia, Ramsés II. Ele representava uma nova era. José tinha sido uma grande bênção para o Egito. Agora, porém, Israel tornara-se uma ameaça aos olhos dos egípcios. Ramsés II reinou de 1290 a 1224 a. C. Na esperança de recuperar seu perdido império asiático, os faraós mudaram sua capital de Tebas, conforme tinha sido na 18ª Dinastia, para o delta do rio Nilo [2].

O Senhor no controle da história. Assim lemos em Romanos: “Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra” (Rm 9.17). A visão humana da história é muito limitada, muitas vezes nos esquecemos das histórias passadas e não planejamos o futuro. Nós cristãos ao lermos a Bíblia não deveríamos nos surpreender com os fatos ao nosso redor temendo pelo nosso futuro. Assim como Deus agiu no passado, está agindo nos dias de hoje. Observe o que está escrito em Romanos 9.17, esse texto deixa claro que o Senhor continua com as Suas mãos firmes no leme guiando a história para o fim por Ele planejado.

Sob o governo de Amósis I, que expulsou os hicsos, os hebreus perderam as regalias desfrutadas durante o domínio dos reis pastores. Nessa época, não trabalhavam mais com a plena liberdade de antes, pelo contrário, eram obrigados a executar os serviços mais pesados como os demais estrangeiros por serem semitas e vistos como inimigos. Não é possível asseverar precisamente quando começou a escravatura cerrada; mas acredita-se que a situação do povo hebreu agravou-se à medida em que ocorriam as sucessões dos faraós. Tudo indica que Ramessés II foi o mais cruel deles [3].   

Diante desse fato, Faraó começou a perceber que o povo de Deus estava mais numeroso e forte que o seu povo (Êx 1.9) e ficou com medo de que no caso de uma guerra os Hebreus se unissem com os inimigos do rei e batalhassem contra eles (Êx 1.10) então determinou que as parteiras da época matassem todos os bebês hebreus que nascessem do sexo masculino, dessa forma o povo pararia de crescer e prosperar. As parteiras temeram a Deus e não obedeceram ao rei, então ele deu uma nova ordem dizendo a todo o povo que todos os filhos que nascessem dos Hebreus deveriam ser jogados no Rio Nilo, mas as meninas poderiam viver (Êx 1.22).

Os pais de Moisés esconderam-no o máximo que puderam. Sem dúvida as casas das famílias israelitas eram vasculhadas pelos homens do desesperado Faraó. Eventualmente, sua existência chegaria à atenção de alguma autoridade, ou até mesmo um vizinho qualquer poderia jogá-lo no rio Nilo, em obediência ao decreto do Faraó (Êx 1.22) [4].

Vivemos dias tenebrosos, os Faraós de ontem são os mesmos de hoje, e querem matar os nossos filhos para que eles não cresçam e se tornem missionários, se tornem libertadores, se tornem grandes líderes usados por Deus. O espírito maligno que atuava em Faraó e Herodes para matar as crianças continua atuando no mundo.

Ilustração: AS CRIANÇAS JOGADAS NO RIO

Certa vez, dois pescadores estavam sentados à beira de um rio, pescando. De repente, ouvem gritos fortes. Olhando para a parte de cima do rio, veem duas crianças descendo pelas águas e pedindo socorro. Mais que depressa, jogam-se na água e salvam as crianças.

Mal conseguem salvá-las, ouvem mais gritos. Agora são quatro crianças que vêm, debatendo-se nas águas correntes. Pulam no rio e conseguem salvar duas delas.

Aturdidos, os pescadores ouvem pela terceira vez gritos ainda mais fortes. Desta vez são oito crianças vindo na correnteza.

Um dos pescadores vira as costas para o rio e começa a ir embora. O amigo exclama:

- Você está louco? Não vai me ajudar? Sem deter os passos, o outro responde:

- Faça o que puder. Vou tentar descobrir quem está jogando as crianças no rio.

