terça-feira, 27 de julho de 2010

Manifesto Anti-fundamentalista


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Fundamentalismo é o nome dado a um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípio fundamental (ou vigente na fundação) da religião, crença, fé ou escola de pensamento. A priori não é algo ruim, e estritamente falando do cristianismo, sendo a única verdade – sinto muito (na verdade, não) nesse ponto sou bem fundamentalista; salvação só em Cristo! – ser fundamentalista, a rigor, ou seja, buscar viver de acordo com os fundamentos do cristianismo, deve ser a nossa única busca.

É importante dizer que, em algum nível, todos somos fundamentalistas (e, nesse caso, digo todos nós seres humanos). O que nos torna diferentes é o que consideramos ser um verdadeiro fundamento e qual é a interpretação inequívoca desse fundamento. Mas isso é especulação da epistemologia e não é o caso deste texto.

Ocorre que meu objetivo com esse manifesto Anti-fundamentalismo, era falar – mal – do fundamentalismo cristão! Mas antes eu me vi obrigado a dar tantas explicações e fazer tantas ressalvas que quase desisti de postar sobre o assunto em si, e mais, estive a ponto de me declarar oficialmente um fundamentalista. Então, para definir bem o alvo desse manifesto (e evitar ser ainda mais longo), direi a quem ele não é dirigido, isso é, meu 'ataque' não vai para quem é teologicamente simples, nem para quem é desconhecedor da disciplina, muito menos para quem apenas repete alguns conceitos (embora que para esse último cabe a crítica a essa fé cega).

Para tanto resolvi postar (com a devida autorização) sob o signo Manisfesto Anti-fundamentalismo, o apêndice B, do excelente artigo produzido por Renato N. Fontes. Creio, pela leitura e rápida conversa que tivemos que nossas visões acerca do tema são semelhantes, e por isso mesmo faço minhas as palavras dele.

Na verdade não há ataque, o que quero mesmo é chamar sua atenção. Será que você é um fundamentalista? Ou melhor, quanto você é fundamentalista? Será que na busca de ser correto, você não tem se 'esquecido' de já ser o que você já sabe que deve ser?

Um olhar crítico [i] sobre a visão de mundo dos fundamentalistas

Examinando a literatura produzida por alguns fundamentalistas, espalhada abundantemente pela internet, podemos dizer que são irmãos em Cristo, apesar dos pesares, e pessoas que levam a sério seu cristianismo – exceto, com certeza, na campanha difamatória que promovem contra quem pensa diferente deles – e que amam a Deus, crendo em todas as doutrinas cristãs essenciais. Seus tratados de teologia sistemática são muito bons, e colocam de forma bem didática os pilares do cristianismo protestante. Ainda assim, são claras suas posições intolerantes para com quem discorda deles em pontos de importância periférica da doutrina, usando abundantemente de falácias – nem sempre intencionalmente ou por maldade, é bom que se diga.

Alguns desses fundamentalistas usam falácias conforme a sua conveniência. A preferida deles, que pode ser vista em quase todos os textos que produzem, é a da "culpa por associação". Essa falácia consiste em associar as pessoas a idéias de outras pessoas apenas por causa de uma simples concordância em outra área qualquer.

Por exemplo[ii]: imaginemos que um espírita kardecista, que, assim como eu, é contra o aborto, faça um abaixo-assinado para que o Congresso Nacional não legitime essa prática, pedindo assinaturas. Eu assino o manifesto. Desta forma, usar a falácia em questão seria dizer que eu defendo idéias do espiritismo só por causa disso.

Outra falácia que usam muito é o argumento ad hominem, que consiste em descartar o conteúdo de qualquer coisa só por causa de alguma falha na pessoa que propôs essa coisa. Por exemplo[iii], procuram destruir a reputação de qualquer um que tenha participado de alguma pesquisa científica que diminua a importância do Texto Recebido – Wescott e Hort são suas vítimas preferidas. Desacreditando a conduta dos dois, acham que assim tudo que foi dito por eles perde o valor.

