segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mudaram a mensagem dizendo mudar o método e abordagem!


 
Por Josemar Bessa 

Muitos dizem: “Estamos mudando a abordagem, mas não a mensagem”. Mas não é esta a verdade que aparece quando você olha o foco do que é pregado.

Se nós evitamos (estrategicamente) falar da ira de Deus, da justiça de Deus, da aproximação do sai do julgamento divino, da ira de Deus satisfeita no sacrifício expiatório na cruz, do ódio de Deus ao pecado, da santidade de Deus... não estamos mudando a apresentação do evangelho, estamos mudando seu conteúdo, ou escondendo por não o acharmos adequado...

A centralidade fundamental de “Cristo e este crucificado”, e os motivos pelos quais isso é essencial no plano eterno de Deus... é de importância fundamental para aferir se a Verdade está sendo proclamada ao mundo.

A missão do evangelismo na  busca de uma apresentação do evangelho que vai convencer ou ouvintes é equivocada se o fato da morte de Jesus na cruz e o SIGNIFICADO claro desta morte não são CENTRAIS na mensagem proclamada.  Se não ficar claro que Deus não se adapta ao mundo e a cultura, mas que a mesma cruz nos mata para o mundo e o mundo para nós: “...a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” Gálatas 6:14

Se não fica claro que Deus não se adapta a nós, nossas preferências, gostos e opiniões... mas que tudo isso também vai para a cruz, nos capacitando a não vivermos para nós mesmos mas para Deus: “Ele morreu por todos, para os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” – 2 Coríntios 5.15

Se não ficar claro que Cristo morreu  levando sobre si a essência de todo pecado, que é não glorificar a Deus, para que em sua morte fôssemos livres de nós mesmos, a mensagem foi terrivelmente alterada.

Se não ficar claro que Cristo morreu para nos livrar deste presente mundo mau: “Ele se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” – Gálatas 1.4 – Se não acordamos para entender a tenebrosa condição espiritual do mundo e dá sociedade, tentaremos viver de alguma forma sincronizados com “este mundo perverso”, achando que a morte de Cristo não foi para nos libertar disso, mas para aproveitarmos isso de maneira melhor.
Se na proclamação não ficar claro o “outrora” que a mensagem da cruz traz: “Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2) – se isso não fica claro na proclamação, não é a cruz que está sendo proclamada, mas uma falsificação.

Se não fica claro que o viver mundano não era liberdade, mas escravidão, e que nossa liberdade é a liberdade da obediência, que o evangelho nos  transforma pela cruz de “filhos da desobediência” ( Ef 2.2) em homens com a “mente de Cristo” que diz: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.” João 4:34 – então o que é pregado é uma falsificação e a mensagem foi alterada.

O grito de liberdade da Bíblia é:  “...não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente (Rm 12.1) – Isso é ser livre! Não ser mais como o mundo, não ser enganado pelos gurus da cultura... se isto não está claro na proclamação, a mensagem foi corrompida e mudada.

A cruz sempre desmascara a fraude do diabo sobre o que é viver, fraude que é graficamente expressa na vida do mundo, da cultura a nossa volta.

A cruz tem sido e sempre será considerada um escândalo e absurdo intelectual num mundo escravizado pelo pecado, composto por “filhos da desobediência... filhos da ira...”, como diz Paulo. A busca por uma mensagem que é mais facilmente compreensível, deve deixar tudo isso mais claro, todo esse escândalo, e não eliminar a natureza provocadora da notícia de que Cristo morreu por que a ira de Deus estava e está sobre este mundo “sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” - Romanos 1:18

Paulo sabe, e nós devíamos saber também,  que é apenas o poder de Deus, o poder soberano do Espírito de Deus trabalhando nas pessoas,  que convence homens incrédulos a verdade, notícia (que nestes se torna boa notícia)  de Jesus e este crucificado, e que os leva à fé em Jesus, o Messias e Salvador.

Esta geração tem mudado não apenas a abordagem, mas o evangelho... com a tola estratégia que o mundo o abrace.

Fonte: Josemar Bessa

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