quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MEU CACHORRO SUMIU (uma visão “canina” do Cristianismo)


Meu cachorro tem livre arbítrio. Não posso forçá-lo a ficar em casa. Ele pode voltar um dia, se quiser. #Arminiano


Eu escolhi o cachorro. O cachorro é meu. Irei atrás do cachorro e o trarei de volta a qualquer custo. # Calvinista

O cachorro é totalmente depravado, mas é meu. Eu o escolhi e ele sempre será parte da família. #Calvinista

Antes só do que mal acompanhado! #Desigrejado

Resolvi aceitar as falhas de meu cachorro e adaptar minhas crenças e padrões ao seu comportamento. #Neoliberal

Não vou chamá-lo, nem ir atrás dele. Se Deus quiser que este cachorro volte, ele voltará, independentemente de meus esforços. #Hipercalvinista

Eu criei o cachorro. Agora, ele pode viver e se alimentar sozinho. Vou sentar e observá-lo. #Deismo

Quando comprei este cachorro jamais imaginei que ele me deixaria um dia! #Teísmo Aberto

Se o cachorro não voltar, perecerá. #Arminiano

Se o cachorro não voltar, é porque nunca foi meu. #Calvinista

Se o cachorro realmente foi escolhido por mim, ele reconhecerá a minha voz e voltará. #Calvinista

Se o cachorro provou de minha comida e do aconchego de minha casa, e mesmo assim partiu, nunca mais poderá voltar. #Congregação Cristã

Se o cachorro não beber cerveja, o resto é perdoável. #Batista

Impossível. O cachorro tem livre arbítrio para entrar, mas não pode sair. #Batista

Meu cachorro precisa rolar 30 vezes, sentar-se 40 vezes e ficar de pé umas 20 vezes para que eu o aceite em casa novamente. #Católico

Para estar alegre e se sentir confortável, o cachorro precisa estar na sala de estar, rodeado por sofás, almofadas e aperitivos. #Igreja nos Lares

Eu amo os meus cães e odeio todos os outros. #Calvinista

O cachorro se sentia sozinho. É preciso aproximar-se do cachorro e desenvolver uma relação com ele. #Igreja Orgânica

Busquemos o cachorro e aproveitemos para alimentar todos os cachorros da rua. #Missional

Saudades de quando o cachorro levantava as patinhas, se jogava no chão e se fingia de morto… #Pentecostal

Unja a caminha de seu cachorro com esta água do Rio Jordão e ele certamente voltará. #Neopentecostal

Hoje é sábado. O cachorro vai ter que esperar. #Adventista

Quando encontrar este cachorro vou dar na cara dele! #CaioFábio

Seu cachorro sumiu e você ficou? Ore, irmão! #Tim LaHaye

Ele desafiou o conforto da complacência e as brumas do desconhecido, enveredando-se pelos caminhos desta vida tão deliciosamente ambígua quanto a rosa, com suas belas pétalas e espinhos pontiagudos. #Ricardo Gondim

Este cachorro é um trouxa! #SilasMalafaia

O cachorro não existe. #Matrix

Fonte: Jeffaum

Tua igreja me aceita como eu sou?



Por Josemar Bessa

Ah! A vida requer morte!

O evangelho pregado em nossa geração se tornou tão destituído de sua substância que fez essa indagação se tornar comum e ser vista como algo relevante a ser replicado tanto na vida como nas redes sociais...

Mas esse tipo de questão só pode ser levantada por quem nunca de fato ouviu o evangelho pregado de verdade, nunca foi tocado por ele... e só pode ser replicado por pessoas que se dizem cristãs mas nunca sequer entenderam o drama do homem caído e a boa notícia do evangelho.

Nós somos chamados para morrer e então viver. Não existe um evangelho se encaixando na vida de cada um – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” – 2 Coríntios 5.17. Se a primeira preocupação é – como e o que eu sou será poupado? Já não resta mais evangelho.

Cristo diz: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” - Lucas 14:28 – Vivemos dias em que as pessoas falam muito sobre Cristo e o evangelho, mas suas profissões de fé são sem qualquer significado e isso é incentivado por muitos que se acham relevantes para esta cultura.

A ideia vigente é – me aceita como sou – e não se sentar e pensar: “quando custa?” – A resposta de Cristo é – Custa tudo! Morrer! E não só no passo inicial, mas em toda a extensão do percurso.

Todas as pessoas que chegaram até a Cristo, Cristo imediatamente os apresentou a cruz. Um jovem chegou até ele e antes de segui-lo pediu autorização para ir dizer adeus a seus amigos... “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa primeiro voltar e me despedir da minha família” – Jesus responde: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” – Lucas 9.61,62. – Um pedido natural, mas Cristo imediatamente apresentou a ele a cruz. É o que Cristo continua dizendo: “Quem não tomar a sua cruz e não me seguir, não pode ser meu discípulo” – Lucas 14.27. Agora, se em questões que são absolutamente ridículas as pessoas estão pensando e escolhendo na medida do que pode ser poupado, imagine no todo?

“Quem perder a sua vida por amor a mim, a achará!” – Jesus não viveu considerando seu bem estar, seus interesses, lucro, seu avanço... sacrificou sua vida. A vida que achamos, que foi imortalizada, perpetuada – não é centrada em nós – é construída com materiais imperecíveis que vão sobreviver, estando em Cristo, a todo o fogo que a testar.

“Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” - João 20.21 – Cristo nos envia para quê? Pelo mesmo motivo que Ele foi enviado – “Glorificar o Pai!” – A custa de tudo para Ele, a custa de tudo para nós. Os envio para glorificar ao Pai no mesmo mundo que me rejeitou, carregando a mesma cruz... Então ecoamos a cada dia – “Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo” – 2 Coríntios 4.10 – Quem já chega dizendo – “Me aceita como eu sou?” – Se ouviu algum evangelho – foi um “evangelho tóxico”. Intoxicado com o ego, a vida centralizada em si mesmo, no homem, no seu mundo...

A vida requer a morte... esse é o padrão em toda a extensão do caminho. Em abril de 1983 – Jack Miller, um pastor americano da Filadélfia, escreveu a uma jovem chamada Catherine, que estava pensando em ir para o campo missionário em Uganda. Ela tinha sido retida pelo medo. Ao final da carta Jack disse algo que mostra a realidade bíblica do nosso chamado – do primeiro ao último passo – e expõe a futilidade da tentativa de servir a Deus na base do “me aceita como eu sou?” - "Será seguro para mim?"

Jack disse a Catherine,

“Abra as Escrituras e veja como nos dão a imagem completa da glória de sofrer por Cristo. O que se descobre nela é que não há alegria permanente em Cristo além de uma vontade de negar a nós mesmos, tomar nossa cruz e segui-Lo. Isto é, a sua vida não pode ter poder nele ou até mesmo salvação, se você se recusar a ser como um grão de trigo, que deve cair no chão e morrer para produzir frutos para a glória de Deus, que é o objetivo da existência e de nossa redenção.

Deus te chama para a grandeza, Catherine, mas a grandeza no reino tem tudo a ver com ele e não com você, a grandeza significa fecundidade para a glória de Deus, e a fecundidade vem de como nós morremos para nós mesmos – como morremos para nossos medos e perdas e ressuscitamos dentre os mortos do mundo que vivem para isso. Eu não pretendo, nem posso, responder se você deve ir ou não para Uganda. Só Deus pode, finalmente, te mostrar isso... Mas sua vida deve ter morte em qualquer lugar que você estiver ou for. O maior impedimento para uma vida que glorifique a Deus aqui ou em Uganda... é escolher qualquer caminho que tende a fugir de nossa própria morte. A cruz não pode ser evitada no caminho da vida que glorifica a Deus.”