Infelizmente, não são só as traduções bíblicas as vítimas da visão de mundo dos fundamentalistas. Eles enxergam o mundo sob um prisma eurocêntrico e americanocêntrico, culturalmente falando. Para eles, a Bíblia sanciona a cultura ocidental e todas as outras são demoníacas. Os instrumentos musicais usados pelos africanos, como as tumbadoras e os atabaques, são chamados de "instrumentos mundanos" – fico imaginando se algum fundamentalista acredita que existam "instrumentos celestiais". Não conseguem enxergar que a Europa também já foi completamente pagã, tal como a África. Aliás, a forma como enxergam a cultura é bem peculiar. Condenam, por exemplo, as palmas na liturgia, bem como as harmonias dissonantes e complexas, e qualquer ritmo que sugira dança, aceitando apenas aqueles que soem como "marcha". De onde tiraram tais conclusões, realmente não faço idéia.

Na Bíblia que eles lêem está escrito "celebrai com júbilo ao Senhor" e “louvai-o com tamborins (adufes) e danças”. Mas, ao contrário, eles dizem que canções que usem as emoções não podem ser usadas na liturgia. Segundo eles, "em espírito e em verdade" exclui as emoções - quando, ao contrário, adorar "em espírito e em verdade" é a antítese de várias das restrições impostas pela lei mosaica, como lugar e modo. Adorar em espírito significa adorar com liberdade, inclusive de usar a cultura para glorificar a Deus. Foi Deus que concedeu a capacidade ao homem de criar, de produzir coisas belas e chamar isso de cultura.

Quando a Bíblia diz "ama ao Senhor de todo o teu coração e com todas as tuas forças", isso significa "com tudo que você é e pode fazer", e isso inclui suas emoções – o errado não é senti-las, mas depender delas. A teologia de suprimir as emoções ou qualquer sensação de prazer (inclusive o prazer de se ouvir uma bela melodia), como se isso por si só fosse pecaminoso, veio da filosofia grega, que por sua vez entrou no gnosticismo, que por sua vez contaminou o catolicismo através das práticas ascéticas dos monges. Aí está a ironia, os fundamentalistas, tão anticatólicos, agem como católicos.

Por falar em anticatolicismo, essa é outra característica marcante e incoerente de alguns fundamentalistas. É verdade que o catolicismo distorceu muito do verdadeiro Evangelho com doutrinas estranhas à Bíblia, colocando suas tradições em indevido pé de igualdade com as Escrituras. Por outro lado, vale lembrar que o Protestantismo tem apenas 5 séculos. Antes da Reforma, o cristianismo não estava morto e nem o Espírito Santo estava de férias. A literatura fundamentalista procura, de forma surpreendente e ridícula, distorcendo fatos históricos, mostrar que sempre houve, desde o tempo dos apóstolos, verdadeiros cristãos que não eram católicos.

Acontece que isso não é verdade. Essa teoria pseudo-histórica se tornou popular no início do século XX, através de um panfleto de James Milton Carroll, um pastor batista americano, chamado "Um rastro de sangue" (A trail of blood). James tenta mostrar que os batistas existiam desde o tempo apostólico, sobrevivendo sob diferentes nomes, como "montanistas", "paulicianos" e "valdenses". Se foi ignorância histórica ou farsa deliberada eu não sei, mas o fato é que os montanistas tiveram entre seus membros o teólogo Tertuliano, extremamente legalista e idealizador de, entre outras coisas, a teologia dos pecados "mortais" e "veniais" do catolicismo, além de ter sido o primeiro que se tem notícia a diferenciar os crentes comuns dos "sacerdotes".

