terça-feira, 6 de março de 2018

A estupidez do pecado


Por Kevin DeYoung

Os Puritanos costumavam falar sobre a excessiva influência do pecado. E eles estavam certos em fazê-lo. O pecado é um insulto hediondo a um Deus santo. É sem lei, traidor, rebelde.

Também é muito burro.

Todos que conhecem a Bíblia, pessoas ou conhecem seu próprio coração, sabem que isso é verdade: o pecado nos torna estúpidos.

Pense no Jardim do Éden. Você literalmente vive no paraíso, e você ouve um sussurro de cobra e algo sobre uma fruta saborosa. Por que arriscar?

Ou Davi e Batseba. Você é o rei pelo amor de Deus. Você tem tudo. Você viu o Senhor abençoar até suas meias desde que você era um menino. E você vê uma garota bonita se banhando? E, em seguida, tente cobrir seus rastros com um pecado enganador após o outro?

O filho pródigo é outro exemplo clássico. Ele poderia ter tido uma boa comida, um calor familiar e um teto sobre a cabeça. Mas ele ficou ganancioso, detonou sua parte da herança e acabou com os porcos.

Ou o que dizer do ladrão na cruz (o mau) que não consegue pensar em nada melhor para fazer com seu último suspiro do que debochar de outro “criminoso” moribundo?

E há também Ananias e Safira que se matam por uma mentira tola sobre o quanto eles conseguiram por sua propriedade. Que desperdício.

O pecado faz de nós estúpidos.

Quando pensamos racionalmente, podemos ver a loucura do pecado. Por que alguém descarta um sustento, uma família ou uma reputação para um rolo de 30 minutos no feno? Que bem fará buscar vingança e se sentir satisfeito por uma tarde, se isso significa colher um vendaval de consequências por décadas? Por que nós continuaríamos bebendo, dizendo a nós mesmos que é só com moderação, se sabemos que mil coisas ruins podem acontecer se sairmos novamente dos trilhos? Por que flertamos com um homem casado? Por que acompanhar a mulher até o quarto dela? Por que assistir esses canais no quarto do hotel?

Infelizmente, já vimos isso antes. De amigos e familiares. Talvez de um pastor confiável ou colega do ministério. É mais fácil ver nos outros – a defensiva, a mudança de culpa, a desculpa, o absurdo de trocar décadas de fidelidade por minutos de insensatez. Mas o que se é claro quando observado nos outros pode ser difícil de detectar em nós mesmos. Assim como o proverbial pedaço de alface nos lábios, podemos ser os últimos a perceber o quão estúpidos nos tornamos por causa do pecado.

Podemos pecar em serenidade por um tempo. Mas Deus não pode ser zombado para sempre (Gálatas 6:7). Nossa loucura será manifestada. Eventualmente, suas palavras nos alcançarão (Zacarias 1:6).

Então, arrependa-se, diz o profeta (Zacarias 1:6). Deixe-nos passar da tentação antes que seja tarde demais. Todos nós – me incluo – escondemos a Palavra em nossos corações, ou, melhor ainda, dizemos a um amigo: “Por favor, diga-me quando eu estiver sendo estúpido e, se eu não acreditar em você, lembre-me de que eu acredito em você agora.”

E se alguma vez nos acharmos assentados entre os suínos, lembremos que o Pai está pronto para que voltemos para casa. Com os braços abertos, um abraço caloroso e uma festa de alto nível.

Quando nos achegarmos à sensatez e deixarmos de lado a estupidez do pecado.

Traduzido por Anderson Rocha

Fonte: NAPEC

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