Por que vivemos em tempos em que ser cristão não faz diferença – não a diferença que uma ONG pode fazer – mas a diferença onde Cristo e a beleza de sua santidade é manifestada na escuridão de um mundo sem Deus? Temos procurado um “evangelho” que nos poupe. Queremos abraçar, não motivados pela glória de um Deus santo pela qual vale morrer mil vidas se as tivéssemos. Queremos algo sem recusar deixar a segurança imediata, a vida que construímos a imagem de uma cultura que vive como se Deus não existisse... a identidade que criamos nela queremos poupar. Poupar nossa reputação, conforto de nossas tribos, realização, carreira, ou ____________ qualquer outra coisa que você queira incluir. Criando um terreno fértil para inúmeras ansiedades do que pode ser perdido e do que pode ser poupado... Segurando uma vida oca, nos preocupando em poupá-la, quando a verdadeira vida nos aguarda, se simplesmente largarmos o punhado de “moedas” que queremos reter.

A pergunta não é – “me aceita como eu sou” – mas, o que mais deve ir para cruz? O que não está crucificado em mim? “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” - Gálatas 6:14

O brado é – avante à morte e a alegria suprema no deleite em Cristo. O apóstolo Paulo morreu antes de morrer. Como disse C. S. Lewis: “Morra antes de morrer, pois não haverá nenhuma chance de fazer isso depois” – Morte e alegria, ambos ou nada!
 
Fonte: Josemar Bessa

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O diabo do homem faz a Bíblia falar


“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela”. (Gênesis 3.6, ênfases minhas)
Todos conhecemos o relato da tentação. Nele lemos ter o diabo sugerido a Eva que o fruto proibido daria um conhecimento tal que não se tinha domínio. Deus, ainda segundo o diabo, omitiu conhecimento, poder e domínio que agora tinham o seu desvelamento tornados possíveis seguindo os rastros indicados pela serpente. Eva, então, viu, desejou e tomou para si o fruto, e o deu a seu marido. O conhecimento veio, mas não do modo como desejaram.

Quando era pastor em uma igreja aqui em São Paulo, durante a reunião com o grupo de jovens, um deles perguntou: “Pastor, por que a Bíblia não fala nada sobre grandes temas da humanidade?”. Perguntei “Quais temas?”. O jovem disse: “A construção das pirâmides, o advento de Hitler…”.

A Bíblia, o texto sagrado dos cristãos, deveria ser usada somente para anunciar a salvação da alma. A mim parece ser este o eixo natural, o tema central já em Gênesis que segue até ao Apocalipse. O assunto da Bíblia é a salvação por causa da Queda descrita acima, e esta salvação é realizada em Jesus, que é amplamente anunciado em suas páginas.

Assim, o texto da Bíblia tem sua maior concentração nos assuntos pertinentes a salvação. Para o autor divino (Yahweh) e os autores humanos (sacerdotes, apóstolos, profetas e outros), a “humanidade” a quem a Bíblia se dirige, é a humanidade toda. A Bíblia registra grandes temas relativos à humanidade. Em outras palavras, todas as coisas necessárias ao conhecimento humano (eventos, histórias, pessoas, testemunhos etc.) e inerentemente relevantes ao universo religioso judaico-cristão, estabelecido e permanente há pelo menos seis mil anos, estão contidos na Bíblia.

No entanto, do Iluminismo para cá, a Bíblia tem sido atacada de todas as formas, usada indevidamente, acusada de todos os crimes, recusada por todas as declarações que faz. Mas ela está aí, aumentando a sua presença, sendo traduzida para novos idiomas e dialetos e sendo exportada para culturas que antes a rejeitavam.

Os ataques contra ela parecem não ameaçá-la: ninguém há que ofereça substituto ao modelo de salvação da alma humana como a Bíblia. Acusá-la de imprecisão científica? A Bíblia não é um livro de ciências; é um livro que trata da salvação, como disse. Ela tem erros nas informações geográficas? Seu assunto é a salvação. Há imprecisão historiográfica? Ela se ocupa da alma humana. Essas acusações não dizem respeito ao seu “negócio principal” e ela não faz concessões: seu foco é a salvação do pecador perdido.

Se o empenho do Iluminismo e da modernidade não afetaram a credibilidade da Bíblia, a outras correntes mais modernas ela parece ter envelhecido; sua proposta precisava de uma repaginada.

Com lentes inadequadas para enxergar as propostas anunciadas por seus autores supracitados, novas abordagens foram aplicadas na leitura do texto bíblico para “readequá-la” a mente moderna. Resumidamente, num continente impregnado pelo racionalismo cientificista, o programa de demitologização dos teólogos liberais não sobreviveu até aos nossos dias. Ela não abriu mão de suas histórias, ainda que parecessem míticas.

Já nos Estados Unidos, o próprio berço de ouro deu ocasião a aplicação de uma abordagem capitalista e consumista, para que ela falasse a linguagem do mercado; e foi criada a pobre Teologia da Prosperidade (e da saúde do corpo).[1]

Na América Latina, quando a massa pobre era a regra no continente, uma leitura libertária da Biblia (ou ao menos de alguns textos específicos), deu ocasião, primeiramente no seio da Igreja Católica e mais recentemente no meio evangélico, a Teologia da Libertação. Quiseram que a Bíblia declarasse sua opção pelos pobres, já que eram muitos. Quando conjunturas econômicas mais favoráveis avançaram, os evangélicos importaram dos Estados Unidos o que havia sobrado da Teologia da Prosperidade, seduzindo-a a prometer vida mansa, tal qual um gênio da lâmpada.

E assim a Bíblia tem sido sequestrada e usada para fins outros. No cativeiro da cultura onde é feita refém, quem se aproxima dela com concepções ou conveniências próprias usam-na para fazê-la falar o que querem ouvir, o que é agradável aos olhos e o que é desejável entender. Tal qual o diabo fez, toda tentativa de fazer ou usar a Bíblia para uma finalidade estranha ao seu sentido particular, é uma tentativa diabólica. Esses não terão parte na árvore da vida (Ap 22.19), a qual é destinada a quem perseverar.

Em todos os casos, a Bíblia sobreviverá a cada um de nós preservando em suas páginas a mensagem para a qual foi planejada e escrita. E que bom que tem sido assim, que ela viva por si, até mesmo sem essa minha defesa.

NOTAS 
[1] Health and Wealth Gospel (Evangelho da Saúde e Prosperidade), Faith Movement (Movimento de Fé), Faith Prosperity Doctrines (Doutrinas da Fé e Prosperidade) ou Positive Confession (Confissão Positiva).

Fonte: Napec

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Posso convencer Deus de algo?

 
 
Se ele é imutável, por que a pretensão de querer que mude suas decisões?

Certamente, Deus é imutável. Porque eu, o SENHOR, não mudo (Mal 3:6a). Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1:17).