Os montanistas eram adeptos de várias práticas heterodoxas, baseados em visões e supostas profecias. Nenhum batista fundamentalista de hoje se identificaria com eles. Os paulicianos eram dualistas, assim como os gnósticos, ou seja, criam em dois deuses, um mau, criador do mundo material, e outro bom. Os valdenses surgiram por volta de 1170, através de Pedro Valdo, que no início era completamente católico. Apenas depois o grupo rompeu com Roma. E mais, não é provado que tenha havido qualquer continuidade entre esses grupos, pelo contrário, são completamente isolados uns dos outros. Em outras palavras, o cristianismo foi preservado, através da Idade Média, pelo catolicismo ortodoxo e romano, quer queiram quer não.

Foram os cristãos dessas igrejas, ainda que de forma imperfeita, que preservaram a fé cristã, apesar de todas as falsas doutrinas acrescentadas ao Evangelho. Para os fundamentalistas, qualquer autor protestante que se atreva a citar um autor católico é execrado. Não é de se admirar que a literatura fundamentalista jogue lama em homens de Deus como Billy Graham, C. S. Lewis e Philip Yancey, apenas pelo “crime” de citarem autores católicos com freqüência. Essa é uma incoerência surpreendente, já que Lutero e Calvino beberam profusamente da fonte de Agostinho de Hipona e vários outros católicos.

Outra característica marcante de alguns fundamentalistas ainda mais radicais é que não conhecem muito bem o significado da palavra "graça". São eles que brandem energicamente cartazes com palavras de ódio do tipo "vocês vão queimar no inferno" sempre que acontece uma parada gay, mas nunca se dispõem a amar essas pessoas, ouvi-las e serem suas amigas. É verdade, os que perecem sem Cristo e não estão dispostos a abandonar o pecado vão sim queimar no inferno, foi o que Jesus disse. Porém, a mensagem de Jesus consiste primeiro em amar as pessoas - você nunca vai poder falar em inferno para alguém que você não ama, para alguém que nunca comeu uma refeição junto com você e nunca foi seu amigo, para alguém que você não se importa com seus problemas.

Para esses fundamentalistas, por outro lado, que proveito há em ser amigo de um "sodomita"? É muito fácil demonstrar ódio assim, quando são os outros. E quando um filho de um fundamentalista não consegue orientar seu instinto sexual da forma bíblica[iv] e só sente desejo por pessoas do mesmo sexo? Como é que eles reagem? Gostaria de saber também. Não vai ser com cartazes carregados de ódio, praticamente comemorando a condenação eterna dessas pessoas, dançando alegres sobre as cinzas de Sodoma, que essas pessoas serão ganhas para Cristo.

Não bastasse isso tudo, os fundamentalistas amam as teorias conspiratórias. A internet está farta de material que afirma, entre várias coisas, que os jesuítas seriam culpados por todos os conflitos da humanidade nos últimos 500 anos, que o papa de verdade é um joguete nas mãos do líder dos jesuítas, chamado pelos fundamentalistas de "papa negro". Não é só a suposta conspiração para destruir a integridade da Bíblia que eles acreditam, infelizmente, são muitas outras as "fábulas profanas e de velhas caducas" (I Tm 4:17). Tudo para a vergonha do Evangelho que eles dizem defender.

Qualquer um que já tenha lidado com pessoas que acreditam em teorias conspiratórias sabe que elas são difíceis de se convencer. Tente conversar com um marxista fanático, por exemplo, e tentar convencê-lo de que a luta de classes e o capitalismo não são a causa de todos os males da humanidade...

Voltando às velhas falácias ad hominem e da “culpa por associação”, os fundamentalistas detestam que se defenda o meio ambiente. Afinal, quem mais defende a preservação do planeta para as gerações futuras, hoje, são justamente os esotéricos e os mesmos que defendem o aborto e os direitos dos homossexuais. Assim, se você tentar convencer um fundamentalista a colaborar com a diminuição do aquecimento global, eles vão dizer que isso é coisa de “esquerdista liberal”.