Existem duas necessidades básicas que temos que observar: a primeira é tentar salvar nossos filhos da morte no rio da perdição e a segunda, é tentar descobrir quem e como que nossos filhos estão sendo jogados no rio.

Essa história parece sem sentido para alguns, mas veja a matéria que saiu com Karla Tenório em depoimento a Marcelle Souza no dia 07/05/2021 04h00, na Universa UOL. A chamada da matéria diz: “Eu sou Karla Tenório, tenho 38 anos, sou atriz, escritora, tenho uma filha de 10 anos e sou uma mãe arrependida”. Transformei minha angústia em um movimento para amparar mulheres como eu: que não gostam da maternidade. Sou criadora do “Mãe Arrependida”, que visa a libertação da voz das mães que não são felizes como mães, que sofrem e sentem culpa por conta da maternidade. Palavras dela: “Eu sou a titular do cuidado físico da minha filha até que ela consiga se virar sozinha, mas, para a sociedade, não é só isso. A mãe é a responsável por aquela alma até o fim da vida, um arquétipo de santa, que está nos abençoando onde quer que a gente esteja. E eu não quero assumir esse papel, quero apenas ser feliz”. “Hoje eu sou uma pessoa que está se curando da culpa, desse arrependimento. Hoje sei que o amor incondicional não existe, ela passa por mim como uma brisa, sou tocada poucas vezes por esse êxtase, porque eu tive que desenvolver uma relação, sou obrigada a cuidar de uma pessoa”. [5].

Esta mulher é uma entre milhares que têm filhos, mas que não os amam e os veem como um empecilho em suas vidas. Por isso que as feministas lutam tanto para aprovar o aborto em nosso país. Mulheres que lançam seus filhos no rio para servirem de alimento aos crocodilos. O Egito é aqui!  

2 – DIANTE DO PERIGO JOQUEBEDE OUSOU ESCONDER SEU FILHO (Êx 2.1; Hb 11.23).

Aconteceu que nessa época de perigo de morte para os meninos hebreus que nasceu o filho de Joquebede, um menino lindo. Na língua original hebraica Ki tov que quer dizer que o menino era bom. Esta foi a mesma expressão usada por Deus no dia em que Ele fez a luz. Assim Joquebede pressentia que aquele menino simbolizava a aurora e representava uma nova era para o povo Hebreu.

A família conseguiu esconde-lo por três meses e quando viu que não podia mais escondê-lo colocou-o em um cesto de junco e depositou o cesto preso nos juncos à margem do rio Nilo. Sua outra filha Miriã acompanhou o menino até que ele foi encontrado pela filha do Faraó. Logo a irmã do bebê foi até a princesa e disse que conhecia uma mulher que poderia cuidar da criança pra ela. A princesa mandou chamar a mulher, deu o menino para que ela cuidasse e ainda lhe pagou um salário por isso. Quando o menino cresceu, a filha do Faraó o adotou como filho e colocou-lhe o nome de Moisés, que significa “retirado das águas”.

Joquebede foi a única escrava da história bíblica a receber um salário para criar o seu próprio filho. Nisso vemos a provisão de Deus cuidando dessa família e do ainda infante Moisés.

Podemos aprender muitas lições com as escolhas e atitudes de Joquebede.

1ª – Joquebede foi uma mãe corajosa (Êx 2.1,2; Hb 11.23). Diante do decreto de Faraó ela ousou esconder seu filho. Seu marido, Anrão passava o dia fora de casa, sujeito ao trabalho árduo, pois era escravo. Deus concedera temor às parteiras (Êx 1.21) para o seu filho viver, mas ele não estava livre da morte como lemos em Êx 1.22: “Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida”.

Diante disso, Joquebede não desistiu de lutar pela vida de seu filho, assim como seu esposo, apesar de estar ausente no trabalho. Ambos decidiram enfrentar Faraó e o seu maldito decreto (Hb 11.23).