Entretanto, por vezes vemos na Bíblia Deus mudando a sua ação. Como exemplo, podemos citar em Êxodo 32.4-6, enquanto Moisés recebia a Lei de Deus no monte, o povo construiu um bezerro de ouro e o adorava, enquanto Moisés se demorava. Deus disse que destruiria o povo e faria de Moisés uma grande nação (Ex. 32.10). Entretanto, ele intercedeu pelo povo, pedindo que abrandasse sua ira. O resultado pode ser visto no versículo 14: “Então se arrependeu o Senhor do mal que dissera que havia de fazer ao povo”.

Existe argumentação racional sobre a imutabilidade de Deus? Há pelo menos 3 possíveis explicações para este atributo divino.

1) Para que alguma coisa mude, algo deve ser feito numa ordem cronológica. Deve haver um “antes” e um “depois” no tempo, pois o tempo é isto: uma sucessão de situações anteriores por situações posteriores. Mas Deus está fora do tempo cronológico. Para Ele, não há como existir uma série de “anteriores” e “posteriores”, não podendo mudar, portanto, já que para a mudança é necessário um “antes” e um “depois”.

2) Toda mudança envolve uma alteração para melhor ou para pior. Mudança que não resulte em modificações não é mudança em sentido algum. Ou alguma coisa não existente até então é obtida, ou algo que se tinha é perdido. Mas se Deus é perfeito, ele não precisa de nada. E se Ele perdesse algo, deixaria de ser perfeito. Logicamente, Deus não muda.

3) Quando alguém muda de idéia, é porque recebeu uma nova informação da qual não tinha conhecimento anteriormente, ou as circunstâncias mudaram e agora requerem uma nova atitude. Mas, se Deus mudou de idéia, não deve ser porque recebeu uma informação que desconhecia até então: Ele é onisciente, e sabe todas as coisas (Sal 147.5). Mas se as circunstâncias mudaram, Deus pode se reposicionar de acordo com esta nova situação. Isto não significa que Deus mudou de idéia, mas que o relacionamento dEle com a nova realidade é diferente.

Foi o que aconteceu com os israelitas ao pé do monte, citado no começo desta postagem. Deus executaria seu juízo contra o pecado deles, como resultado de sua justa ira. Mas Moisés intercedeu junto ao Senhor. E a ação de Deus àqueles que o invocam é o de misericórdia. Antes de Moisés orar, Israel estava sob o juízo de Deus. Após a súplica, ficaram sob a misericórdia dEle. Não foi Deus quem mudou; mas as circunstâncias, sim.

Quando a Palavra disse que Deus se arrependeu, está se usando um forma de linguagem chamada antropomórfica. É um jeito ‘humano’ de se mostrar algo que o divino realizou. Foi uma forma figurativa de dizer que a intercessão de Moisés teve êxito em mudar o relacionamento de Israel com Deus.

Fonte utilizada: Norman Geisler e Thomas Howe – Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia

Fonte: Napec

Uma Refutação ao artigo "Contingencia, Sofrimento e Deus" de Ricardo Gondim

 
Por Jairo Rivaldo
 
Não posso ficar calado diante de tamanha distorção teológica. As declarações do senhor Ricardo Gondim são uma afronta ao cristianismo bíblico e histórico, uma ofensa ao Deus que se revelou através das escrituras. O que segue abaixo é uma breve refutação de declarações infundadas proferidas por alguém que se autodenomina cristão e pastor.

“Afirmar que uma tragédia pode ser evitada implica em que ela não foi orquestrada por uma divindade. Na contingência fatos ocorrem sem alguma razão que os explique ou justifique, e que escaparam da engrenagem de causa e efeito. Se o teto de uma igreja cai, um avião despenca, uma boate pega fogo, é porque o mundo contém espaço para acidentes – causados por negligência, falha humana ou mecânica- e podem matar sem que se atrelem a fado, destino, punição ou plano de Deus”. Ricardo Gondim

Refutação:

Dizer que a morte de alguém ocorre à parte do plano de Deus é no mínimo ofender o Deus das escrituras, pois está escrito que Ele determina o nosso nascimento “Mas Deus me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou” (Gl 1:15); E morte “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mt 6:27).

“Sem atinar, muitos repetem a crença de que só se morre quando chega a hora. Para que tal afirmação seja verdadeira, destino precisaria vir escrito com “d” maiúsculo, pois necessitaria de inteligência e controle para reunir em uma casa de espetáculo, avião ou ônibus, todas as pessoas destinadas a morrer naquele dia específico. Acreditar assim concede à fatalidade um poder apavorante: imaginar que jovens, seduzidos por uma orquestração oculta, entraram como gado no matadouro.

Da mesma forma, muitos tentam encadear os eventos acidentais da vida, supondo que Deus “permite” sinistros com algum propósito. Querem dizer que cada pessoa, com histórias, projetos, sonhos, viu-se arrancada da existência “porque Deus assim quis”. O objetivo de Deus seria um mistério que ninguém entende e será revelado a longo prazo?”.
Ricardo Gondim

Refutação:

Não existe um destino com “D” maiúsculo, assim também como não existe um deus com “d” minúsculo. O Deus que se revelou nas escrituras controla cada aspecto da sua criação “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe” (Sl 103:19). Nada pode acontecer fora do plano de Deus “Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade” (Ef 1:11). Nossa insubmissão rebelde tende a retrucar contra a vontade de Deus, mas nada pode frustrar os seus planos “Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Sim, todas as coisas acontecem porque em última instancia Ele quis.

“Como ter fé em um Deus que “deixa” rapazes e moças se pisotearem até a morte? Ele utiliza eventos macabros para ensinar as pessoas a terem medo dele? Esse é o seu jeito de produzir arrependimento? Tal entendimento faria com que a biografia de cada indivíduo que se perdeu fosse descartável. Deus precisaria, inclusive, manter-se frio, desprezando as lágrimas de mães e pais. Alguns chegam a ensinar que o Divino Oleiro faz o que quer e não podemos questioná-lo. Deus mata, afoga, asfixia e dá as costas em “vontade permissiva” porque deve conduzir a macro história para a sua glória final?

Nas grandes tragédias, alguns se contentam em explicar os eventos através da doutrina do controle absoluto. Afirmam que Deus tem todo o poder e não seria difícil para ele reunir em um só lugar as pessoas que deveriam morrer. Um Deus com requintes desse maquiavelismo, não passaria de um demônio. Deus é bom. Satisfaz pensar que na divina economia Deus ainda vai compensar a morte absurdamente desnecessária de tantos jovens? Difícil explicar tal conceito aos pais, avós e parentes que sonharam em vê-los terminando a faculdade, casando e tendo filhos. Bastaria falar da vida depois da morte para consolar mais de duzentas mães acorrentadas à trágica realidade de que Alguém lhes roubou a razão de viver?”.
Ricardo Gondim

Refutação:


Respondendo à sua pergunta, “Como ter fé em um Deus que “deixa” rapazes e moças se pisotearem até a morte? Ele utiliza eventos macabros para ensinar as pessoas a terem medo dele? Esse é o seu jeito de produzir arrependimento?