Além do mais, sua escatologia é toda baseada em “interpretar os sinais da vinda de Jesus”, e, afinal, “se Jesus está voltando, para que eu vou melhorar este planeta?” Mais uma vez se vê a falta de coerência – se Jesus está voltando e todos nós vamos morrer um dia, por que os mesmos fundamentalistas não entopem suas artérias de colesterol, abusando de uma alimentação pouco equilibrada? Ah, nosso corpo é templo do Espírito Santo? Sei...

Acontece que a terra é o “estrado de Seus pés”, segundo Jesus. Deus colocou o homem no jardim e ordenou que cuidasse de toda a criação, dando nomes aos animais, e não que a destruísse. Não consta que essa ordem tenha sido revogada com a Queda, ainda que o Jardim não exista mais. Basta ler o salmo 8, que afirma expressamente que Deus colocou o homem acima de todos os seres criados.

Afinal, que qualidade de ar nossos filhos vão respirar? Quem é você, oh fundamentalista, para marcar a data da vinda de Cristo, como se fosse certo que ela fosse acontecer em menos de uma ou duas gerações? Enquanto o Corpo de Cristo não faz nada, infelizmente são os “esquerdistas liberais” que estão defendendo[v] o meio ambiente, atitude essa que faz parte do amor ao próximo que a Bíblia dos fundamentalistas ordena.

Já que falamos de criação e meio ambiente, os fundamentalistas são extremamente literalistas na sua leitura do Gênesis. Refiro-me à crença de que, contrário a tudo que se pode mostrar como evidência científica de que esta terra foi criada há alguns bilhões de anos, os fundamentalistas insistem em dizer que a terra é uma “jovem” de apenas 6.000 anos. Até aí tudo bem, afinal essa leitura de Gênesis 1 não é necessariamente conclusiva e pode dar a entender isso, apesar das evidências científicas.

Além do mais, tenho vários amigos que não são fundamentalistas e também pensam assim. O problema é que, para os fundamentalistas, se você não crê numa terra jovem, você é liberal e está solapando uma doutrina central do cristianismo. Se você ventilar a possibilidade do dilúvio não ter sido nos cinco continentes, então... Só para efeito de esclarecimento, Gênesis 1 utiliza linguagem poética, fazendo uso do paralelismo da poesia hebraica – basta notar a repetição de algumas expressões. Na linguagem poética, é comum usar várias expressões com sentido figurado, inclusive “dia”, “tarde” e “manhã”.

Você pode sim ser um cristão fiel e aceitar que a terra tem alguns bilhões de anos. E mais, quando Gênesis diz que o dilúvio destruiu toda a terra, não necessariamente se referia ao planeta, mas possivelmente à terra habitável pelos homens na época – afinal, colocar todos os animais dos cinco continentes dentro de uma arca de pouco mais de cem metros de comprimento é um pouco complicado, embora eu saiba que Deus é poderoso para fazer isso e muito mais.

Dentro da mesma lógica distorcida que os impede de defender o meio ambiente, os fundamentalistas não admitem que a Igreja do Senhor se envolva na luta pelos direitos humanos, no combate ao aborto e na pressão sobre os governantes para que haja leis mais justas. Tampouco admitem que os crentes se envolvam em obras sociais. É verdade, existe o tal “evangelho social”, que reduz a mensagem de Cristo apenas à satisfação das necessidades materiais e ignora a parte mais importante, que é a redenção e o perdão dos pecados.

Por outro lado, mesmo que o evangelho social seja uma distorção, ainda assim pregar contra a injustiça social é amar o próximo, mandamento bíblico. Os profetas pregaram contra a opressão aos órfãos, viúvas e pobres, e devemos sim fazer o mesmo. Cristo vai elogiar as ovelhas, conforme Mateus 25, por alimentarem os famintos e darem água aos sedentos, além de vestir os necessitados e visitarem os prisioneiros. Os fundamentalistas, lamentavelmente, passam uma “tesoura dispensacionalista” nessas passagens. Por que não passam a mesma tesoura sobre o mandamento de dar a vida pelo próximo, por questão de coerência?

