segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Posso chamar Deus de “você”?

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Por Maurício Zágari

Posso chamar Deus de “você”? Sei que essa parece ser uma pergunta boba e sem muita importância para nossa vida espiritual, mas tanta gente começou a chegar a mim com essa dúvida nos últimos tempos que resolvi dar uma certa atenção a ela. Confesso que eu mesmo nunca tinha gasto muito tempo pensando sobre isso e fiquei curioso: será que chamar o Senhor de “você” é desrespeitoso? Será que apenas o “tu” configura honra ao Altíssimo? Para chegar a um veredicto, precisei fazer uma pesquisa sobre as origens dos termos e sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto. É o que apresento neste texto e você poderá tirar suas próprias conclusões.

É importante frisar que só decidi investir um certo tempo nessa investigação porque percebi que, de fato, o problema tem implicações práticas. O que ocorre, em geral, é que, se uma pessoa que considera desrespeitoso chamar Deus de “você” ouve um pregador se dirigir ao Todo-poderoso por essa forma de tratamento, um detalhe como esse pode prejudicar a receptividade à mensagem pregada. A preleção pode ter sido totalmente bíblica, mas o fato de o pregador ter se dirigido a Cristo como “você” fez o irmão (ou a irmã) sair do culto chateado. O mesmo ocorre no caso de um louvor, pois, se você não concorda que é digno dirigir-se a Jesus como “você”, ao ouvir um hino em que ocorra essa forma de tratamento vai se desligar do céu e fechar a cara. Acredite: não são poucas as pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis ao ouvir alguém chamar Deus de “você”, pois consideram que o “tu” sim é um tratamento digno para um rei, uma forma mais respeitosa e reverente de se dirigir à divindade.

Quero deixar bem claro que respeito totalmente quem desqualifica o “você” no tratamento de Deus. Mas permita-me apresentar minhas conclusões.

Para começar, fui investigar por que razão o uso do “tu” está tão associado na nossa mente com a forma correta de tratar Deus. E descobri que o motivo não tem absolutamente nada de bíblico. É uma razão meramente cultural. Acompanhe o raciocínio:

Tudo começa em Portugal. Lá, as pessoas se tratam, essencialmente, por “tu” – há muitos séculos. No dia a dia, é extremamente raro você ver um português se dirigir a outro por “você”. Simplesmente não faz parte da cultura lusitana, ao contrário do que ocorre no Brasil. Hoje, se você viajar a Portugal, verá que as pessoas na rua sempre vão se dirigir a você como “tu”, o que poderá ser um tratamento extremamente informal. Com isso em mente, lembre-se de quem foi o primeiro tradutor da Bíblia para a nossa língua: João Ferreira de Almeida (1628-1691). Ocorre que ele era não um brasileiro, mas, sim, um português. É de se considerar que ele escolhesse na tradução das Escrituras o termo mais utilizado no país em que nasceu e cresceu.

Portanto, Almeida não usou o “tu” por qualquer razão bíblica, mas simplesmente porque fazia parte do seu jeito de falar, da cultura em que estava inserido, do jeito que era usual na sociedade onde vivia.

Com o passar do tempo, as traduções Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Almeida Revista e Atualizada (ARA) – as mais adotadas no Brasil até a chegada da Nova Versão Internacional (NVI) e que até hoje são extremamente utilizadas nas igrejas – mantiveram o “tu”, uma herança das origens portuguesas da tradução da Bíblia para nosso idioma e do jeito de falar do tradutor português de 400 anos atrás.

Logo, em sua raiz, o “tu” não representa necessariamente nenhuma formalidade, tampouco respeito. Era simplesmente o jeito de falar do português comum da época de Almeida.

Entendido isso, vamos analisar quais são as origens do termo “você”. Para nós, brasileiros do século 21, essa é uma forma de tratamento que transmite uma certa informalidade. Isso, junto ao fato de que nas traduções da Bíblia para o português Jesus sempre foi tratado por “tu” (pela razão que expliquei acima), acabou criando muita antipatia ao uso do “você” para se dirigir a Deus. Como estamos viciados em ler na Bíblia o Pai e o Filho serem tratados por “tu”, parece uma coisa estranha, fora de lugar, nos dirigirmos à divindade por “você”. Afinal, nunca vimos isso em Bíblia nenhuma (em português, ressalve-se). Mas precisamos entender o que significa, de fato, “você”, pois ela não é uma palavra que brotou do nada.