As pessoas (não regeneradas) tendem a fabricar um “deus” segundo a sua própria imaginação e vontade. O Deus revelado nas escrituras não precisa dar satisfações ao homem “Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão nem de dizer-lhe: "O que fizeste? " (Dnl 4:35). O próprio ato de fé do homem não acontece porque o homem só viu atos que ele interpretou como “amorosos” vindos desse Deus; muito pelo contrário, os homens que compõem a galeria dos “heróis da fé” em Heb 11 foram testemunhas dos atos nada “amorosos” desse Deus ao longo da história da redenção. Por exemplo, Noé viu o mundo antigo ser destruído pelo dilúvio (lembrando que ali existiam mulheres, velhos, jovens e crianças), Abraão viu as cidades de Sodoma e Gomorra serem subvertidas pelo fogo de Deus, Moises viu milhares de israelitas serem mortos pela mão de Deus no deserto, e poderíamos citar mais dezenas de exemplos do modo desse Deus agir. A fé e o arrependimento não são gerados no coração do pecador quando Deus age conforme os nossos gostos e preferências, mas sim, quando ouvimos a sua Palavra (Rm 10:17), a fé e o arrependimento são dons de Deus (Ef 2:8; At 11:18).

“A ideia de que Deus tem um plano para cada morte se esvazia diante dos números. Aviões caem, ônibus tombam, boates incendeiam. Todos os dias incontáveis acidentes acontecem. Como explicar as balas perdidas, os erros médicos e os atropelamentos provocados por bêbados? Todos cumprem alguma ordem ou são inevitáveis? Uma senhora de nossa comunidade caiu da laje de sua casa em construção, quebrou a coluna e ficou paraplégica. Ela fotografava a obra para que a filha lhe ajudasse nas despesas do acabamento. A mais tosca explicação que a teologia poderia dar ao seu infortúnio é que Deus tem um plano para deixá-la paralítica ou a puniu por algum pecado”.
Ricardo Gondim
 
Refutação:

Definitivamente, não cremos no mesmo Deus. O seu é totalmente limitado “pelos números”, o meu controla:

O universo em geral (Sl 103.19; Dn 5.35; Ef 1.11).

O mundo físico (Jó 37.5; Sl 104.14; 135.6; Mt 5.45).

A criação inferior (Sl 104.21, 28; Mt 6.26; 10.29).

Os negócios das nações (Jó 12.23; Sl 22.28; 66.7; At 17.26).

O nascimento do homem e sua sorte na vida (1 Sm 16.1; Sl 139. 16; Is 45.5; Gl 1.15, 16).

As vitórias e fracassos que sobrevêm às vidas dos homens ( Sl 75.6, 7; Lc 1.52).

As coisas aparentemente acidentais ou insignificantes (Pv 16.33; Mt 10.30).

Na proteção dos justos (Sl 4.8; 5.12; 63.8; 121.3; Rm 8.23).

No suprimento das necessidades do povo de Deus( Gn 22.8, 14; Dt 8.3; Fp 4.19).

Nas respostas à oração ( 1 Sm 1.19; Is 20.5, 6; 2 Cr 33.13; Sl 65.2; Mt 7.7; Lc 18.7, 8).

No desmascaramento e castigo dos ímpios (Sl 7.12, 13; 11.6).

“Jesus considerou em seus ensinos um mundo contingente. Contradizendo a religiosidade popular judaica, ele desconectou a queda de uma torre de qualquer desígnio divino. Não concordou com a insinuação dos discípulos de que a cegueira de um mendigo era consequência do pecado dele ou de seus antepassados. No Sermão do Monte, Cristo advertiu os seus seguidores de que mesmo alicerçando a casa sobre a rocha, eles não seriam poupados dos ventos contrários e da tempestade”. Ricardo Gondim

Refutação:

Na verdade não vejo como Jesus (segundo você) tenha desconectado o evento da queda da torre (Lc 13:1-5) do desígnio divino, o que claramente Ele desconecta, é a ideia errônea dos judeus de se acharem melhores do que os galileus. Por essa razão ele os chama ao arrependimento. Nós não somos melhores do que os que morreram naquela boate, deveríamos ficar surpresos pelo fato de que algo assim também não tenha ocorrido conosco. Por isso, devemos viver para a glória de Deus uma vida de constante arrependimento. Contudo, devemos estar conscientes que o modo ou o tempo da nossa morte não nos pertencem.

“O mundo das relações, devido ao amor, precisa de liberdade, e essa liberdade produz contingência. Portanto, acidentes, percalços, incidentes, fazem parte da condição humana. O contrário seria absoluta segurança. Sem a ameaça do sofrimento, sem a possibilidade da morte prematura, não enfrentaríamos ameaça de espécie alguma. Acontece que a ausência da contingência nos desumanizaria. A consciência do risco de adoecer e a imprevisibilidade da morte súbita, embora angustiantes, são o preço que pagamos por nossa humanidade. Jesus encarnou a compaixão de Deus, (compadecer significa sofrer junto), para nos mostrar que Deus sabe do risco de viver. Ele reconhece que mal e bem acontecerão no espaço da liberdade, por isso, oferece o ombro e as lágrimas. Deus não deseja que nossa vida se perca no inferno da dor.

Qualquer desastre revela a inutilidade de pensar que o exercício correto da religião ou a capacidade tecnológica bastam para anular a contingência. A vida será sempre imprecisa e efêmera. Diante da possibilidade do sofrimento, aprendamos a chorar com os que choram”
. Ricardo Gondim

Refutação:


A alegação de que amor pressupõe liberdade, e que essa liberdade produz acidentes incontroláveis não condiz com o ensino bíblico de que Cristo (Deus) “sustenta todas as coisas pela Palavra do seu poder” (Hb 1:3). Nada que fazemos está livre do controle de Deus. Ao contrário do que você afirma, não somos desumanizados diante do controle absoluto de Deus, somos colocados no nosso devido lugar!

Em fim, ao ressaltar o aspecto da compaixão de Deus de forma exacerbada, e fazer dele uma caricatura, você claramente desvirtua a missão de Cristo, fazendo dele uma espécie de “sofredor com os sofredores”, e não aquele que veio morrer por pecadores indignos de viver e perfeitamente merecedores da condenação.

A ordem: “chorai com os que choram” foi dada à igreja de Roma (Rm 12:15), onde Paulo mostrou através de uma exposição singular, o caráter absoluto da soberania de Deus (Rm 9-11). Devemos chorar com os que choram pela morte dos seus, não por que foi mera contingencia, mas porque devemos obedecer a Palavra daquele que faz todas as coisas segundo a sua sábia e perfeita vontade.

Agora sim, SOLI DEO GLÓRIA!!!

Fonte do artigo refutado: Rcardo Gondim

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A tragédia de Santa Maria: Deus está do lado dos que sofrem


Por Leonardo Gonçalves

Tragédias como a de Santa Maria – RS costumam suscitar o debate sobre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Um debate besta, diga-se de passagem, uma vez que a Bíblia afirma tanto uma coisa como a outra. É verdade que não podemos explicar o paradoxo, mas podemos aceitar a verdade revelada e crer que Deus é poderoso até mesmo para extrair o bem do mal, redimindo a dor das famílias enlutadas.

Mesmo assim, os corações sensíveis costumam perguntar-se: “Onde está Deus em uma hora assim?”. De certo, é uma pergunta complicada, mas pode ser dissipada à luz do evangelho: Jesus sempre se posicionou ao lado dos sofredores. Creio que em momentos assim, devemos recordar este fato. Jesus se interessa em nosso sofrimento, pois ele mesmo experimentou na carne o que é sofrer. Ele é empático à nossa dor.

Em lugar de perguntar onde está Deus em meio à tragédia, devemos recordar que todo caos neste mundo foi desencadeado pelo pecado. Este mundo não é mais aquela criação original de Deus, porém o Senhor promete em sua palavra que haverá um dia em que ele restaurará todas as coisas. Naquele dia, diz o profeta-apostolo, “Ele enxugará dos olhos toda lagrima, e já não haverá morte, nem pranto, nem clamor ou dor” (Ap 21.4). Até lá, no entanto, permanece a máxima inexorável: “no mundo tereis afliçoes”.