Imagino quantas mães que perderam seus filhos nessa época. Umas porque os filhos lhes fora tirado à força, outras simplesmente porque obedeceram ao decreto de Faraó jogando seus filhos no rio Nilo (Êx 1.22). Talvez você fique surpreso com isso, mas não tem sido diferente hoje. Quantas mães que estão entregando seus filhos para Satanás fazer deles o que bem entende. Veja como muitas famílias “modernas” acham normal criarem seus filhos sem gênero – as famílias que seguem esse tipo de criação dão nomes neutros aos filhos e não informam o sexo. Essas famílias buscam por uma criação em que a criança possa ser mais independente, além de querer que seus filhos tenham a liberdade de poder escolher com que gênero se identificam mais. Tanto a mídia quanto a sociedade têm adotado essa ideia.

Saiu uma reportagem recentemente com esse título: “Maior congresso de sexualidade cristã do Brasil quer “restaurar” LGBTQI+”. Tem o nome de “cristã”, mas bem sabemos a quem pertence.

Os Faraós estão aí tentando matar os nossos filhos, por isso, precisamos ter cuidado para que tais ideias não entrem em nossas casas e “matem” nossos filhos. Precisamos ter coragem para desafiar Satanás e expulsá-lo de nossos lares.

2ª – Joquebede foi uma mãe criativa (Êx 2.3). Quando Joquebede viu que não havia mais como esconder o seu filho, ela buscou uma solução para salvá-lo.

O que ela fez? Tomou um cesto de junco. A expressão hebraica poderia ser traduzida “um cesto de papiro”: a única outra ocorrência do termo descreve a arca de Noé (Gn 6) e pode ser relacionado à palavra egípcia “tebet”, “arca” ou “baú”. O cesto de Moisés foi revestido com betume (Gn 11.3; 14.10) para que ficasse impermeável e possivelmente para que tivesse uma proteção extra contra o calor do sol. Pôs nos juncos à margem do rio. Os juncos cresciam junto à margem, em águas rasas, onde a corrente não levaria embora o cesto, com menor perigo de crocodilos do que num banco de areia ou numa praia. Os juncos ofereceriam ainda alguma proteção contra o sol [6].

Diante dessa atitude de Joquebede, podemos destacar duas coisas:

a) Chegará um momento em que os nossos filhos deixarão o nosso lar para encarar as águas do “rio” (a sociedade, a escola, a faculdade, o mundo). Não podemos mantê-los seguros para sempre em nosso lar, mas nem por isso deixaremos de vigiá-los (Êx 2.4). Vigiamos nossos filhos em oração e com os olhos. Joquebede não ficou sentada lamentando a situação, esperando uma solução vinda de fora. Ela sofria com a possibilidade de perder o filho e fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar a vida do bebê.

b) Joquebede preparou o cesto em que Moisés ficaria de forma que nem o sol e nem as águas lhe causassem mal. Da mesma forma é responsabilidade dos pais prepararem os “berço” em suas casas. A expressão: “Educação vem de berço” mostra que é responsabilidade dos pais educarem seus filhos para viver em sociedade. Sendo canal de bênção num mundo que jaz no maligno. Mostrando que no mundo há pessoas boas, mas há também muita maldade. Os educando a serem simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes (Mt 10.16).

3ª – Joquebede foi uma mãe de fé e estrategista (Êx 2.4). Joquebede sabia qual era a rotina da princesa e, estrategicamente, colocou o menino preso entre os juncos à margem do rio onde a princesa, junto com as suas donzelas, se banhava. Mulheres são muito emotivas e, provavelmente, se seu plano desse certo seu filho não seria morto.   

Acreditar que Deus é um Deus de milagres não nos isenta de agirmos segundo a direção do Espírito Santo. Para fazer o que fez Joquebede precisava acreditar num milagre vindo dos céus, pois só pela interferência Divina o menino poderia se salvar. E o milagre veio completo, como Deus é maravilhoso! O menino foi achado nada mais nada menos do que pela filha do Faraó, ela viu graça na criança mesmo percebendo que era do povo hebreu, Miriã (irmã mais velha de Moisés) viu a princesa pegando o bebê, a princesa aceitou a sugestão de Miriã e a criança voltou exatamente para o seio de sua família. Agora já não precisavam mais se preocupar porque a criança estava sobre a proteção da princesa do Egito e a família ainda receberia um salário para cuidar da criança. Quando vivemos pela fé, Ele nos dá muito mais do que pedimos e pensamos (Ef 3.20).