“Você” é um encurtamento de “vossa mercê”, um modo extremamente formal de tratamento, usado desde os tempos remotos em Portugal. “Mercê” significa “graça”, “misericórdia”. Com o tempo, as pessoas passaram a encurtar esse respeitoso modo de tratar, que se transformou em “vossemecê”, depois “vosmecê”, virou “vancê” e, por fim, “você”. Portanto, “você” significa “vossa graça”. E que significado mais lindo haveria numa forma de tratamento a Deus do que em algo que ressalta sua graça, sua misericórdia; aquilo que fez Jesus subir à cruz por cada um de nós? Graça, a maravilhosa graça!

E veja que interessante: em sua origem, o “vossa mercê” (“você”) era utilizado somente para se dirigir a gente a quem se devia tratar com muito respeito, enquanto o “tu” era usado em ocasiões informais. Atente para esta explicação: “mercê era o elevado tratamento dado na terceira pessoa aos reis de Portugal [...] No século 15, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si. Este processo é lento e gradual, mantendo-se alternativamente o tratamento antigo por vós em certos setores mais elevados da sociedade portuguesa, paralelamente ao de vossa mercê. O tu já então era reservado apenas às classes burguesas, e populares, utilizado na nobreza apenas quando existisse grande grau de intimidade, geralmente intimidade familiar, e de superiores para inferiores (pais para filhos, avós para netos, fidalgos para criados e populares). Os inferiores em dignidade (sobrinhos para tios, criados para patrões etc.) respondiam ao tu com que eram tratados na terceira pessoa, ou por vós, ou pelo tratamento correspondente à dignidade reconhecida à pessoa mais importante durante o diálogo”.

O resumo da ópera é que, em sua origem e por definição, o “você” era o tratamento dado a reis, nobres, fidalgos e gente merecedora do mais alto respeito e formalidade. Já o “tu” era um termo que fazia parte da linguagem do povão, usado com gente “inferior em dignidade”. Justamente o contrário do que os opositores a chamar Deus de “tu” compreendem ser o correto e digno, não é curioso? E isso ocorre porque, no Brasil, o “vossa mercê” começou a perder o status de linguagem usada para se referir às pessoas mais importantes quando, no século 16, os reis e nobres europeus passaram a solicitar ser chamados de “vossa excelência”, o que permanece até hoje entre nossas autoridades (você já deve ter visto na televisão deputados, por exemplo, se dirigirem a outros deputados utilizando esse tratamento). Com isso, o “vossa mercê” (ou “você”) passou a ter um uso mais amplo.

Constatamos, então, que o problema todo é uma mera questão de tradução. Almeida escolheu usar o “tu” porque essa era a palavra que fazia parte de seu dia a dia e sem nenhuma relação com reverência ou respeito.

Tendo visto isso, agora precisamos buscar respostas na exegese bíblica, isto é, na análise dos originais das Escrituras. Será que os textos originais fariam algum tipo de diferenciação nesse sentido? Vejamos:

Um exemplo seria a ocasião em que Pedro responde a Jesus quando o Mestre lhe pergunta três vezes se ele o ama (Jo 21.15-18). A resposta de Pedro é:“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. O vocábulo original das Escrituras traduzido aqui por “tu” é su, que, no grego, refere-se à segunda pessoa do singular. Mas veja que revelador: Jesus, ao conversar com Pedro, usa exatamente a mesma palavra, su, para se dirigir a ele, como em “Respondeu Jesus: ‘Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Siga-me você‘” (Jo 21.22-23). Embora a tradução da NVI use “tu” quando Pedro se dirige a Jesus e “você” quando Jesus se refere a Pedro, nas línguas originais não há nenhuma diferença na forma de tratamento: é exatamente a mesma palavra, sem distinção.