Creio que em lugar de içar dedo acusador, a igreja deveria se posicionar ao lado dos que sofrem, pois é lá que Cristo está. Como corpo de Cristo, precisamos levar consolação aos corações dos parentes das vitimas desta catástrofe. Em lugar de perder-nos em debates teológicos que não vão levar a nenhum lugar, e ainda aprofundarão a dor no coração de quem perdeu um pedaço de si, devemos levar esperança onde ela está prestes a extinguir-se.

Aos profetas despiedados, evangélicos sem evangelho, urubus religiosos cujo oficio no ultimo dia tem sido insultar a memoria das vitimas do incêndio em Santa Maria lançando em rosto seus pecados, gostaria de fazê-los recordar as palavras de Jesus no evangelho de Lucas, muito propicias em tempos de calamidade:

“E naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” (Lucas 13:1-5)

Que Deus abençoe as famílias das vitimas do incêndio em Santa Maria. E que Deus fortaleça a igreja gaúcha para ser “a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade” (Isaías 25.4).

Como barro nas mãos do oleiro

 
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Jeremias 18.1-6 é um dos textos mais sugestivos da Bíblia. O profeta é chamado não para pregar um sermão, mas para fazer o sermão. Ele desce à casa do oleiro para ver como este molda o barro informe e faz dele um vaso belo, útil e precioso. Esse importante relato nos ensina grandiosas lições espirituais. Vejamo-las.

1. O oleiro dá forma ao vaso – O oleiro apanha o barro informe e amorfo e dá a ele uma forma única e singular. Nós somos como o barro. Se abandonados à nossa própria sorte, somos como barro sem vida e sem forma. Deus é o oleiro que toma esse barro, trabalha nele e o molda segundo o seu querer. O barro é totalmente passivo nas mãos do oleiro. Ele recebe a forma que o oleiro quer. O oleiro é soberano em fazer do barro o que lhe apraz. Foi Deus quem nos criou e nos deu forma. Ele é quem nos molda segundo o seu querer e para os propósitos soberanos da sua vontade. O barro não pode rebelar-se contra o oleiro nem fazer sua própria vontade. Cabe-lhe sujeitar-se humildemente ao propósito do oleiro.

2. O oleiro dá beleza ao vaso – O oleiro não apenas dá forma ao vaso, mas também beleza. A peça de barro é modelada, desenhada, pintada, levada ao forno e vitrificada. É um dos itens mais funcionais que existem e, também, um dos mais belos. Nós somos feitura de Deus. Somos o seu poema mais belo, a menina dos seus olhos, a sua herança e a sua delícia. Deus não apenas nos criou, mas também está nos modelando e nos transformando na imagem de Cristo. Deus está trabalhando em nós e nos refinando até que a beleza de Cristo seja vista em nós. Nós somos o santuário da habitação de Deus. A glória de Deus está neste santuário. As digitais de Deus e a beleza divina estão estampadas neste vaso. A glória do vaso não está em seu material. Ele é de barro, mas o que tem dentro deste vaso é que lhe dá beleza e valor. O apóstolo Paulo escreve: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7).

3. O oleiro dá utilidade ao vaso – Normalmente, fazemos distinção entre o que é útil e o que é belo; entre o necessário e o elegante. Um vaso é sempre útil. Ele é moldado para ser usado com um propósito. Nós somos salvos para sermos vasos de honra. Um vaso para ser útil precisa estar limpo e sem rachaduras. Um vaso é usado para ornamentar e para transportar algum conteúdo. Como vasos de honra, refletimos a glória do nosso Deus e transportamos um senso real da sua presença. Assim como cada vaso é uma obra de arte singular, somos também obras primas do criador. Não há ser humano que não seja útil e que não tenha o seu papel dentro do propósito divino. Não há ser humano que não seja único, dotado de linhas, cores e formas, totalmente distintas de qualquer outro. Deus não faz vasos em série. Cada vaso é singular.

4. O oleiro faz de novo o vaso estragado – O oleiro não jogou fora o vaso que se lhe estragou na mão. Ele fez dele um outro vaso, um vaso novo conforme sua vontade. Deus amassa e pressiona, estica e comprime o barro. O trabalho do oleiro é reiniciado hábil e pacientemente. Deus não joga fora o vaso que foi danificado. “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr 18.6). Deus não desiste de nós. Ele nos dá uma segunda chance e nos oferece a oportunidade de recomeçar uma nova caminhada. Esse processo não é indolor, mas seu resultado é glorioso. Deus quebra o vaso e faz dele um vaso novo. Deus amolece o barro, amassa-o, molda-o e depois o leva ao fogo. Então, depois desse processo, renasce um vaso belo, útil e precioso, um vaso de honra! 


sábado, 26 de janeiro de 2013

Se ele é todo poderoso, como ofendê-lo, como resistir a ele?

 

Se ele é todo poderoso, como ofendê-lo, como resistir a ele?

A pergunta correta é: Se Deus é todo-poderoso, como podemos agir com livre-arbítrio?

Nos dias da criação, Deus construiu um universo perfeito. Todos os seres vivos, sistemas ecológicos, leis físicas… tudo estava sob seu perfeito controle. Até o homem foi feito na maior perfeição e teve as demais coisas criadas sujeitas à sua vontade, pois assim Deus determinou. E Deus fez mais: presenteou o homem com um atributo que nenhuma das suas outras criaturas teve: livre-arbítrio, o direito de escolher segundo seu desejo. E Ele fez desta forma porque queria que o homem estivesse em comunhão plena com seu Criador, por vontade própria; que o servisse e fosse seu amigo, não por obrigação, mas por amor. Amor livre, pois amor forçado não é amor, é estupro. E assim Adão e Eva foram criados.

É obvio que a liberdade de escolha é uma faca de dois gumes: pode-se tanto escolher o bem quanto o mal. E Deus estava ciente disto. Uma de suas características que O eleva ao status de Todo-Poderoso é a onisciência: o poder de saber todas as coisas, até mesmo antes delas acontecerem – chamado presciência. Desta forma, é impossível que alguém surpreenda a Deus. A queda do homem em Adão não pegou Deus de surpresa.

Mas Deus tratou todas as consequências do pecado humano antes do primeiro homem ser aparecido na face da terra: (…) do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap. 13:8). E ninguém pode criticá-lo pela forma que Ele fez (e faz) isto: acaso o oleiro há de ser reputado como barro, de modo que a obra diga do seu artífice: Ele não me fez; e o vaso formado diga de quem o formou: Ele não tem entendimento? (Is 29:16). Deus age no momento mais oportuno sempre e a Sua vontade por fim ficará evidente a todos: (…) e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Flp 2:11).

Como ofendê-lo? Como resistir a Ele? Todo pecado é uma ofensa direta contra Deus. Pecar é resistir à sua Vontade soberana. É usar a boa estrutura de tudo que Deus criou contra o objetivo que Deus desejou para esta estrutura. Mas Deus não fica sem ação diante destes atos de rebeldia. Ele pode agir com justiça em todas as situações. Ele deixaria de ser todo-poderoso se assim não fosse. O grande poder de Deus está no fato de Ele poder agir em qualquer ocasião; nada sai do seu controle. Como seres finitos que somos, parece-nos às vezes que o mal está ganhando. Mas o final já está escrito, com o grande Vencedor, Jesus Cristo, reinando triunfante (1Co 15.24-28; Ap 20-22).