Quando entregamos nossas vidas nas mãos de Deus, Sua vontade é muito maior que simplesmente “ironias do destino”. Quando pensamos na nossa vida hoje, vemos que cada dia é um grande milagre de Deus. Nossos filhos não estão boiando em um rio cheio de crocodilos, mas estão em um mundo cheio de violência, doenças, perigos e más influencias. Hoje nos vemos cercados de “crocodilos” modernos, mas as Mãos de Deus operam milagres diários em nossas vidas protegendo a nós e a nossos filhos, assim como fez com Moisés.

4ª – Joquebede nos ensina é a importância da cumplicidade familiar (Êx 2.4-9; Hb 11.23). Na família o problema de um é o problema de todos. Isso é família. Quando temos uma dificuldade com os filhos, todos os membros devem participar ativamente. Devem saber sobre o que está acontecendo e cada um fazer a sua parte na solução do problema.

Observe como Miriã, também foi de grande apoio e cumplicidade quando decidiu seguir o irmão e depois em ir falar com a filha do Faraó, ela se sentiu corresponsável pela situação e fez a parte dela para resolver o problema da família. Infelizmente hoje vemos muitas mães sobrecarregadas com todas atribuições, dentre elas resolver os problemas dos filhos sozinhas. Umas agem assim por serem centralizadoras e crerem que somente elas são capazes de resolver as situações adversas, outras porque a própria família (marido e filhos) não querem se comprometer. Mas a experiência de Joquebede nos ensina que se é um problema de família, deve ser resolvido através da família.

Ilustração – Há uma foto que circula na internet de um menino japonês carregando o irmão morto. Essa foto foi tirada por Joe O’Donnell em Nagasaki. Joe fora enviado pelo exército dos Estados Unidos para documentar os estragos causados pelos ataques aéreos com as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, no mês de agosto de 1945.

Durante meses o fotógrafo viajou pelos vilarejos e cidades japonesas narrando a devastação junto à população. O relato incluiu uma vasta documentação escrita e por negativos a respeito dos efeitos da radioatividade, dos ferimentos que foram causados, quantidade de mortos, órfãos etc.

Em um dos negativos de sua máquina fotográfica se encontrava a poderosa foto de um menino com semblante sério, cumprindo seu dever de honra. A jovem criança, que devia ter menos de 10 anos de idade, carregava nas costas o irmão mais novo morto em decorrência dos ataques atômicos.

Nas palavras de Joe O’Donnell:

“Os homens com máscaras brancas se aproximaram dele e calmamente começaram a tirar a corda que segurava o bebê. Foi quando eu vi que o bebê já estava morto. Os homens o colocaram sobre o fogo e o menino permaneceu ali sem se mover em linha reta, observando as chamas. Ele estava mordendo o lábio inferior com tanta força que brilhou com sangue. A chama queimou baixo como o sol vai para baixo. O menino virou-se e caminhou em silêncio para longe”.

Tudo indicava que aquele menino havia perdido toda a família, mas fez o que a tradição ensina que era honrar os mortos e ele o fez com o seu irmão.

Essa história deve servir de exemplo para todos nós. Devemos fazer o que está ao nosso alcance para honrar os nossos familiares.

5ª – Joquebede criou seu filho sabendo quem ele era (Êx 2.11). Moisés tinha consciência de que não era um egípcio, mas um filho dos hebreus.

Devemos olhar para esse exemplo deixado por essa família na vida de Moisés. Nossos filhos precisam ser criados dentro de expectativas realistas e não fantasiosas. Ainda que nossos filhos tenham mais oportunidades que os pais, eles não devem se esquecer de sua origem, não devem se envergonhar de seus pais, muitas vezes humildes. Não devem se envergonhar, principalmente, de sua formação religiosa.  