Vamos pegar outros exemplos:

Na ocasião do batismo de Jesus, ele chega até João Batista, que lhe diz: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mt 3.14). A palavra original que foi traduzida aqui por “tu” é, novamente, su. Quando Jesus está diante de Pilatos, o governador romano lhe pergunta: “Então, você é rei!” (Jo 18.37). Adivinha que termo no original em grego foi traduzido por “você”? Exato: o mesmo su. E sabe o que Jesus responde? “Tu dizes que sou rei” (Jo 18.37). A palavra original? Su de novo.

O que percebemos, então, é que o tempo todo Jesus era tratado por su e tratava os outros por su (evidentemente estou me referindo ao grego em que foi escrito o Novo Testamento e não ao aramaico que Jesus e seus discípulos usavam para conversar entre si ou ao latim que Pilatos falava).

Você poderia argumentar que Jesus estava sendo tratado assim porque ele não era visto como divino pelas pessoas, naquele momento e, por isso, não seria considerado digno de um tratamento mais elevado. Bem, esse argumento desmorona quando vemos a forma como o próprio Cristo se dirige ao Pai. Quando o Mestre está no Getsêmani, antes de sua prisão, ele ora e diz ao Todo-poderoso: “Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mc 14.36). Basta olharmos nos originais e veremos que a forma de tratamento permanece a mesma: su. E o Pai é tratado dessa forma ainda em outras passagens, como João 17.21, e não só por Jesus. Vemos, por exemplo, em Atos 4.24, Pedro e João conduzirem uma oração ao Pai, em que dizem “Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há!”. Por que pronome eles o tratam? Su.

A que conclusão podemos chegar? Constatamos que, na língua original em que foi escrito o Novo Testamento, o mesmo pronome de tratamento era utilizado quando Jesus se dirigia a um ser humano, quando um ser humano se dirigia a Jesus, quando Jesus se dirigia ao Pai ou quando um ser humano se dirigia ao Pai. Não havia distinção em nenhuma situação.

Logo, será que há algum mal em eu usar o mesmo pronome para me dirigir a um ser humano, ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo? Bem… se na língua original do Novo Testamento não havia, por que haveria hoje?

Meu irmão, minha irmã, não chamamos Deus de “tu” por nenhuma razão bíblica, mas por pura herança cultural do vocábulo escolhido pelo português João Ferreira de Almeida quando ele passou o texto bíblico para o português 400 anos atrás. Se ele tivesse escolhido “você”, isso não representaria nenhum desrespeito. Muito pelo contrário, teria adotado o mesmo tratamento que era usado para se dirigir a reis, fidalgos e autoridades.

Por tudo isso, fica aqui minha carinhosa recomendação: se você não se sente bem dirigindo-se a Deus por “você”, não se dirija. “Tu” é igualmente válido pois, segundo as línguas originais da Bíblia, não há absolutamente nenhuma diferença. Mas, por favor, não condene quem chama o Senhor de “você”, porque tem a mesma validade na tradução e, além disso, historicamente é uma palavra que se usava para se dirigir aos mais elevados representantes da sociedade. Tem um belíssimo e digníssimo significado. Não criemos discórdias entre nós por causa disso.

“Você” significa “vossa mercê”, que, por sua vez, significa “vossa graça”. Que privilégio é poder chamar o Abba, o nosso paizinho celestial, de “você” e saber que, ao nos dirigirmos a ele, estamos ressaltando, no que dizemos, essa característica tão magnífica e salvadora do amor divino: sua maravilhosa graça.

Por isso, eu oro: Deus, que tu, você, vossa mercê, vossa misericórdia, vossa graça… em tudo seja glorificado!

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Mauricio

Fonte: Apenas

23 comentários:

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    1. Só uma observação:
      O salmo 23
      Coloque você no lugar. De Senhor.
      O Espirito Santo me esclareceu esta duvida.
      Eu o trato de Senhor.
      Pode sim usar o termo você, desde que antes anteceda o tratamento digno de SENHOR.