Fonte: Napec

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um Evangelho que Devemos Conhecer e Tornar Conhecido


Por Paul Washer

"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei..." 1 Coríntios 15.1

Um escritor ou pregador do evangelho teria muita dificuldade para elaborar uma introdução melhor ao evangelho de Jesus Cristo do que esta introdução dada pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto. 1 Nestas poucas linhas, Paulo nos oferece verdades suficientes para vivermos durante toda a vida e conduzir-nos à glória. Somente o Espírito Santo poderia capacitar um homem a dizer tanto, com tanta clareza, em tão poucas palavras.

Conhecendo o evangelho

Nesta pequena passagem das Escrituras, achamos uma verdade que tem de ser redescoberta por todos nós. O evangelho não é apenas uma mensagem de introdução ao cristianismo. Ele é "a" mensagem do cristianismo; e o crente fará muito bem se gastar sua vida em procurar "conhecer" a glória do evangelho e em "tornar conhecida" esta glória. Há muitas coisas a conhecermos neste mundo e inúmeras verdades a serem investigadas na esfera do cristianismo, mas o glorioso evangelho de nosso Deus bendito 2 e de seu Filho, Jesus Cristo, é superior a todas elas. É a mensagem de nossa salvação, o instrumento de nosso progresso na santificação e a fonte cristalina da qual flui toda motivação pura e correta para a vida cristã. O crente que compreende algo do conteúdo e do caráter do evangelho nunca terá falta de zelo, nunca será tão necessitado que buscará forças em cisternas rotas e vazias feitas pelas mãos de homens. 3

De nosso texto, entendemos que o apóstolo Paulo já tinha pregado o evangelho à igreja de Corinto. De fato, ele era o pai espiritual daqueles crentes! 4 Entretanto, Paulo viu a necessidade de continuar pregando-lhes o evangelho: não somente de recordar as suas verdades essenciais, mas também de ampliar o seu conhecimento. Na conversão deles, começaram uma jornada de descoberta que abrangeria toda a sua vida e se estenderia pelas eras intermináveis da eternidade – a descoberta das glórias de Deus revelada no evangelho de Jesus Cristo.

Como pregadores e congregantes, seríamos sábios se víssemos o evangelho novamente com os olhos deste apóstolo da antiguidade e o estimássemos como digno de uma vida inteira de investigação cuidadosa. Embora já tivéssemos vivido muitos anos na fé, embora possuíssemos o intelecto de Edwards e o discernimento de Spurgeon, embora pudéssemos entender toda publicação desde os pais na igreja primitiva, passando pelos reformadores e puritanos, até aos eruditos do tempo presente, estejamos certos de que ainda não atingimos nem mesmo os contrafortes deste Everest que chamamos de "evangelho". E isso será dito a nosso respeito mesmo depois de uma eternidade de eternidades!

Vivemos em mundo que nos oferece um número quase infinito de possibilidades, e existe um número incalculável de opções que rivalizam por nossa atenção. O mesmo pode ser dito sobre o cristianismo e a ampla esfera de temas teológicos que um aluno pode estudar. Há um número quase infinito de verdades bíblicas que um homem pode gastar a vida examinando-as. E mesmo o tema menos importante da Escritura é digno de milhares de vidas em seu estudo. Todavia, há um tema que se eleva sobre todos os demais e que é fundamental para o entendimento de todas as outras verdades bíblicas – o evangelho de Jesus Cristo. É por meio desta mensagem singular que o poder de Deus se manifesta na igreja e na vida do crente individual.

Quando examinamos os anais da história do cristianismo, vemos homens e mulheres de paixão incomum por Deus e por seu reino. Anelamos ser como eles e nos perguntamos como chegaram a possuir um zelo tão duradouro. Depois de uma consideração diligente de sua vida, doutrina e ministério, descobrimos que eles diferiram em muitas coisas, mas tiveram um denominador comum entre si. Todos eles tiveram um vislumbre da glória do evangelho, e sua beleza acendeu a paixão deles e os impulsionou a prosseguir. A vida e o legado deles provam que paixão genuína e duradoura resulta de um entendimento cada vez mais crescente e mais profundo do que Deus fez por seu povo na pessoa e na obra de Jesus Cristo! Não há substituto para esse conhecimento!
 
O evangelho cristão tem sido designado como "evangelho", uma palavra que vem do latim evangellium, que significa boas novas. Esta é a razão por que os crentes são muitas vezes chamados de evangélicos. Somos "evangélicos" porque cremos no evangelho e o estimamos como a verdade primordial e central da revelação de Deus para os homens. O evangelho não é um prefácio, um provérbio ou uma explicação posterior. Não é meramente a classe de introdução ao cristianismo, e sim todo o curso de estudo do cristianismo. É a história de nossa vida, as insondáveis riquezas que procuramos explorar e a mensagem que vivemos para proclamar. Por esta razão, podemos dizer que somos mais cristãos e mais evangélicos quando o evangelho de Jesus Cristo é a nossa única esperança, o nosso único motivo de orgulho e a nossa única e maior obsessão.
 
Hoje, são realizadas tantas conferencias no âmbito do evangelicalismo, especialmente para jovens, que têm o objetivo de estimular a paixão dos crentes por meio de música, comunhão, palestrantes eloquentes, histórias emocionais e apelos comoventes. Contudo, o entusiasmo que tais conferências produzem, seja ele qual for, desaparece rapidamente. Pequenos fogos foram acessos em pequenos corações e se acabam em poucos dias. Temos esquecido que paixão genuína e duradoura nasce do conhecimento da verdade e, em específico, a verdade do evangelho. Quanto mais "conhecemos" e compreendemos a beleza do evangelho, tanto mais somos tomados por seu poder. Um vislumbre do evangelho moverá o coração verdadeiramente regenerado a segui-lo. Cada vislumbre maior do evangelho acelerará o seu passo, até que ele esteja correndo resolutamente em direção ao prêmio. 5 A essa beleza o coração verdadeiramente cristão não pode resistir. Esta é a grande necessidade do momento! É o que temos perdido e o que temos de obter novamente – uma paixão por conhecer o evangelho e uma paixão idêntica por torná-lo conhecido.