As mães cristãs devem ter o cuidado de dar a educação espiritual necessária para que seus filhos aprendam a temer, amar a Deus e servi-lo com fidelidade. É um privilégio e uma alegria quando podemos ser instrumentos do Senhor para levar nossos filhos ao conhecimento e à fé em Jesus Cristo, ensiná-los a orar diariamente e buscar direção para suas vidas na Palavra de Deus. Deus preserva a vida de nossos filhos para Sua honra e glória.

3 – MOISÉS UM TIPO DE CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO.

Não foi à toa que Faraó queria matar os filhos dos Hebreus. Satanás sabia que em breve nasceria aquele que seria o libertador do povo Hebreu e que representaria a Pessoa de Cristo como libertador de Seu povo.

Moisés tipificava a Cristo, sobretudo como: 1 – um líder; 2 – um profeta; 3 – um legislador. E adiciono aqui alguns detalhes sobre a questão:

1) Moisés, tal como Cristo, foi divinamente escolhido (Êx 3.7-10; Atos 7.25; João 3.16).

2) Ambos foram rejeitados por Israel (Êx 2.11-15; Atos 7.25; 18.8; 28.17 ss.; João 1.11).

3) Durante seus períodos de rejeição, obtiveram ambos uma esposa gentílica (Êx 2.16-21; Mt 12.14-21; Ef 5.30-32).

4) Ambos tomaram-se libertadores de Israel (Êx 4.29-31; Rm 11.24-26).

5. Ambos tiveram os mesmos ofícios: como profetas (Atos 3.22,23); como advogados (Êx 32.31-35; 1Jo 2.1,2); como líderes ou reis (Dt 33.4,5; Is 55.4; Hb 11.27).

6) Um contraste: Moisés era apenas um servo na casa de outrem; Cristo era Filho adulto em Sua própria casa (Hb 3.5,6) [7].

CONCLUSÃO

Muitas mães têm se identificado com Joquebede e com muitas outras mães na Bíblia.  Joquebede ousou lutar pela sobrevivência do seu filho. Ana ousou consagrar o seu filho Samuel para Deus. Eunice educou o filho Timóteo pelo exemplo e pelo ensino. Maria foi a mãe do nosso Salvador. Todas essas mulheres aqui citadas foram mães que lutaram pelos seus filhos.

Essas, foram mulheres que se empenharam e se dedicaram no papel que lhes foi dado por Deus, de serem mães. Essas santas de Deus fizeram tudo que estavam em seu alcance para serem mães de excelência. No entanto, de uns anos para cá nós temos presenciado coisas que foge a lógica humana. Mães que são verdadeiros monstros, que geraram seus filhos e os mataram com rigor de crueldade. Os jornais e os sites de notícias nos mostram isso sempre. Sobre essas não devemos tomar nosso tempo.

Mas para você mãe que teme a Deus, que o Espírito Santo lhe abençoe ricamente nesse dia e lhe dê a graça de ver seus filhos na presença do Senhor. 

Pense nisso!    

Bibliografia

1 – Gardner, Paul. Quem é Quem na Bíblia Sagrada, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1999, p. 375.

2 – Champlin, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado, Versículo por Versículo, Ed. Hagnos, São Paulo, 2001, p. 305.

3 – Cohen, Armando Chaves. Comentário Bíblico: Êxodo, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 1998, p. 20.

4 – Champlin, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado, Versículo por Versículo, Ed. Hagnos, São Paulo, 2001, p. 308.

5 – Souza, Marcelle. Minha História, Karla Tenório em depoimento a Marcelle Souza, https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/05/07/sou-uma-mae-arrependida-desde-o-parto-da-minha-filha-diz-atriz.htm, acessado em 08/05/21.

6 – Cole, R. Alan. Êxodo, Introdução e Comentário, Ed. Vida e Nova e Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 1981, p. 55.

7 – Champlin, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado, Versículo por Versículo, Ed. Hagnos, São Paulo, 2001, p. 308.  

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