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  2. Olha apreciei o conteúdo mas creio que bíblia diz Senhor dos exércitos ele eu sou o Senhor que te sara, eu com a palavra e não com a ciência dos homens, que cada vez quer crescer e diminuir a Soberania do Senhor.

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    1. Graça e Paz Alirio.
      O Maurício, autor do texto, procurou ser bem esclarecedor e creio que tenha sido. A nossa tradução é de um português bam arcaico por isso, creio, que teremos dificuldades de nos adptarmos a chamar o Senhor assim.
      Eu também o chamo de Senhor a Trindade Santa, as pessoas mais velhas, as que ocupam algum cargo... enfim, eu sou das antigas rs.
      Se vamos chamar o nosso Deus de você ou Senhor isso independe, o que importa é o temor que devemos ter.
      Que Deus o abençoe e fique na Paz!
      Pr. Silas Figueira.

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  3. Nossa, que esclarecedor o seu artigo.Obrigada por se dispor.Realmente é bem complicado, principalmente para nós, ministros de louvor.

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    1. Graça e Paz Sandra.
      Cerio que a forma como me dirijo ao Senhor tem ser com temor e tremor, fora disso não há respeito nenhum ainda que prostrado aos Seus pés.
      Fique na Paz!
      Pr. Silas Figueira

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  4. Porque não chamam o papa de Você? Porquê diante de Um Juiz o chamamos de Vossa excelência? Quem tem maior autoridade? É so analisar

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    1. Graça e paz Messias.
      Isso vai muito do país. Por exemplo, no inglês você fala you - você - seja para jovens ou adultos, não fazem distinção. Observe que no Brasil nós fazemos estas diferenças e eu creio que deveríamos observá-las também. Eu, por exemplo, não chamo Deus de você, mas o Maurício deixa claro que isso não faz diferença em nossa língua. É mais uma questão de cada um.
      Que Deus o abençoe!
      Pr. Silas Figueira

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  5. Penso que a adequação cultural tem sua importância.

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  6. Até Senhor, dependendo da reverencia contida na pronuncia está errada. Senhor no grego é Kyrios, e significa "dono, proprietário de"...imagina chamar Deus de você. Nem um.policial militar aceita ser chamado de você, juiz então... . E porque Deus, mesmo aplicando esse monte de argumento humano, pode ser chamado de você? E tem um monte de música gospel chamando o Senhor de você...tá de brincadeira né.
    O Senhor tem mais de 70 nomes, e nenhum deles é você. Amo vcs em Cristo e Deus os abençoe irmãos.

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    1. Concordo com você de que são argumentos humanos que só tentam desmerecer o respeito ao Senhor Jesus e diminuí-lo como um mero coleguinha. Vamos aprender a respeitar o Senhor em tudo, inclusive no tratamento.

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  7. Muito esclarecedor seu artigo, Que Deus continue te abençoando sempre para que você possa abençoar vidas.. Esse artigo me foi passado pelo meu Pastor ja que como Ministro de Louvor tb tinha muitas dúvidas quanto aos louvores em que se dirigia a Deus como você... Que Deus os abençoe.

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    1. Graça e paz Silvia
      Fico feliz em saber que este artigo a tenha abençoado. Volte outras vezes para nos fazer uma visita.
      Fique na Paz!
      Pr. Silas Figueira

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  8. Graça e paz Edilson.
    Eu também fui criado assim como você, chamando as pessoas mais velhas de senhor e senhora, e, principalmente meus pais, ai de mim se os chamasse de você rs.
    Quanto ao seguir a modernidade eu crio que é mais que isso, creio que seja uma forma muito popular de falar e eu tenho dificuldade em relação a isso, principalmente para com o nosso Salvador.
    Quando o Maurício escreveu sobre esse assunto, ele tentou mostrar que não há nenhuma diferença em relação a isso, mas eu confesso que ainda tenho minhas reservas devido a minha criação.
    Mas o respeito está além de chamar Deus de você, mas de fazer o que Ele nos manda.
    Fique na Paz!
    Pr. Silas Figueira

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  9. Que conteúdo esclarecedor, já tinha lido 3 artigos sobre esse assunto e esse foi mais claro!