Tornando conhecido o evangelho

Não seria um exagero dizer que o apóstolo Paulo foi um dos maiores instrumentos humanos do reino de Deus, na história da humanidade e na história da redenção. Ele foi responsável pela propagação do evangelho em todo o Império Romano durante um tempo de perseguição incomparável e permanece como um exemplo do que significa ser um ministro cristão. No entanto, ele fez tudo isto por meio da proclamação simples da mensagem mais escandalosa de todas que já chegaram aos ouvidos dos homens. Ao considerarmos a vida do apóstolo Paulo, notamos que ele foi um homem excepcionalmente dotado, em especial no que concerne ao seu intelecto e zelo. Todavia, ele mesmo nos ensinou que o poder de seu ministério não estava em seus dons, mas na proclamação fiel do evangelho. Em sua primeira carta dirigida aos cristãos de Corinto, Paulo escreveu sua grande resignação: Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo. 6

Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 7

Podemos dizer que o apóstolo Paulo foi, acima de tudo, um pregador! Como Jeremias antes dele, Paulo foi constrangido a pregar. O evangelho era como um fogo ardente encerrado em seus ossos, que ele não podia suportar. 8 Aos cristãos de Corinto, Paulo declarou: "Eu cri; por isso, é que falei" 9 e: "Ai de mim se não pregar o evangelho!" 10 Essa estimativa tão elevada do evangelho e de pregá-lo não pode ser fingida, quando não existe no coração do pregador, e não pode ser ocultada, quando existe. Deus chama diferentes tipos de homens para levarem o fardo da mensagem do evangelho. Alguns deles são mais solenes e sérios, enquanto outros são mais desatentos e joviais, porém, quando a conversa muda para o assunto do evangelho, uma mudança ocorre no semblante do pregador, e parece que você tem diante de si uma pessoa muito diferente. A eternidade está estampada na face dele, o véu foi removido, e a glória do evangelho brilha com uma paixão genuína. Tal homem tem pouco tempo para histórias fantásticas, antídotos morais ou para compartilhar pensamentos vindos de seu coração. Ele veio para pregar e tem de pregar! Não descansará enquanto seu povo não ouvir a mensagem de Deus. Se o servo Eliezer não pôde comer enquanto não entregou a mensagem de seu senhor, Abraão, 11 quanto menos um pregador do evangelho ficará tranquilo enquanto não houver entregado o tesouro do evangelho que lhe foi confiado! 12

Embora poucos discordem do que escrevi até aqui, parece que, de modo geral, a pregação apaixonada do evangelho está fora de moda. Ela é considerada por muitos como algo que não possui o requinte e a sofisticação necessários para que seja eficaz nesta era moderna. O pregador cheio de paixão que proclama ousada e categoricamente a verdade é agora considerado um obstáculo para o homem pós-moderno que prefere um pouco mais de humildade e de abertura para com outras opiniões. O argumento da maioria é que temos de mudar nossa maneira de pregar porque o evangelho parece loucura para o mundo.
Essa atitude para com a pregação é prova de que perdemos nosso senso de direção na comunidade evangélica. Foi Deus quem ordenou que a "loucura da pregação" seja o instrumento para levar ao mundo a mensagem salvadora do evangelho. 13 Isto não significa que a pregação deve ser tola, ilógica ou bizarra. Contudo, o padrão pelo qual toda pregação deve ser comparada é a Escritura e não as opiniões contemporâneas de uma cultura decaída e corrupta, que é sábia a seus próprios olhos 14 e prefere ter seus ouvidos coçados e seu coração entretido a ouvir a Palavra do Senhor. 15
 
Aonde quer que o apóstolo Paulo viajasse, ele pregava o evangelho. Faremos bem se seguirmos o seu exemplo. Embora o evangelho possa ser compartilhado por meio de instrumentos, não há outro instrumento tão ordenado por Deus como a pregação. Portanto, aqueles que estão buscando constantemente meios inovadores para compartilharem o evangelho com uma nova geração de pessoas interessadas fariam bem se começassem e terminassem sua busca nas Escrituras. Aqueles que enviam milhares de questionários que perguntam aos nãos convertidos o que eles mais gostariam de ver em um culto de adoração devem compreender que as inúmeras opiniões de homens carnais não possuem a autoridade de "um i ou um til" da Palavra de Deus. 16 Precisamos entender que há um grande abismo de diferenças irreconciliáveis entre o que Deus ordena nas Escrituras e o que a cultura carnal contemporânea deseja.

Não devemos nos admirar de que homens carnais tanto dentro como fora da igreja desejem teatro, música e mídia no lugar da pregação do evangelho e da exposição bíblica. Enquanto o coração de um homem não for verdadeiramente regenerado, ele aborda o evangelho da mesma maneira como os demônios gadarenos abordaram o Senhor Jesus Cristo: "Que temos nós contigo?" 17 Sem a obra de regeneração realizada pelo Espírito Santo, o homem carnal não tem nenhum interesse ou apreciação verdadeira pelo evangelho, mas, apesar disso, este milagre é operado no coração de um homem por meio da pregação do evangelho que, a princípio, ele desdenha. Portanto, devemos pregar aos homens carnais a própria mensagem que eles não querem ouvir, e o Espírito Santo deve agir! Sem isto, os pecadores não podem ver a beleza do evangelho, assim como porcos não podem ver beleza em pérolas, ou como cães não podem mostrar reverência para com carne santificada, ou como cegos não podem apreciar uma pintura de Rembrandt. 18 Os pregadores não fazem bem aos homens carnais por oferecer-lhes as coisas que seu coração caído deseja, e sim por colocar diante deles a verdadeira comida, 19 até que, pela obra miraculosa do Espírito Santo, reconheçam-na como o que ela realmente é, provem e vejam que o Senhor é bom! 20
 
Antes de terminar esta breve discussão sobre a pregação do evangelho, temos de falar sobre um assunto final. Apresenta-se frequentemente a teoria de que nossa cultura não pode tolerar o tipo de pregação que foi tão eficaz durante os grandes despertamentos e avivamentos do passado. A pregação de Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Spurgeon e outros pregadores semelhantes seria ridicularizada, satirizada e escarnecida pelo homem moderno. No entanto, esta teoria não leva em conta o fato de que estes mesmos pregadores foram ridicularizados e satirizados pelos homens de seus dias! A verdadeira pregação do evangelho será sempre "loucura" para toda cultura. Qualquer tentativa de remover a ofensa do evangelho e de tornar a pregação "conveniente" diminui o poder do evangelho. Também frustra o propósito para o qual Deus escolheu a pregação como o meio de salvar homens – que a esperança dos homens não esteja em nobreza, eloquência ou sabedoria mundana, e sim no poder de Deus. 21
 
Vivemos numa cultura que está presa ao pecado com algemas de aço. Histórias morais, máximas extraordinárias e lições de vida compartilhadas de um coração de um palestrante querido ou de um "tutor de vida espiritual" não têm nenhum poder verdadeiro contra essas trevas. Precisamos de pregadores do evangelho de Jesus Cristo, que conhecem as Escrituras e são capacitados, pela graça de Deus, a encarar qualquer cultura e a clamar: "Assim diz o Senhor!"

1 - 1 Coríntios 15.1-4.

2 - 1 Timóteo 1.11.

3 - Jeremias 2.13-14; 14.3.

4 - 1 Coríntios 4.15.

5 - Filipenses 3.13-14.

6 - 1 Coríntios 1.17.

7 - 1 Coríntios 1.22-24.

8 - Jeremias 20.9.

9 - 2 Coríntios 4.13. 

10 - 1 Coríntios 9.16.

11 - Gênesis 24.33.

12 - Gálatas 2.7; 1 Tessalonicenses 2.4; 1 Timóteo 1.11; 6.20; 2 Timóteo 1.14; Tito 1.3.

13 - 1 Coríntios 1.21.

14 - Romanos 1.22.

15 - 2 Timóteo 4.3.

16 - Mateus 5.18.

17 - Mateus 8.29.

18 - Mateus 7.6.

19 - Isaías 55.1-2.

20 - Salmos 34.8.

21 - 1 Coríntios 1.27-30.

Fonte: Editora Fiel

15 Minutos! ( Uma geração destruída!)



Por Josemar Bessa

O que você mais deseja? Você dispõe de 15 minutos para isso? O tempo que dispomos para as coisas revelam mais nosso desejo sobre elas do que meras palavras. A  verdade é que a maioria das coisas que você deseja você dedica muitos mais tempo que isso. Mas vamos ver o que 15 minutos representam...