Em resumo, não creio serem os fundamentalistas pessoas mal-intencionadas, ao contrário do que eles dizem dos tradutores das versões modernas, mas com certeza são cegos guias de cegos, que pregam fábulas profanas e de velhas caducas (I Timóteo 4:17).
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[i] Este apêndice não tem o propósito de denegrir a imagem de quem quer que seja. Desta forma, não serão citados nomes nem textos específicos. O que será analisado, de forma crítica, será a visão de mundo fundamentalista, por acreditar eu que a forma como as pessoas entendem cada aspecto da vida ajuda a entender o propósito de suas palavras e ações. Muitas vezes, no entanto, as pessoas agem de forma incoerente. Acreditam, por exemplo, que a honestidade é uma virtude, mas distorcem os fatos conforme a sua conveniência. Acreditam na imparcialidade, mas agem com parcialidade. Acreditam na justiça, mas muitas vezes usam pesos e medidas diferentes. Todo ser humano (inclusive eu), vez por outra, comete esse tipo de erro, uma vez que nossa natureza é caída e manchada pelo pecado.

[ii] A literatura fundamentalista está repleta dessa falácia, especialmente contra os artistas de rock cristão e contra os tradutores das versões modernas da Bíblia. Podemos citar dois exemplos de como isso ocorre. Um determinado artista cristão cantou uma música dos Beatles numa apresentação. Os Beatles, por sua vez, gostavam de religiões orientais, pregavam a rebeldia e outras coisas. Pronto, o artista em questão virou um adepto da rebeldia e das religiões orientais, provando assim que o estilo musical que ele canta é demoníaco. O problema é que esses fundamentalistas nunca têm a honestidade de mencionar que Paulo citou autores pagãos em pelo menos duas ocasiões (por exemplo, "as más conversações corrompem os bons costumes") e que Lutero usou músicas do folclore alemão, muitas vezes cantadas em tavernas, e colocou nelas letras cristãs. Outro exemplo é que a editora que publica a NIV nos EUA pertence a uma outra, que por sua vez tem uma subsidiária que publicou a chamada "Bíblia Satânica". Pronto, está feita a associação indevida. Mais uma vez eles não são honestos ao colocar todos os fatos: vi, uma vez, na mesma prateleira de uma livraria, a Bíblia ACF (Almeida Corrigida Fiel), que eles tanto veneram, e uma revista pornográfica, quase lado a lado. Será que seria honesto da minha parte usar a mesma falácia contra a ACF? Ou não seria mais verdadeiro admitir que, tanto a livraria quanto a editora, são empresas que visam o lucro e não se importam com o conteúdo do que vendem, e só se interessam pelo dinheiro? A editora não é responsável pelo conteúdo, mas pela venda. Só que isso os fundamentalistas nunca contam.

[iii] Além disso, dizem que a NIV em inglês defende o homossexualismo porque, supostamente, havia dois "homossexuais depravados" (palavras dos próprios fundamentalistas) na equipe daquela tradução. É decepcionante como eles usam dois pesos e duas medidas, não usando os mesmos critérios para as traduções que eles veneram. Será que eles sabem quantos "gananciosos depravados" havia na equipe que produziu a KJV? Ou quantos "gulosos depravados"? Ou até mesmo quantos "homossexuais depravados" – será que eles pesquisaram a preferência sexual de todos os tradutores da KJV? Aliás, por que apenas os homossexuais são depravados e os que cometem outros pecados não o são?

[iv]Isso é, relação sexual entre um homem e uma mulher, exclusivamente "dentro" do casamento.

[v]Embora caiba críticas a esse “cuidado” a exemplo do recente incidente envolvendo alguns ativistas e o estado de Israel, quase não há ação ecológica associadas a entidades cristãs, e se você nega que o mundo está em colapso, você se encaixa na descrição do texto. (nota escrica por mim)

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