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  10. Muito bonito a teoria, mas é válido lembrar que se foi por encurtar palavras, quem a encurtou foi o homem que na qual não foi inspirado pelo Espírito Santo nas sagradas escrituras!! Homens procuram o que é cômodo pra si.
    O SENHOR é o SENHOR é sem delongas!!!

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  11. Muito Obrigada por este texto esclarecedor e de fato carinhosamente redigido para simplificar todo o tratamento que devemos ter "SEM MEDO" de nos referirmos ao nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO e ao nosso PAI JEOVÁ.

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  12. Não é porque outras coisas como desobedecer a Deus é desrespeito que tratá-lo como "você " deixou de ser. Jesus é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, honrado, adorado e glorificado até pelos anjos e a quem todo o joelho dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra se dobrará e toda lingua confessará que Ele é o Senhor e nós devemos tratá-lo como tal. Ter intimidade com Ele não nos permite tratá-lo como "você". Uma geração criada e ensinada a tratar os pais e os mais velhos como você, coisa que acho errado, quer tratar Deus da mesma forma. Começa assim e é por isso que muitos hoje o chamam de "o cara lá de cima", "meu brother", etc. Isso não é intimidade, é desrespeito. Se nós, cristãos verdadeiros, não O respeitamos, não damos o exemplo, nunca poderemos ensinar a outros a seguirem alguém a quem chamamos de você? Como ensinaremos alguém a respeitá-lo e adorá-lo?
    Tudo o que foi falado concordando com o tratamento de Jesus como "você" são argumentos humanos que só tentam desmerecer o respeito ao Senhor Jesus e diminuí-lo a um mero coleguinha. Vamos aprender a respeitar o Senhor em tudo, inclusive no tratamento. Mesmo com toda a intimidade que os apostolos tinham com Jesus, em nenhuma tradução da bíblia vemos eles tratando-o como "você". E porque nós hoje, para não parecer caretas aos olhos da juventude, escolhemos tratar o Senhor Jesus assim?

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  13. Penso que não é o caso de "você" ou "tu". Ele não está no msm nível que eu.
    Deus é Senhor, soberano. Não um igual a mim.
    Até os discípulos que caminhavam com Ele, o chamavam de Senhor, Mestre

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  14. O uso da segunda pessoa tu/vós ao invés dos chamados pronomes de tratamento, além de indicar formalidade/respeito também indica erudição e espiritualidade posto que a palavra tu ja existia no latim que é lingua bastante antiga e formal, geralmente a segunda pessoa também é bastante usada em textos sagrados e quando se refere à divindades especialmente no cristianismo, bem como evidencia o distanciamento da sociedade e ligação com o Divino através do isolamento e leitura dos textos sagrados e dos clássicos literatos do passado como o Camões e Manoel Odorico Mendes. Assim o tu é bastante formal, tratar o próximo com o uso do tu indica respeito por ele. Assim caso vós desejais ver um sitio web, livros e videos em que se usa a segunda pessoa, podeis seguir-me o blog em https://innerdivineconexion.blogspot.com
    Escrevo livros de fantasia, espiritualidade e gramática também escrevo livros em espanhol (com o uso do tú e vosotros) frances ( com o uso do tu e vous) e italiano (com emprego do tu e voi) e em alguns livros em ingles emprego o thou, thee e em outros o you. Haja vista que o coloquial seria o ya.

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  15. Tem irmao argumentando pra experimentar chamar o Juiz ou Policial de voce nao ia dar certo....o mesmo argumento pode ser feito a tentar chama-los de tú..."ou tú ai!" hahahah...vai dar mais errado ainda!...Irmaos, nos desliguemos de todo peso, que VOS pode amarrar no legalismo. Concordo com o artigo, pq faz sentido, nao e argumento HUMANO como alguns estao duzendo...pularam as varias referencias biblicas? Nao sejem judaizantes, respeitem, um faz distincao entre isso e aquilo ja dizia o Apostolo o importante e que a vossa consciencia nao lhe condene. Grande abraco!

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