Antes de falarmos dos 15 minutos, pense na excelência transcendente deste objeto aqui descrito: "Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.” – Prata, ouro, dinheiro... – Você dedica bem mais que 15 minutos por dia a tudo isso. Mas o texto aqui fala da Sabedoria Divina! O quê 15 minutos tem haver com isso?

Os homens desejam saúde -, mas a saúde do corpo é apenas por um tempo. Sabedoria divina dá perpétua saúde, tanto do corpo como da alma.

Os homens desejam riqueza - mas as riquezas não são para sempre. Sabedoria divina dá insondáveis ​​riquezas - riquezas duráveis ​​e justiça.

Os homens desejam a vida - mas a vida humana é breve. Sabedoria divina dá a vida eterna, e vida em perfeição e bem-aventurança interminável.

Os homens desejam a honra - mas a honra terrena está desaparecendo. Sabedoria divina confere as mais altas honras, associando-nos a íntima comunhão do Deus Trino, que é a fonte de toda verdadeira honra.

Os homens desejam o prazer - mas o que faz a quantidade prazer terreno? Sabedoria divina nos leva a rios de prazer, a oceanos de alegria, a fontes do mais puro prazer!

Os homens desejam fama - mas a fama entre os pecadores não passa de um sopro de respiração como a própria vida deles. Sabedoria divina nos faz conhecidos, se não na terra - no céu, se não no tempo - na eternidade.

“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela. Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz. É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.” - Provérbios 3:13-18

Mas e os 15 minutos, você pergunta, onde entram? Não há qualquer desculpa para a ignorância a respeito de Deus, das doutrinas essenciais do Evangelho que marcam nossa geração!
Olhe,

Numa leitura normal, somos capazes de ler cerca de 250 palavras por minuto.  Imagine que você resolva dedicar apenas 15 minutos por dia para leitura teológica séria para aprofundar sua compreensão da verdade bíblica. Em um ano (365 dias), você leria cerca de 5.475 minutos. Multiplique isso por 250 palavras por minuto e você terá 1.368.750 palavras por ano.

Agora a maioria dos livros têm entre 300 e 400 palavras por página. Então, se tomarmos 350 palavras por página e dividir isso em 1.368.750 de palavras por ano, temos 3.910 páginas por ano. Isto significa que em 250 palavras por minuto, 15 minutos por dia, você pode ler cerca de 20 livros de tamanho médio por  ano!

15 minutos! Você não tem isso para Deus? Ele te dá 24 horas por dia - Você tem muito mais que 15 minutos - olhe tudo o que você faz no dia, olhe o tempo do entretenimento, conversas, redes sociais, estudo, trabalho... somos indesculpáveis. Falamos de líderes ensinando falsas doutrinas, corrompendo a verdade, mas todo o povo é indesculpável.

Aplique estas mesmas proporções (250 palavras por minuto) a Bíblia (ACF) e teremos o seguinte:

Toda a Bíblia -  levaria cerca de 52,5 horas.


Gênesis (38.262 palavras): 2 horas e 33 minutos.

Êxodo (32.685 palavras): 2 horas e 11 minutos.

Levítico (25.541): 1 hora e 42 minutos.

Números (32.896): 2 horas e 12 minutos.

Deuteronômio (28352): 1 hora e 44 minutos.

Josué (18854): 1 hora e 15 minutos.

Juízes (18966): 1 hora e 16 minutos.

Ruth (2574): 10 minutos.

1 Samuel (25048): 1 hora e 40 minutos.

2 Samuel (20600): 1 hora e 22 minutos.

1 Reis (24.513): 1 hora e 38 minutos.

2 Reis (23.517): 1 hora e 34 minutos.

1 Crônicas (20365): 1 hora e 22 minutos.

2 Crônicas (26069): 1 hora e 44 minutos.

Esdras (7440): 30 minutos.

Neemias (10480): 42 minutos.

Ester (5633): 23 minutos.

Jó (18098): 1 hora e 12 minutos.

Salmos (42704): 2 horas e 52 minutos.

Provérbios (15038): 1 hora.

Eclesiastes (5579): 22 minutos.

Cantares (2658): 11 minutos.

Isaías (37036): 2 horas e 28 minutos.

Jeremias (42654): 2 horas e 51 minutos.

Lamentações (3411): 14 minutos.

Ezequiel (39401): 2 horas e 38 minutos.

Daniel (11602): 46 minutos.

Oséias (5174): 21 minutos.

Joel (2033): 8 minutos.

Amos (4216): 17 minutos.

Obadias (669): 3 minutos.

Jonas (1320): 5 minutos.

Miquéias (3152): 13 minutos.

Naum (1284): 5 minutos.

Habacuque (1475): 6 minutos.

Sofonias (1616): 6 minutos.

Ageu (1130): 5 minutos.

Zacarias (6443): 26 minutos.

Malaquias (1781): 7 minutos.



Mateus (23343): 1 hora e 34 minutos.

Marcos (14949): 1 hora.

Lucas (25640): 1 hora e 43 minutos.

João (18658): 1 hora e 15 minutos.

Atos (24.229): 1 hora e 37 minutos.

Romanos (9422): 38 minutos.

1 Corinthians (9462): 38 minutos.

2 Coríntios (6046): 24 minutos.

Gálatas (3084): 12 minutos.

Efésios (3022): 12 minutos.

Filipenses (2183): 9 minutos.

Colossenses (1979): 8 minutos.

1 Tessalonicenses (1837): 7 minutos.

2 Tessalonicenses (1.022): 4 minutos.

1 Timóteo (2.244): 9 minutos.

2 Timóteo (1.666): 7 minutos.

Tito (896): 4 minutos.

Filemon (430): 2 minutos.

Hebreus (6897): 28 minutos.

Tiago (2304): 9 minutos.

1 Pedro (2476): 10 minutos

2 Pedro (1553): 6 minutos.

1 João (2517): 10 minutos.

2 João (298): 1 minutos.

3 João (294): 1 minuto.

Judas (608): 2 minutos.

Apocalipse  (11.952): 48 minutos.


Diga a verdade, esta geração é vítima de uns poucos de distorcem a Palavra? É claro que não! Seu estado mostra que toda essa geração de cristãos valorizam, e não apenas líderes.

Vamos, portanto, valorizar , ou preferir a verdadeira sabedoria para tudo, para todas as coisas desejáveis, que são tão valiosas, segundo a Palavra de Deus,  que não existe preço que pudesse pagar.

Vamos diligentemente buscar sabedoria. Deus lhe dá, e dá livremente e generosamente, sem repreensão. Vamos nos certificar de que possuímos essa sabedoria. Há falsificações. Alguns estão enganados. Podemos estar enganados. Vamos, portanto, examinar cuidadosamente a nós mesmos, pois é um assunto da maior importância.

Vamos também procurar mostrar sabedoria.

Ao evitar o pecado.
Ao escolher sábios companheiros.
Ao trabalhar na causa de Deus.
Mantendo sempre a vida eterna em vista.

Vamos tentar induzir os outros a abraçar a sabedoria. Ela “convida” os filhos dos homens. Ela deu um banquete suntuoso. Ela está disposta a receber a todo o que vir. Ouça o convite: ““Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela. Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz. É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.” - Provérbios 3:13-18
 
Fonte: Josemar Bessa